quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A ciência e o Meio Ambiente 17/10/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

Quando o homem iniciou a questionar as respostas e a buscar explicações mais plausíveis, por meio da razão, excluindo suas emoções e suas crenças religiosas, passou também a obter respostas mais realistas que as demonstradas anteriormente. A maioria das vezes, estas idéias ou respostas, se aproximavam mais da realidade das pessoas, comparando as idéias antigas, e por isto, talvez, passaram a ser bem aceitas pela sociedade. Podemos dizer que essa nova forma de pensar do homem criou a possibilidade do surgimento da idéia de ciência e que sua tentativa de explicar os fenômenos, por meio da razão, foi o primeiro passo para se fazer ciência.


A ciência é uma especialização, um refinamento de potenciais comuns a todos. Isto pode ser bom, mas pode ser muito perigoso, pois quanto maior a visão em profundidade, menor a visão em extensão. A tendência da especialização é conhecer cada vez mais o que está em estudo. A aprendizagem da ciência é um processo de desenvolvimento progressivo do senso comum. Só podemos ensinar e aprender partindo do senso comum de que o aprendiz dispõe.

A ciência sempre buscou resolver os problemas criados pelo homem, contribuindo para a recuperação dos recursos naturais e a todos os acontecimentos destrutivos ocasionados pelas ações antrópicas. Desde os tempos remotos, a ciência vem favorecendo a humanidade, ajudando-a em sua evolução, e juntamente com a tecnologia, amenizando e facilitando a vivência humana, ou, infelizmente através de sua má aplicação, prejudicando-a.

A ciência contribui com o setor florestal, desenvolvendo conhecimentos e melhorando sua produtividade, por exemplo, a cultura de eucalipto necessitava de aproximadamente 30 anos para o seu corte. Hoje o ciclo de vida desta espécie florestal já diminuiu bastante, sendo que algumas empresas estão obtendo produtividade e maximização de Lucros aos 6 e/ou 7 anos. Isso tudo devido ao estudo, desenvolvimento tecnológico aplicado à cultura florestal e aplicação deste conhecimento ao mercado. Além de poder criar, meios mais adequados para a exploração e manutenção dos meios florestais.

Em termos de preservação ambiental, a ciência ajudou a formulação de novos métodos de controle da destruição; amenizando de diversas formas, como com equipamentos capazes de reter a poluição emitida pelas fábricas, através de filtros e exaustores específicos, e pela procura constante de meios capazes de diminuir a destruição já causada pelo homem e que ainda virá a manifestar-se.

A ciência é responsável pela evolução dos benefícios ambientais, mas também pelo agravamento dos seus problemas, explorando mais intensamente os seus recursos naturais e determinando níveis de insustentabilidade, devido ao aumentou da população e consequentemente da poluição por ela gerada.

Quando se fala que a ciência pode resolver todos os problemas causados pelos homens, no caso florestal, pode-se considerar essa afirmação equivocada, pois nem toda a degradação pode ser recuperada, e consequentemente precisa ser substituído pelo pensamento da preservação das reservas naturais ainda existentes. Somente a ciência será capaz de amenizar os problemas causados pelo homem, mas não resolvê-los por completo.

Neste sentido busca-se então, a mudança dos valores e sentidos humanos, demonstrando que, através do que vem ocorrendo, a realidade do nosso planeta esta mudando, e somente com a preservação ambiental aliada à ciência pode-se pensar que os problemas poderão ser resolvidos.

Este artigo foi elaborado pelo acadêmico Ricardo Kaminski do curso de Engenharia Florestal da Unoesc Campus Xanxerê, sob orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer.

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