terça-feira, 30 de novembro de 2010

GESTAO DE RESÍDUOS 24/01/2010

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

Como mencionado em artigo anterior, não há nenhuma atividade humana livre do uso dos recursos naturais. Da mesma maneira, todas as nossas atividades utilizam energia e como resultados, alem dos produtos esperados, geram resíduos.
Os resíduos podem ser classificados como domésticos ou industriais, quando tratamos de resíduos urbanos. Os resíduos rurais serão abordados em outro artigo.
Especificamente, hoje vamos falar de resíduos domésticos. Em nossas atividades domiciliares, geramos os seguintes tipos de resíduos: recicláveis e não-recicláveis. Papel, plásticos, vidros, metais, roupas usadas, utensílios domésticos, óleos, borrachas, e praticamente todos os demais itens gerados podem ser definidos como recicláveis, entretanto o fator determinante entre o que é reciclável e o que não é, será o programa de coleta seletiva e separação que o município empregar.
Podemos ainda incluir os resíduos orgânicos, que inclusive, podem sofrer compostagem nos terrenos de nossas próprias residências, gerando adubos muito férteis para uso nas hortas domésticas.
Contudo o alarmante andamento do consumo de recursos naturais, e por consequência a grande geração de resíduos superam a capacidade de regeneração natural do nosso planeta e a busca pelo desenvolvimento econômico e social ultrapassa os limites estabelecidos pelo meio ambiente. Ambientalistas, pesquisadores, estudiosos do tema determinam através da analise dos resíduos gerados, o que chamamos de “Pegada Ecológica” (rastro deixado por nossas atividades de produção, consumo e descarte de produtos e recursos naturais), e que hoje está acima da capacidade de regeneração natural do planeta.
Estas pegadas ecológicas estão presentes em todas as atividades humanas, individuais ou coletivas. Tanto em grandes como em pequenas cidades, contudo é principalmente nas cidades com grande número de habitantes, onde encontramos maiores dificuldades na disposição dos resíduos gerados pelas ações humanas, tanto indústrias, comerciais e domiciliares, que esta pegada se faz mais evidente.
Grandes áreas de terra são necessárias para a destinação destes resíduos, estas áreas são denominadas de aterros sanitários, quando estas áreas não estão ambientalmente adequadas, surgem então os inadequados lixões (muito comum e utilizados em larga escala até os dias atuais). Estes lixões geram grandes custos ambientais, sociais e econômicos, alem de causar inúmeros impactos sobre o Meio Ambiente.
Ações mesmo que individuais auxiliam na conservação dos recursos naturais, diminuição no transporte, destinação dos resíduos corretamente e aumento da vida útil dos aterros sanitários ou lixões (que, por mais inadequados que sejam, ainda são melhores que o lançamento sem controle dos resíduos domésticos). Atitudes como a separação de resíduos inorgânicos e a compostagem de resíduos orgânicos auxiliam neste processo.
Um exemplo que podemos adotar e que pode servir de exemplo para a população em geral, é a dedicação de alguns moradores da região, que tem como hábito a separação dos resíduos inorgânicos dos orgânicos. Estes moradores, após a separação dos resíduos encaminham o lixo reciclável para a coleta pública e transformam seus resíduos orgânicos em compostos para sua horta, através de compostagem domiciliar.
Existem muitos sistemas para a compostagem domiciliar dos resíduos orgânicos, mas o que mais comumente é utilizado é o processo de valas de compostagem. Este processo consiste na abertura no solo de um buraco em forma de trincheira, onde os resíduos orgânicos são enterrados, cobertos com uma fina camada de solo e se possível (para evitar a proliferação de insetos e pragas nocivas à saúde humana) faz-se uma aplicação de cal. Após seu período de decomposição este resíduo orgânico se transforma em um eficiente complemento orgânico para execução da horta, que estes munícipes, normalmente, possuem no fundo do seus terrenos.
Iniciativas como estas contribuem para a diminuição do lixo a ser transportado, aumenta a vida útil dos aterros ou lixões, diminuem o custo da destinação do resíduo e contribuem para a melhoria da qualidade de vida, através do consumo de produtos naturais de boa procedência, e ainda gera renda através da reciclagem dos resíduos inorgânicos.
Para estes últimos, é importante ao descartar-los que estes estejam o mais limpo possível, para evitar assim problemas de contaminação humana e proliferação de agentes nocivos (bactérias, insetos, pragas e animais peçonhentos).

Este artigo foi elaborado pelo Universitário Adir Silvério Cembranel do Curso de Engenharia Ambiental da Unisep, sob a orientação do Prof. Marcelo Langer da UNISEP.

2010: O QUE ESPERAR E FAZER PELO MEIO AMBIENTE QUE NOS RESTA 19/01/2010

Texto publicado no jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

Angra dos Reis, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Países do Norte, Haiti e tantas outras desgraças ambientais que testemunhamos em tão poucos dias neste inicio de 2010, que nos cabe a pergunta: o que fazer? Ainda temos possibilidades? Podemos fazer algo? Resta ainda alguma esperança?
Um novo ano se inicia. Muitas perspectivas e esperanças sociais e ambientais para este ano, mesmo com a decepção que foi a COP15 em Copenhague e com o inicio de ano desastroso que estamos experimentando, ainda assim devemos persistir, pois é fundamental que continuemos e mantenhamos nossos esforços para diminuir os problemas ambientais neste momento.
Se formos mais criteriosos, vamos perceber que desde final de 2008, todo o ano de 2009 e agora em 2010 estamos sendo avassalados por calamidades, ambientais e sociais. Enchentes, deslizamentos, nevascas, secas, doenças, corrupção, violência, mortes e outros resultados negativos que estão impactando e tornando-nos mais descrentes. O que nos leva a pensar que todos os nossos esforços estão sendo inúteis; que nossas ações não contribuem e são insignificantes.
O que podemos concluir é que enquanto não tivermos um plano conjunto, um planejamento estratégico nacional/mundial, prevendo e estabelecendo ações locais, nossos esforços realmente estarão limitados.
Não existem ações isoladas.
Cada atividade, cada atitude humana tem um consequência direta sobre nós mesmos. Se não cuidamos do meio ambiente, a natureza mostra sua força e poder, através de grandes desastres ambientais, surgimento e desenvolvimento de novas doenças e enfermidades pública/mundial, que infelizmente ainda são insuficientes para nos sensibilizar. Não entendemos a Natureza, ainda a concebemos como uma variável econômica, e se não houver este propósito então, não serve. Pensamos nos recursos naturais como terra, água, ar, florestas e outros recursos naturais, como simples variáveis econômicas. Ainda não somos capazes de perceber-las como fatores necessários e determinantes para a geração, manutenção e sustentabilidade do Planeta e nossas vidas.
Entender esta condição de que todas as nossas ações estão interligadas e geram resultados locais e mundiais, é essencial para que possamos estabelecer a sustentabilidade ambiental e socioeconômica na Terra.
Muito se tem falado de Sustentabilidade, porém ainda são inúmeras as duvidas e incertezas a respeito deste tema. Como objetivo desta coluna ambiental, vamos apresentar e discutir este e outros temas que corroboram para a manutenção e/ou destruição da vida no Planeta.
Mas quais são as atitudes que devemos tomar? Como podemos através da mudança de nossos hábitos, contribuir para a sustentabilidade do Meio Ambiente e da Vida Humana?
Diferente do que possamos pensar pequenas atitudes podem contribuir em muito para a melhoria e recuperação da degradação ambiental.
Contudo é fundamental que Eu – Você – Nós - Dois Vizinhos – Paraná – Brasil e Mundo atuemos em conjunto. Nossos esforços individuais contribuirão mas não serão suficientes para tratar e melhorar o Meio Ambiente – local e mundial. Precisamos de uma vez por toda que sem meio ambiente, não há saúde, não há economia, não há vida, não há Planeta.
Desafio a qualquer um dos leitores a apresentar-me uma única atividade humana que não dependa de um recurso oriundo do Meio Ambiente e que não afete ou determine uma condição ambiental específica – positiva ou negativa.
Enquanto vocês não puderem me apresentar esta atividade, convido-os a participar e contribuir para a melhoria do meio ambiente de Dois Vizinhos e Região. Vocês também podem contribuir com esta coluna, apresentando suas opiniões, sugestões de temas e informando-nos de problemas ambientais que vocês vivenciam nos seus dia-a-dias.
Abraços a todos!

