quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Novos Paradigmas de um mundo sustentável 02/11/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

A sociedade e o homem estabelecem seus comportamentos e modos de vida de acordo com paradigmas. Mas o que é um paradigma? Como e porque ele se estabelece e vincula todos atos humanos a suas crenças e inverdades?


Um paradigma pretende sugerir que certos exemplos da prática atual estão ligados a modelos conceituais de mundo dos quais surgem certas tradições e valores. Em outras palavras, uma visão de realidade aceita por todos como verdade e que estabelece uma forma de compreender e interpretar intelectualmente o mundo segundo os princípios constantes do paradigma em vigor.

O conceito físico e teórico de um paradigma engloba fatores básicos da organização e resolução de uma doutrina ou ensinamento elaborado por um conjunto das ciências bases. Dessa forma a base de um paradigma não é ele por si só, mas sim ele por suas falsetas não devidamente esclarecidas.

A engrenagem que move um paradigma é a curiosidade e a ganância. Essa última, se fazendo presente não no sentido ínfimo, mas sim na definição de querer mais conhecimento. Fazendo uma breve analogia, o paradigma é uma grande maquina que precisa de várias engrenagens e combustíveis para trabalhar, sendo elas: conhecimento, dúvidas, perguntas, curiosidade e informação.

A sociedade desenvolveu-se baseada numa evolução de paradigmas, por exemplo, o paradigma de que o homem poderia infinitamente extrair da terra e do meio ambiente os recursos naturais necessários ao seu desenvolvimento econômico sem nenhuma preocupação. Passamos a acreditar que a existência do Homem deveria ser centralizada e assim, tudo deveria servir ao seu benefício. E hoje, a busca por recursos naturais escassos como água, terra e energia, que se torna a cada dia mais complexa, determina um paradigma errôneo de que a preservação destes recursos naturais é economicamente inviável e só deve ser considerada efetiva se gerar ganhos produtivos, comerciais e financeiros.

Como em toda a mudança, há resistências em várias áreas de trabalho. E isso é natural, pois modificar um referencial é ter de “mexer” em uma lata de lixo tampada e acomodada há um bom tempo. Mas, como paradigmas não são verdades únicas, absolutas e eternas, e sim um direcionamento, o caminho está livre e aberto para novos estudos, descobertas, conceitos e métodos. Para isso precisamos ter a coragem de arriscar.

Segundo os pressupostos do Novo Paradigma, o lado espiritual, pisicologico e ambiental estão mais presentes que antes, pois a partir da evolução humana o grande papel que estas ciências atuam, esta cada vez mais presente entre nós.

Buscamos um novo modelo de desenvolvimento de crescimento econômico baseados na preservação ambiental e uso correto dos seus recursos, de acordo com as Leis vigentes, o desenvolvimento sustentável, mas para isso é necessário a quebra de paradigmas antigos e suas falsetas dos velhos paradigmas econômicos que estabelecem a exploração total e irresponsável do meio ambiente, estabelecendo a compreensão inquestionável de que sem o uso equilibrado dos recursos naturais nao haverá produção e sem produção nao haverá sustentabilidade da vida humana no Planeta.

Este artigo foi elaborado pelo acadêmico Luis Felipe Dal Ponte do Curso de Engenharia Florestal da Unoesc – Campus Xanxerê, sob a orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer

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