quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A CRISE POLÍTICA E A DESTRUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE 03/10/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

A crise política é evidente. Os partidos políticos deixam a desejar no que se refere a representatividade, especializam-se no exercício de um duplo discurso, crítico em relação ao establishment, contudo somente até chegar ao poder, tornando-se acomodatício ao atingir o objetivo de eleição.


Mesmo após este momento de reeleição nacional e possibilidades para exercer a cidadania plena, a crise política nunca esteve tão visível a todos. A vida é composta por cadeias cíclicas, nas quais existem etapas de que todos participam: o nascimento, o desenvolvimento e a morte. Seja a crise política, social, econômica, ética, cultural, da ciência, e principalmente hoje a do meio ambiente – ela sempre segue o mesmo princípio: a falta de uma política civilizada, onde o poder é superior à moral e à ética.

A desconformidade entre o dito e o feito atingiu proporções realmente alarmantes. A política é vista como algo negativo, da qual se quer distância, porque cada vez mais se encontra governantes querendo enriquecer do dinheiro público, desviando verbas da educação, do saneamento básico e inescrupulosamente aprovando projetos de total destruição de florestas, recursos naturais e valores ambientais, em prol de seus objetivos e de um grupo de interesses.

Política é um fato sério, e isto inclui a preservação, conservação e uso correto dos recursos florestais e ambientais. Mas, para isso precisamos de educação e formação humana socioambiental, baseada no princípio do direiro e respeito a vida humana e ao meio ambiente. E não no principio único do benefício econômico.

A economia é biunívoca, relaciona-se com a filosofia, ética, história, religião, tecnologia, meio ambiente, etc. Fazendo assim, surgir a economia florestal que estabelece benefícios diretos e indiretos, ou seja, madeireiros e não-madeireiros.

É preciso conservar o meio ambiente, estabelecer políticas e programas de desenvolvimento, mudanças climáticas e uso correto de seus recursos naturais florestais.

Além da importância produtiva e econômica indiscutível, as florestas têm um importante papel na conservação dos recursos hídricos, proteção da fauna, produção de oxigênio, reciclagem de gás carbônico e manutenção da biodiversidade.

A falta de incentivos políticos é também sentida no setor florestal, veja a crise florestal que se estabelece na discussão do Código Florestal. Somente com políticas corretas, teremos no futuro conservação, aliada à preservação e desenvolvimento sustentável, para o município, estado e país.

Isto se inicia com governantes sérios, competentes que pensam no futuro de seu país, e que desejam ver o mesmo se desenvolver, crescer e expandir-se de forma viável economicamente, socialmente justa e ambientalmente correta.

Diminuindo as crises políticas existenciais e que determinam a degradação dos valores ambientais e florestais, haverá possibilidade de sustentar a vida no Planeta e garantir a produção e o desenvolvimento econômico pleno da Nação.

Este artigo foi elaborado pelo acadêmico do Curso de Engenharia Florestal da Unoesc, Campus Xanxerê, Ricardo Cunha Canci, sob a supervisão do Prof. Marcelo Langer.

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