Produção diária de resíduos 18/01/2010

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

Dando continuidade a nossa coluna anterior, vamos falar de atividades simples do nosso dia-a-dia e dos principais problemas que elas determinam. Nossa produção diária de resíduos, como ela contribui para a destruição do meio ambiente, consequentemente contribuem para a perda da qualidade das nossas vidas e o que podemos de fato fazer para diminuir estes problemas ambientais.
Todas nossas atividades humanas geram resíduos em pequena, média ou grande escala. Realmente não importa, pois se não destinarmos e tratarmos estes resíduos corretamente, as consequências podem ser catastróficas.
Vejamos o exemplo do problema vivido pela cidade de São Paulo em dezembro e atualmente. Segundo técnicos dos Órgãos Ambientais daquele município, os resíduos domésticos tipos: garrafas PET, latas de cerveja/refrigerantes e sacolas plásticas de supermercado foram os grandes responsáveis pelo entupimento dos bueiros e portanto principais contribuintes para a calamidade vivenciada desde dezembro.
Observando este caso, porem, minha pergunta é: Está Dois Vizinhos livre deste perigo? A resposta é Não!
Já que facilmente encontramos estes resíduos nas ruas, terrenos baldios, quintais e que terão como destino final, após chuvas ou mesmo pelas próprias mãos humanas, os bueiros, lagos e rios da cidade e região.
Facilmente constatamos este fato através de um simples passeio às margens do Rio Jirau Alto e Lago Dourado, e assim, facilmente comprovaremos esta informação, ou mesmo, frequentemente testemunhamos motoristas de veículos e seus acompanhantes lançando janela a fora, suas bitucas de cigarros, latas de cerveja/refrigerante, papeis e embalagens plásticas de produtos por eles consumidos.
Esta é uma situação que nós “duovizinhenses” estamos, infelizmente, acostumados a ver e lamentavelmente, não reagimos. E por que não reagimos? Não reagimos por que já nos acostumamos ou por que acreditamos que o meio ambiente dará conta?
A grande maioria destes resíduos não são biodegradáveis e portanto continuarão na Natureza por tempos indeterminados, contudo muitas vezes não os vemos pois, após chuvas e atividades de limpeza publica, estes resíduos por nós lançados ao meio ambiente acabam tendo outros destinos, poucas vezes apropriados e na maioria das vezes inapropriados, como o fundo do nosso quintal, córregos, rios, lagos, e pior do que tudo bueiros e canais de escoamento para águas superficiais – bloqueando e impedindo seu livre percurso.
Apesar de nosso município contar hoje com uma campanha publica para a separação e coleta seletiva dos nossos resíduos, esta atividade é ainda pequena e não tem garantido o cumprimento das reais necessidades de nossa cidade e meio ambiente. Ainda não muitas as atividades que necessitam ser desenvolvidas para que o município possa atingir uma posição mais adequada em relação ao meio ambiente.
Não é difícil melhorarmos o meio ambiente, porem é preciso que todos nós, sem exceção (privilegiados economicamente ou não) mudemos nossas atitudes imediatamente. Pois, não basta esperarmos por atitudes e decisões político-publicas, apesar de que elas são necessárias e fundamentais, precisamos agir individualmente, principalmente mudando nossas próprias ações.
Muitos estudiosos acreditam que não são necessários mais do que 200 pessoas para mudar as condições atuais de degradação do Planeta Terra e reverter o atual estagio de caos ambiental em que vivemos.
Então convidamos a todos, para a partir deste momento iniciarmos um trabalho individual e coletivo de melhoria do meio ambiente de Dois Vizinhos. Acompanhe nossa coluna semanal neste jornal e saiba o que fazer.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

COMO LEVAR AS QUESTÕES AMBIENTAIS AO ENTENDIMENTO PUBLICO 04/01/2010

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

Para levar as questões ambientais ao entendimento público, deve-se começar por algum lugar que atinja diretamente as pessoas. E um bom lugar para isso é onde a educação começa, nas escolas onde se molda o caráter do ser humano, onde fixam-se os princípios que iremos carregar para toda nossa vida.

Para se mudar uma idéia formada de uma pessoa adulta é muito mais difícil do que apresentar para uma criança a forma de praticar uma educação ambiental para um mundo melhor para todos, e é através da atitude das crianças em casa que mudaremos a forma de pensar dos adultos, pois vendo o exemplo dos pequenos os adultos seguirão seus filhos pelo orgulho de vê-los defendendo o meio ambiente.

Através da influência dos sindicatos para com seus associados, pode-se enfatizar e mostrar a importância de se preservar o meio ambiente e dos benefícios que isto vão lhes trazer ao longo do tempo.

As associações de bairros têm papel importante nas abordagens de impactos locais, juntamente a sua comunidade, buscar meios e iniciativas para a solução, exercendo seu papel como pessoa ativa, não deixando apenas para o poder público.

