terça-feira, 14 de dezembro de 2010

AS EMISSÕES DE GEE ORIUNDAS DAS QUEIMADAS E DESMATAMENTOS NO BRASIL 10/05/2010

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

Os problemas ambientais no território brasileiro, relacionados à degradação da diversidade ecológica ocorrem desde a época da colonização se estendendo até os dias atuais.
Atualmente, os principais problemas estão relacionados com as práticas agropecuárias predatórias, o extrativismo vegetal e a má gestão dos resíduos urbanos.
O índice de desmatamento em nosso território é tão alarmante que chega a pontuar proporcionalmente o Brasil como o segundo país, atrás apenas da China, com maiores áreas devastadas em todo o mundo. (http://blogdofuturo.com/meio-ambiente/desmatamento-no-brasil/)
Destacando–se também as queimadas, sejam elas oriundas de floresta nas áreas que estão sendo desmatadas para agricultura e pecuária, incêndios florestais, bem como das queimada de capoeiras, pastagens, e diferentes tipos de savanas no preparo do terreno para a agricultura e pastagem.
As queimadas que acompanham ou não os desmatamentos, determinam as quantidades de emitidas de Gases de Efeito Estufa (GEE), não somente da parte da biomassa que queima, mas também da parte que não queima. Quando há uma queimada, além da liberação de gás carbônico (CO2), são liberados também gases-traço como metano (CH4), monóxido de carbono (CO), óxido nitroso (N2O) e outros gases oriundos dos minerais presentes no solo e na cobertura vegetal.
A parte da biomassa que não queima na queimada inicial, que é quente, com chamas, também será oxidada. Parte disto ocorre por processos de decomposição (com alguma emissão de CH4 pela madeira consumida por cupins) e parte pelas requeimadas (queimadas das pastagens e capoeiras, que também consomem os remanescentes da floresta original ainda presentes nas áreas), queimadas estas de temperatura reduzida, com formação de brasas e maiores emissões de gases-traço. (FEARNSIDE, 2002)
As quantidades de gases de efeito estufa (GEE) liberadas pelo desmatamento e queimadas são significantes tanto em termos do impacto presente quanto do potencial contribuindo para o agravamento do efeito estufa, uma vez que estes gases se acumulam na atmosfera bloqueando a passagem dos raios solares que são refletidos pela terra, aumentando assim a pressão e temperatura no planeta.
No Brasil as queimadas, representam grande parcela das emissões dos GEE do país, sendo o Brasil o país que registra a maior quantidade de focos de queimadas dentre os país monitorados pelo INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, conforme destacado no gráfico 1.
Portanto é muito importante que as praticas de queimadas para limpeza após o desmatamento (que também deveria ser evitado), e queimadas empregadas para o preparo do terreno para receber culturas agrícolas ou promover o revigoramento da pastagem, devem ser eliminados, pois alem dos danos à atmosfera, também causam perdas à produtividade do solo.
Integrando técnicas de preservação dos recursos naturais às técnicas de produção sustentável de baixo impacto, podem terminar ganhos na produtividade agrícola e econômica da propriedade rural, principalmente na nossa região Sudoeste do Paraná.
Este artigo foi elaborado pela acadêmica Wanessa Suelen Pelosso do 9º Período de Engenharia Ambiental da Unisep, sob orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer

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