A forma mais poderosa e mais importante, que atinge a grande massa da população, e que é seguida como modelo pela maioria, é a televisão. Se tivermos programas educativos com grande ênfase voltados à proteção do meio ambiente certamente isso sendo mostrado com efetividade, as pessoas irão abraçar essa idéia e levantar essa bandeira.

Resolver o problema ambiental depende de cada um de nós fazermos a nossa parte por menor que ela seja, mesmo que seja jogando o lixo no lixo. E tudo começa por aí: conscientização das pessoas.

Este artigo foi elaborado pelo Universitário Diogenes Francisco Tavares do 7º Período do Curso de Engenharia Ambiental, sob a orientação do Prof. Marcelo Langer da UNISEP.

Uso consciente 04/01/2009

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.
A água é um recurso natural não renovável, onde apenas 0, 007% da água disponível é própria para o consumo humano, sendo que desses 8% é destinado ao uso individual, ou seja, uso domestico.

Um bem tão precioso, sem o qual não existiria vida, desperdiçado sem a menor consciência, geralmente em ações tão banais, como uma simples lavagem de calçadas aonde podem ser desperdiçados litros e litros deste liquido.
Pode parecer irrelevante, mas imaginem em uma cidade de 35 mil habitantes como Dois Vizinhos, se cada dona de casa for lavar sua calçada uma vez por semana quantos litros de água tratada vão parar nas bocas de lobo? E por consequência no esgoto da cidade, comprometendo ainda mais sua qualidade, quantas famílias do interior que não possuem água tratada poderiam fazer uso desse recurso?
O problema torna-se ainda mais critico em épocas de estiagem como a que ocorreu no final de 2008 inicio de 2009. Nessa época muitas famílias ficaram sem água até mesmo para beber. É somente nessa hora que muitos percebem a complexidade do assunto, e a falta que esse bem fará se sua qualidade for totalmente comprometida chegando ao ponto de não poder mais ser consumida.
A Sanepar analisando a gravidade da situação teve que adotar uma medida mais agressiva para com a população local, vendo que os cidadãos continuavam a fazer uso irracional da água, a mesma se viu obrigada a ameaçar aplicar multas nas pessoas que mantivessem o habito de lavar suas calçadas, para dessa forma tentar controlar o desperdício. Felizmente segundo a Sanepar não ocorreu nenhuma autuação, pois a população entendeu a necessidade de controlar seu consumo, dessa forma a estação de tratamento pode manter sua distribuição.
Esse fato não ocorreu somente em Dois Vizinhos, muitas outras cidades da região tiveram que adotar a mesma medida.
Falar em preservação, uso racional e sustentável dos recursos naturais já se tornou uma prática comum nos dias atuais, faz-se necessário colocar em pratica através de pequenos atos que darão inicio as grandes transformações, as quais devem ser assumidas por todos, conjunções verbais não vão melhorar a qualidade da nossa água, ou pelo menos mantê-la nas condições atuais, nem vão impedir catástrofes, muito menos salvar o que resta da nossa casa o Planeta Terra.

Este artigo foi elaborado pela Universitária Datinny Lauana Fiorese do 7º Período do Curso de Engenharia Ambiental, sob a orientação do Prof. Marcelo Langer da UNISEP.

COMPENSAÇÃO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS PARA A DIMINUIÇÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL 21/12/2009

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

Com o final da COP15 (Convenção Sobre Mudanças Climáticas da ONU), muitas insatisfações e duvidas permaneceram e continuaram norteando ações políticas e cientificas a fim de conter o avanço da destruição do Planeta, devido às mudanças climáticas oriundas das atividades humanas e do uso insustentável dos recursos naturais da Terra.

O que mais me chama a atenção é que depois de 15 versões desta reunião mundial, onde, por aproximadamente 12 dias, políticos, estudiosos, cientistas, pesquisadores e representantes de Organizações Não Governamentais (ONG) estiveram promovendo discussões, argumentações, defesas e rejeições, o resultado a que se chegou é aquele que já sabemos a muitos anos, e que ficou imortalizado na celebre frase de Mahatma Gandhi: “Devemos ser a mudança que desejamos para o Mundo”.

Ou seja, tais reuniões e decisões mundiais são importantes e extremamente necessárias, contudo, a atitude pessoal e individual de cada Ser Humana, é imprescindível. A mudança e reversão a este estado de destruição a avançada, somente ocorrerá quando todos nós nos conscientizarmos e tomarmos ações próprias, como por exemplo, a mudança de nossos próprios hábitos e atitudes.

Parece simples, mas não é!
Somente estas atitudes é que de fato mudarão o atual quadro de alterações climáticas. Atitudes como por exemplo: evitar queimadas, desmatamentos, disposição incorreta e o não lançamento de resíduos a seu aberto, implantar sistemas de esgoto, diminuir o uso excessivo de energia elétrica, usar menos os nossos carros, evitar o uso dos aparelhos de ar condicionado, aquecedores, etc.
Por fim, é necessário e urgente que sejamos menos consumistas, ou consumir de forma adequada e mais consciente. E o que isso significa? Devemos optar por produtos que agridam menos o meio ambiente, que ao adquirir produtos, passemos a analisar a qualidade ambiental do mesmo. O compromisso com o Meio Ambiente da empresa que o fabricou, muitas vezes aquele produto mais barato, é o que causa mais problemas à sua do Planeta e a nossa própria saúde.
Podemos citar como exemplo da consequência destes atos, o aquecimento global, que ao contrário do que muitos pensam, não é somente um aumento da temperatura terrestre, mas sim, mudanças climáticas desenfreadas em todo o nosso Planeta Terra. Tal desequilíbrio não é novidade, há anos os cientistas vêm alertando sobre as consequências que ele poderá trazer ao Meio Ambiente e ao Planeta.
Vários relatórios e protocolos (como o Protocolo de Kyoto, os relatórios do IPCC e mais recentemente o da COP 15) já foram publicados sobre o assunto. Reuniões e encontros mundiais, entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, vêm sendo realizados a fim de se buscar consenso internacional, porém, o aquecimento global não será contido sem ações individuais e coletivas (publicas e privadas).
Entre as principais causas desse problema estão o uso de combustíveis fósseis, processos industriais e a pecuária, que determinam assim, a poluição atmosférica. Essa poluição refere-se à liberação de gases, partículas sólidas e vapor de água que em suspensão se dirigem à atmosfera para depois absorver os raios solares, formando o efeito estufa.
Para que o desequilíbrio climático não seja mais uma ameaça, algumas medidas simples poderiam ser tomadas e respeitadas. Os padrões de emissões de gases devem ser atendidos por todas as indústrias, desde as de automóveis até as de eletrodomésticos.
O desmatamento deve ser fiscalizado, pois, o processo químico realizado pelas plantas (fotossíntese) transforma energia da radiação solar em energia química, processando o Dióxido de Carbono (CO2), o qual é um dos principais gases contribuintes do efeito estufa.
A agricultura é o segundo emissor de gases de efeito estufa no Brasil atrás somente do setor florestal. Os gases geralmente emitidos são o óxido nitroso (46%) e metano (54%), ao invés do dióxido de carbono, emissão comum em outras áreas.
É necessário que o Brasil invista na produção agrícola mais sustentável para evitar consequências econômicas sérias no futuro. A agricultura é responsável por 25% do PIB e com as mudanças climáticas poderemos ter um impacto direto em toda a produção agrícola. Isso poderá trazer prejuízos para o Brasil, já que o país é um dos maiores produtores de alimento do mundo.
Como o grande número de gases é emitido através da área de transportes, uma medida necessária seria a criação de políticas públicas que priorizem o transporte sustentável. Dentre elas estão: a construção de ciclovias, a criação de programas de carona solidária, a implantação da inspeção veicular e outras medidas que distribuam melhor o tráfego por rodovias e cidades.
Impostos e taxas também podem ser utilizados em benefício da diminuição do aquecimento global, pois, se a população puder receber benefícios em troca da melhoria, preservação da qualidade do ar, certamente a quantidade de poluição no ar terá uma redução.
Uma das formas mais eficientes de conscientizar a População e de assegurar a compreensão das consequências deste problema é a Educação Ambiental e a Responsabilidade Ambiental das Empresas. A Educação Ambiental é um processo permanente no qual os indivíduos tomam consciência do seu meio ambiente, assim tornam-se aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros, então somando a educação ambiental que vem sendo praticada desde o ensino infantil, às exigências da sociedade por Empresas que apresentem maior Responsabilidade com o Meio Ambiente, as pessoas poderão contribuir de forma mais efetiva e significativa para a preservação da Biodiversidade do Planeta Terra.
Como mencionado anteriormente, devemos ser mais eficientes energeticamente, durante as escolhas de compra, optando por eletrodomésticos que utilizem menos energia e mudando nos hábitos pessoais, usando menos água e separando o lixo.
Portanto, as compensações por serviços ambientais para a diminuição do aquecimento global são inúmeras, a deficiência existente é a consciência ambiental em todo o planeta, desde as pessoas em suas residências em seus atos diários, até as grandes industrias internacionais.
Assim, neste final de ano, vamos todos nós seguir exemplos positivos, como a atitude da Gazeta da Vizinhança, que vem sustentando esta coluna ambiental e que em breve trará uma cartilha explicativa de todo este processo e o que de fato poderemos fazer para contribuir na preservação do Meio Ambiente.
Este artigo foi elaborado pela Universitária Pollyana Nuernberg do 8º Período do Curso de Engenharia Ambiental, sob a orientação do Prof. Marcelo Langer da UNISEP.

Enquanto as decisões da COP15 não chegam! 14/12/2009

Texto publicado no jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná

Ao longo de todos estes 15 anos de trabalho do IPCC (Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas), nunca houve tanta expectativa e esperança colocadas na mesa.

Ao longo destes 15 anos de trabalho, muitos resultados foram alcançados e hoje se tem noções mais claras sobre as questões das Mudanças Climáticas, suas problemáticas e consequências para a sobrevivência humana e do próprio Planeta.

Como certo temos, que o avanço da tecnologia tem propiciado melhorias e facilidades a vida do Homem, encurtando distancias, otimizando recursos e facilitando o dialogo e divisão de conhecimentos entre eles. Contudo, também este mesmo avanço tecnológico tem aumentado o nível de consumo dos recursos naturais – renováveis (ar, água, solo, etc) ou não-renováveis (petróleo, carvão, minerais, etc) e com ele agravado os níveis de poluição, degradação ambiental e exploração do meio ambiental, e infelizmente de forma não sustentável.

O que significa sustentável? O uso dos recursos naturais renováveis tem suas taxas próprias de regeneração, ou seja, valores que são possíveis de serem restabelecidos de forma natural sem a interferência humana. Porem, o grande problema é que hoje estamos utilizando os recursos naturais à taxas muito alem da capacidade de regeneração/recuperação própria dos recursos naturais.

Por isso, é de extrema urgência que não esperemos pelas atitudes ou decisões políticas. Devemos começar a Mudança por nós mesmos, ou como disse Mahatma Gandhi: “Devemos ser a mudança que esperamos em outros”.

Assim, devemos começar por pequenas mudanças em nossas vidas, nossas tarefas diárias, simples feito apagar a luz em ambientes que não estão sendo utilizados, ou complexas como tentar dividir o transporte para o trabalho com nossos colegas e quem sabe ainda, preferir carros do tipo flex, que consomem álcool ao invés de gasolina (maior fonte de emissão de gases de efeito estufa e maior responsável pela poluição atmosférica).

Mudando nossos hábitos, alem de contribuir para a diminuição dos problemas atmosféricos, também estaremos contribuindo para a preservação da biodiversidade, para a qualidade de nossas vidas e bem-estar próprio e de nossas gerações futuras.
Comece por você a mudança que você deseja ver no Mundo. Utilize recipientes apropriados para os seus resíduos e procure consumir com moderação, somente o que realmente é necessário. Através destes simples atos, você já estará fazendo muito

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

COP 15 – 15ª Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, Copenhague de 07 a 18 de dezembro de 2009 10/12/2009

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.
Qual a proposta da Comitiva Brasileira?

Como informamos em nossa edição anterior, nesta segunda-feira começou a COP 15, em Copenhague, que segundo muitos especialistas, pode ser a última tentativa para resolver os problemas mundiais resultantes das mudanças climáticas, causadas pelo aumento dos Gases de Efeito Estufa (GEE) na Atmosfera.

Mas qual será a proposta ou posição brasileira nesta reunião mundial da ONU sobre Mudanças Climáticas? Então, relembrando, os GEE são gases resultantes das ações antrópicas (humanas), que desde a revolução industrial na Inglaterra no século XVIII e sua expansão mundial a partir do século XIX, começou a utilizar os derivados dos combustíveis fósseis (combustível mineral formado pelo carbono, como por exemplo: petróleo, carvão e o gás natural) como principal matéria prima para geração de energia.
Ao longo destes séculos, o uso de máquinas e a queima destes combustíveis, principalmente pelos veículos, aumentou a concentração do gás dióxido de carbono (CO2) e outros gases na atmosfera. Contudo este gás também é liberado a partir do desmatamento e queimadas.
Em 1997, esta reunião elaborou e definiu o Protocolo de Quioto, que em poucas palavras, cabe aos países do mundo reduzir suas emissões destes gases – aos países desenvolvidos principalmente os gases oriundos dos combustíveis fósseis, já para os países em desenvolvimento como o Brasil (5º maior emissor de CO2) cabe a redução do desmatamento e de queimadas.
Enquanto os países desenvolvidos discutem aumentar seus compromissos de redução de emissões dos GEE, de aproximadamente 5,2 para além de 20% em relação as emissões de 1990, nesta COP15, o Brasil apresentara seu compromisso de eliminar ate 2015 todas as queimadas e uma redução significativa de desmatamento. Será?
Sabemos dos problemas culturais, econômicos e políticos que enfrentamos. E pior sabemos que na comitiva do Brasil, estão representantes das casas ministeriais da Ciência e Tecnologia (representante brasileira na COP), agricultura e meio ambiente, e que estas 3 casas não vem conversando muito bem ultimamente, relembremos todos os problemas que a questão do código florestal enfrenta. Pois é, não conseguimos resolver os problemas no nosso próprio país e queremos nos comprometer com o Mundo.
Enfim, esta é a oferta brasileira ao Mundo: eliminar todas as queimadas em seus mais de 8 milhões e meio de Km2 de território até 2015 e reduzir os desmatamentos.
Eu ficaria muito feliz e menos preocupado se nossos políticos e representantes tomassem de fato, ações efetivas em prol da preservação e conservação dos recursos naturais e da, ainda, riquíssima biodiversidade brasileira.
Porém, o que é conhecido de todos, é que os interesses políticos, ao invés de resolver os problemas ambientais brasileiros, somente fazem apologia política, irrelevando as necessidades ambientais e sociais em prol do beneficio econômico e político próprio, e pior, utilizando o Meio Ambiente apenas como plataforma eleitoral.
Bem, desejo BOA SORTE a todos nós, e para o nosso bem e de nosso Planeta, espero que realmente esta COP15, diferente das suas 14 versões anteriores, resulte frutífera, pois senão, continuaremos no caminho da destruição sustentável de nossas próprias vidas.

15ª Convenção das Nações Unidas para Combate as Mudanças Climáticas 07/12/2009

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

Nesta dia 07 em Copenhagen, na Dinamarca, começou a 15ª Reunião Mundial da ONU para combate as mudanças climáticas. Infelizmente esta reunião começa com uma grande duvida e pergunta: Será que esta 15ª tentativa para os governos de todo o mundo encontrar um caminho para reverter a atual degradação do Planeta, devido ao aumento das emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEE), realmente resultará em sucesso?

Por 15 anos, cientistas, pesquisadores, políticos e representantes da sociedade tem buscando incessantemente chegar a um acordo para reverter as mudanças climáticas que estamos percebendo no dia-a-dia de nossas vidas e levando-nos a completa destruição da vida no planeta. Contudo, resultados positivos acabam esbarrando em interesses econômicos e políticos muito maiores que os interesses de preservação da biodiversidade e conservação da vida humana.

Nesta edição, tem-se uma esperança a mais: o desejo revelado do presidente dos EUA Barak Obama de apoiar e promover avanços nas questões sobre mudanças climáticas, entretanto, ainda não há consenso sobre as reais consequências e o que fazer para o estabelecimento deste controle e diminuição dos seus efeitos negativos. E por isso, muitos acreditam que melhor que forçar um resultado ou um acordo para ratificar o Protocolo de Quioto, seria iniciar todo um novo processo.

O fato é: o Planeta necessita de ações imediatas de todos nós, não só daqueles que estão em Copenhagen, mas de cada cidadão desta casa chamada Terra, e para isso precisamos mudar nossas atitudes imediatamente, sejam elas atitudes pequenas, grandes, individuais ou coletivas. Sem as mudanças de nossos hábitos e ações, não adianta reuniões e decisões mundiais, pois o meio ambiente é estabelecido por pequenas áreas, tais como nossas casas, quintais, trabalho e cidades.

Portanto, devemos esperar e ter esperanças a respeito das decisões que serão tomadas nesta reunião, contudo, devemos começar pelas nossas AÇÕES. Faça a sua parte, não esperemos dos outros aquilo que nós não nos dispomos a fazer.

O Planeta tem solução, a reversão da destruição do meio ambiente é possível, mas para isso NÓS, temos que dar o primeiro passo.

Assim, a Gazeta da Vizinhança esta dando o seu primeiro passo, a partir desta edição semanalmente, estaremos divulgando pontos que podem ser tratados e melhorados por nós e assim melhorar o nosso Planeta e minimizar os efeitos destrutivos dos Gases Efeito Estufa sobre a biodiversidade e a qualidade de vida no Planeta.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Organismos Geneticamente Modificados 04/07/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.

Certamente todos nós já ouvimos diversas versões técnicas sobre os males que os organismos geneticamente modificados (OGM) podem causar ao meio ambiente e a vida do ser humano. Da mesma maneira, também diferentes explicações de sua viabilidade econômica, seus ganhos prometidos e como muitas das suas aplicações podem inclusiver gerar benefícios ambientais.
Acabamos sempre na duvida, pois o fato é que depois destes quase 20 anos de discussões, ainda muitas são as incertezas e questionamentos a respeito desta tecnologia genética.
Por exemplo, os defensores dos OGMs garantem nas suas duvidas que o seu uso contribui para o aumento da produtividade, diminuição de perdas, maior resistência a pragas e intempéries climáticas, alem do beneficio ambiental, visto que espécies geneticamente modificadas necessitam menor quantidades de fertilizantes, defensivos e outros insumos agrícolas, tanto na sua fase de produção, quanto nas fases de armazenamento e processamento.
Já os contrários aos OGMs questionam a falta de conhecimento comprovado sobre os efeitos que estes novos códigos genéticos podem provocar sobre a vida humana, inclusive muitos deles tentam de todas as maneiras demonstrar que o aumento de doenças, como o câncer, por exemplo, pode ter explicação na nossa dieta rica em químicos e de provável modificação genética.
Contudo, algumas questões e entendimentos devem ser anteriores a decisão de ser favor ou contra aos OGMs.
Utilizando o exemplo da soja, uma espécie que foi introduzida no Brasil e que hoje é uma base econômica de alto valor social e extremo impacto ambiental, pois independentemente de ser geneticamente modificada ou não, o sistema de produção da soja, com áreas extensivas de plantio, sistemas monoculturais que não promovem a manutenção da biodiversidade local, por si só já devem ser questionadas e melhor gerenciadas. Assim, ambientalmente, se a soja é geneticamente modificada ou não, ela por si só, já é um causador de degradação ambiental.
Este exemplo da soja é utilizado para esclarecer a todos sobre a questão da monocultura, principalmente sobre a introdução e uso massificado de espécies exóticas em um ambiente onde naturalmente ela não existiria, mas pode-se utilizar outras espécies como exemplo, como é o caso do milho, trigo, pinus, eucalipto, etc.
Independentemente do seu valor econômico e importância à cadeia produtiva, desenvolvimento da nação e à sustentabilidade de empreendimentos de grande escala, estas espécies, ditas exóticas causam ao meio ambiente um desequilíbrio muito significativo, pois altera toda a cadeia trófica (alimentar) da fauna local e também influenciam na diversidade biológica da flora.
Assim, discutir se um produto é OGM ou não, tem sua importância social (saúde) e econômica, mas para as questões ambientais, é preciso primeiramente discutir os mecanismos de liberação sem controle do uso de espécies exóticas em ambientes nativos.
Agora quando pensar em utilizar-se OGM para espécies nativas, ai sim a questão toma forma mais ampla é séria, pois os efeitos que este produtos causarão sobre o equilíbrio dinâmico do meio ambiente em toda a sua cadeia produtiva e de conservação, será muito mais evidente e as consequências poderão ser incalculáveis. Infelizmente ainda não se tem conhecimento conclusivo sobre o uso destes novos produtos tecnológicos, contudo, lembrando que muito mais do que 50% da população mundial vive abaixo da linha da miséria, não se pode descartar possibilidades genéticas, que se bem gerenciadas, poderão contribuir para diminuir a pobreza, a degradação ambiental, as diferenças sociais e a sobrevivência do Planeta e da Espécie Humana.
Mas para isso, volto a repetir, a base precisa ser mudada. Nosso sistema político precisa mudar e para mudar a este sistema, é necessária a mudança do nosso sistema educacional, pois somente teremos uma sociedade mais consciente, mais atuante e um sistema político mais sério e efetivo, no dia em que em nossas escolas estivermos promovendo a real educação e formação, e não simplesmente a transmissão de informações e dados.
Precisamos de seres humanos mais críticos, mais atuantes e para isso precisamos pensar mais coletivamente e menos individualmente. E agora que a Copa para nós brasileiros acabou, precisamos de políticos mais sérios, mais competentes, menos susceptíveis as demandas, favores e benefícios econômicos. E só conseguiremos atingir a estes objetivos quando nós eleitores nos tornemos menos corruptíveis.
Porque falar de política neste artigo sobre meio ambiente, pois infelizmente o meio ambiente esta nas mãos dos políticos, ao invés dos especialistas. E se não aprendermos a ver e entender esta inter-relação, seguramente não teremos Meio Ambiente, com ou sem Organismos Geneticamente Modificados.

Construções Civis em Área de Preservação Permanente 28/06/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.


Considera-se Área de Preservação Permanente as florestas e demais formas de vegetação natural, situadas ao longo dos rios ou de qualquer curso de água, reservatório, lagos, lagoas, nascentes, topo de morros, encosta ou parte destas com declividade superior a 45º, dunas, entre outras áreas, conforme o código florestal, Lei 4.771, Artigo 2º, de 15 de setembro de 1965.
Nas áreas rurais a preservação permanente é bem mais visível que nas áreas urbanas, sendo que as propriedades localizadas próximas à cursos de água ou que tenham nascentes estão implantando suas APPs. Essa realidade, embora toda a discussão existente, já pode ser percebida em nossa região. Um dos motivos que levaram a implantá-la é a exigência da Lei através do SISLEG – Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Florestal Legal e Áreas de Preservação Permanente, que tem um prazo estabelecido para ser cumprido, até 2011, onde algumas entidades já o exigem, como por exemplo, em Bancos e Agências Financeiras quando há necessidade de recorrer a financiamentos.
As construções civis localizadas dentro das APPs deveriam ser removidas, mas geralmente o que acontece é a compensação dessa área ocupada em outro local. Essa medida é adotada para que o proprietário possa conciliar ambas as partes, tanto do cumprimento da Lei quanto a sua necessidade, que na maioria dos casos são propriedades pequenas com renda familiar baixa, sem condições de construir novos estabelecimentos. Isto quando observamos áreas rurais, pois nas áreas urbanas, o descaso e desrespeito a estas áreas de preservação ainda são imensos.
A realidade que acontece nas propriedades que tem construções dentro de APPs, é que acabam adaptando o curso hídrico a sua necessidade, sem levar muito em conta a sua preservação. Já nos casos de fontes de água o que ocorre muito é a drenagem para implantação de lavoura e outras atividades. Ações estas de alto impacto ambiental e que determinam grandes perdas à biodiversidade, além de favorecer a ocorrência de desastres ambientais, como se tem observado nos últimos anos em diversas regiões do Brasil e Mundo
Já nas habitações urbanas em torno dos rios, é causado um grau elevado de poluição, onde as empresas têm uma grande contribuição nisto, sendo que algumas destinam de forma ilegal os seus resíduos nos cursos d’água, sem o mínimo de preocupação em destiná-lo corretamente. Outros fatores preocupantes são as galerias de esgotos ligados diretamente nos rios e também a grande quantidade de lixo jogado no mesmo.
A única forma para solucionarmos estes problemas é através de ações políticas, empresariais e sociais conjuntas. Devemos desenvolver parcerias e estimular a modificação dos hábitos dos cidadãos. Somente através da educação e sensibilização de todos é que este problema poderá um dia ser resolvido.
Devemos agir rapidamente, pois alem de problemas ambientais também se sabe que a perda da qualidade de nossas vidas, por exemplo, problemas ligados a saúde mundial estão relacionados em mais de 60% ao consumo de águas contaminadas. Estas águas são contaminadas por nós seres humanos e nossas ações diárias. Portanto, cabe a nós a mudança de nossos hábitos, atitudes e respeito ao meio ambiente. Não devemos apontar aos outros, mas sim a nós mesmos.
Este artigo foi elaborado pela acadêmica do curso de Engenharia Ambiental da Unisep - Cristiane Paschoali, sob a supervisão e revisão do Prof. Marcelo Langer

O Meio Ambiente e a Ética 21/06/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.

Vivemos num mundo consumista, não digo capitalista nem socialista, pois dificilmente encontraríamos um exemplar clássico destes antigos conceitos econômicos. Mesmo porque o nosso país – Brasil – nunca assumiu uma destas posições. Sempre estivemos, digamos assim, no meio termo. Alguns chamam a isso de bom senso, outros de equilíbrio, mas na verdade o que podemos perceber mesmo, é que nossa educação e formação não ensinam o posicionamento, não aprendemos a nos posicionarmos, mas sim e infelizmente, aprendemos a agir na “média”, nem para mais, nem para menos, mas sim na média.
Nosso sistema de ensino, ainda prioriza o conhecimento de culturas, características e tradições externas. Pouco aprendemos e menos ainda sabemos de nossa própria história e origem. Pouco compreendemos de nossa evolução política, social e econômica, e por não conhecermos sobre nossos marcos e não compreendermos os passos de nossos antepassados, menos sabemos para onde desejamos ir.
Nossos filhos e jovens, os ditos jovens do milênio, estão ainda buscando encontrar-se, encontrar sua identidade, não são os estudantes revolucionários de 60, não são os estudantes “anestesiados” de 70, não são os estudantes sem causa e sem futuro de 80, não são os estudantes do impeachment do Collor de 90 e assim quem são os estudantes de 2000?
Dizem-se mais autônomos, dizem-se mais decididos, mas depois de quase 20 anos trabalhando com jovens de diversas idades e origens sociais, ainda os vejo tão perdidos como eu fui na minha adolescência e juventude, entretanto, tínhamos esperanças de que o Brasil chegaria lá, tínhamos esperanças de que se estudássemos com destemor, afinco e muita dedicação, conseguiríamos atingir nossos sonhos. Infelizmente, vejo poucos jovens pensando desta forma.
Para minha surpresa e confirmação, na sexta-feira passada assistindo a uma entrevista de uma pesquisadora em RH dos Estados Unidos, esta definiu os jovens de hoje como jovens individualistas, que não vestem a camisa, que não estão muito preocupados em ser, mas simplesmente em estar. Para esta mesma pesquisadora os jovens de antigamente tinham que esforçar-se para suas conquistas, principalmente na escola e universidade, hoje, caso seus resultados não sejam os que desejam, eles ligam seus celulares, chamam seus pais e exigem dos professores os desempenhos que “acreditam” merecer, pois estes jovens entendem que por estarem pagando, podem tudo o que desejam. Não pensam em esforço, não é importante para eles vencerem seus obstáculos e conquistarem posições por seus próprios esforços.
Para os jovens do milênio o que importa é estar ali, não precisa nem estar 100% presente, pois por trás de seus notebooks, assistem a vídeos e desenvolvem outras atividades enquanto seus professores tentam transmitir-lhes conhecimento. O pior de tudo é que estes mesmos “ciberalunos” acreditam-se capazes de julgar e reprovar os seus professores. Hoje em dia não cabe aos professores o mérito de avaliar o desempenho dos seus alunos, mas sim os alunos é que, ao final das contas, aprovam seus professores.
Onde o Meio Ambiente e a Ética se encaixam nisso tudo?
Na verdade 100% em tudo. Pois, se a atual e presente geração de seres humanos continuar a desenvolver-se acreditando que tudo no mundo esta ai para servir-los, o Planeta Terra, já totalmente degradado, destruído e sem perspectivas positivas, ira ainda mais rápido, perder todos os seus recursos naturais, biodiversidade e qualidade de vida.
Percebo, a cada dia que passa mais e mais pessoas falando sobre Meio Ambiente, discursos maravilhosos, que realmente me emocionam, pessoas que ate bem pouco tempo atrás viam o meio ambiente como um fator meramente econômico e que hoje passam a utilizar palavras e conceitos da moda, tipo: sustentabilidade, tecnologias limpas, ecoeficiência, marketing ambiental, produto sustentável, etc., mas que no fundo, apenas suas palavras e conceitos mudaram, pois estas pessoas continuam olhando para o Meio Ambiente apenas como uma viabilidade econômica.
Claro! Suas palavras são diferentes, são mais “verdes”, são mais positivas, são mais adequadas às necessidades socioambientais, são mais “éticas”.
Portanto, não acredito que possamos falar de Meio Ambiente, se o sistema de Educação, Formação, Conduta e Ética Pessoal, continuam sendo destruidoras.
Devemos ter muito cuidado, principalmente, neste atual estágio de degradação do Planeta, neste ano de Copa e Eleição. Novos profetas, novos salvadores da Pátria surgirão, prometendo salvar o Planeta, prometendo comprometer-se com o Meio Ambiente e pedindo em troca, um simples favor: seu voto.
Cuidado, muitos estão falando e escrevendo, todavia poucos estão realmente fazendo.
Infelizmente vejo muitos alunos, quem mal concluíram seus cursos e já passaram a fazer parte da equipe do “digo que faço”, mas que no fundo já estão no velho e conhecido caminho de todos nós brasileiros: a corrupção; principalmente para a elaboração e aprovação de projetos ambientais.
Para muitos dos nossos jovens a Ética, não é um valor, nem mesmo tem alguma compreensão ou conhecem seu significado. O que importa não são suas bases, seus valores, seu caráter. O que é importante é o financeiro. O Meio Ambiente, lamentavelmente, não é importante.
Sermos éticos significa, simplesmente, seguirmos a LEI; a Lei existe para ser seguidas, sem precedentes. Se não concordamos com a Lei, então devemos começar a atuar nas instancias políticas, atuando politicamente e integrando conhecimento técnico aos nossos direitos e deveres políticos.
Devemos apoiar as atitudes, ações e projetos em prol do Meio Ambiente? Sim, devemos!
Mas somente aqueles que acima de tudo estão baseados na Ética. Sem ética, sem respeito, o resultado será certo: SEM MEIO AMBIENTE E SEM VIDA.

Pegada Ecológica 14/06/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.

Este termo foi primeiramente utilizado em 1992, por pesquisadores americanos para estabelecer a quantidade de terra e água que nós seres humanos (individual ou coletivamente) utilizamos para desenvolver nossas atividades.
Atualmente este termo é empregado para analisarmos todas as atividades desenvolvidas para o nosso conforto humano. Assim podemos ter noções mais concretas, sobre os danos que estas atividades humanas causam à sustentabilidade do Planeta.
Essas pegadas são estabelecidas através do consumo de água, luz, combustíveis, consumo de alimentos, tipos de produtos que utilizamos, tipos de energia, se adotamos atitudes mais coerentes ou se apenas discursamos sobre o meio ambiente.
Hoje em dia, devido ao aumento da escassez dos recursos naturais e ao alto índice de geração de resíduos tanto nos centros urbanos, quanto em áreas rurais, o meio ambiente esta sofrendo e sua continuidade sendo ameaçada.
Assim, com a sensibilização a estas perdas e o que isso pode significar à qualidade de nossas vidas, o Homem consciente de sua responsabilidade tem assumido novas posturas, atitudes e valores no exercício de sua vida. Este Homem está buscado novas formas de trabalhar os recursos disponíveis, produzir de forma mais sustentável e gerir o espaço urbano e rural de acordo com princípios ambientais mais adequados e assim gerar produtos, estilos de vida e sistemas para sustentar sua vida, mais limpos.
Estas condutas diferenciadas têm levado a descoberta de novas tecnologias, as tecnologias limpas. Estas tecnologias limpas alem de promover a solução de um problema ambiental (geração excessiva de resíduos em um planeta que está esgotado), também contribui para a diminuição da pegada ecológica.
Compreendermos nossa pegada ecológica é compreendermos os impactos e danos que nosso estilo de vida, nossa forma de conduzir nossas atividades estão causando ao meio ambiente e contribuindo para a destruição do Planeta.
Causamos danos ao Planeta, quando deixamos torneiras abertas; quando deixamos luzes acessas em ambientes que não precisam; quando lançamos papeis e outras embalagens pelas janelas dos nossos carros; quando não separamos os resíduos; quando não compostamos os resíduos orgânicos em nossas casas; quando lavamos as calçadas de nossas casas com água tratada; quando jogamos a “bituca” do cigarro nas calçadas e ruas de nossas cidades; quando não regulamos o motor do carro e este consome mais combustível do que deveria ou não o realiza de forma correta, lançando fumaças com maior teor de poluentes; quando consumimos mais do que realmente necessitamos; quando construímos às margens de rios, nascentes e lançamos esgotos e efluentes líquidos diretamente no meio ambiente; quando não consumimos produtos com maior eficiência e baixo consumo energético; quando deixamos os nossos eletrodomésticos com aquela inofensiva “luzinha vermelha” acessa; quando não consertamos vazamentos em nossa rede de abastecimento hídrico; ou seja, contribuímos para a degradação do meio ambiente e planeta em todas as nossas atividades. Não há como não causarmos este problema.
Contudo, podemos diminuí-lo, minimizá-lo através de atitudes mais saudáveis, conscientes e sustentáveis. Estes atitudes começam pela diminuição de consumo dos recursos naturais – prefira lâmpadas frias às lâmpadas incandescentes, colete água da chuva para utilizar no seu jardim e nas limpezas das calçadas, controle o tempo do seu banho (5 minutos são suficientes), etc., pois alem de você contribuir com o meio ambiente você estará contribuindo com o seu bolso.
A seguir busque reduzir o consumo de produtos industrializados e embalagens plásticas (por exemplo, prefira sacolas retornáveis às sacolas plásticas de supermercado), produza seus próprios vegetais – estamos em uma área rural, é mais fácil adquirir produtos diretamente do produtor, troque seu veiculo a gasolina e diesel, por veículos movidos a álcool, compartilhe a sua ida ao trabalho com seus colegas, etc.
E então comece a reciclar: separe os resíduos secos, exija dos locais onde você compra lâmpadas e outros utensílios de uso temporário, que os mesmos recebam de volta estes produtos (esta é a pratica da logística reversa, já estabelecida e definida por Lei), doe seus moveis velhos e outros utensílios a famílias carentes, separe correta e principalmente influencie outros a fazer o mesmo. Converse com seus familiares, vizinhos, amigos e mesmo com que você não conhece, não perca esta oportunidade de contribuir para a mudança da atual decadência ambiental em que estamos vivendo.
Somente os esforços individuais tomados coletivamente é que poderão contribuir e deter os avanços da degradação ambiental do Planeta e destruição total de nossas vidas.
Participe desta ação! Tome uma atitude! Ficar de braços cruzados e apontar aos outros, infelizmente, não ajudará em nada e sua pegada ecológica se transformará na sua própria cova.

Meio Ambiente e Tecnologia 07/06/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.


Muitos avanços no gerenciamento ambiental somente tenham acontecido devido ao avanço da tecnologia que através de tecnologias mais limpas tem possibilitado o desenvolvimento de produções mais limpa, gerando sistemas com maior eficiência ecológica e melhorando a qualidade de vida da população mundial, ainda assim, muitos problemas continuam sendo ocasionados por esta mesma tecnologia, por esta mesma busca desenfreado por avanços econômicos. Contudo a Natureza nos mostra sempre que muito temos para aprender.
São quase 50 dias de vazamento de óleo no Golfo do México e desta vez envolvendo a maior potência econômica e política mundial e uma das maiores empresas do setor – BP (British Petroleum).
A história da civilização moderna em todo o Planeta não pode ser escrita sem a influência e muitas vezes, a determinação dos Estados Unidos, que através de seu poder econômico esta mudando os sistemas produtivos e sociais no mundo todo e através de sua força política tem influenciado, especificado, controlado a ação de muitas outras nações no mundo, nem sempre de modo positivo, na grande maioria das vezes criando bolsões de misérias a fim de manter o seu próprio crescimento econômico, mesmo em tempos de crises mundiais.
O modo político e econômico de ser dos Estados Unidos tem sido seguido por lideres mundiais, contudo em momentos em que este país realmente precisa agir, o que vemos são desculpas e mais desculpas.
O Estado de Louisiania nos Estados Unidos em 2005 sofrem com o Furacão Katrina, e a falta de ação de Bush – até hoje os efeitos deste furacão são possíveis de observar naquele Estado; sua política violenta de Guerras e busca de domínio mundial custou-lhe a sua continuidade política.
Atualmente, a falta de ação efetiva da maior Nação do Mundo, esta determinando a contaminação e o impacto ambiental sem precedentes. Com tantas possibilidades tecnológicas, com tantos recursos econômicos disponíveis, nada efetivamente se esta fazendo para conter o vazamento e pior nenhuma ação eficaz de recuperação e minimização aos danos ambientais causados por este incrível acidente esta sendo realizado.
Nós, infelizmente, temos nossa parcela de responsabilidade, pois continuamos assistindo indiferentes, calados, passivos e com uma ingênua esperança de que o comportamento humano vai mudar. Nós não mudamos, seguimos calados como fazíamos há muitos anos atrás e desta maneira como queremos que os outros mudem!
Continuaremos assistindo de camarote mais este capítulo de destruição ambiental, disfrutando uma CocaCola, usando Nike, conduzindo Ford e tantas outras marcas genuinamente americanas que, assim como tantas outras marcas americanas influenciam o comportamento mundial, estabelecem seus impérios econômicos e realmente nada fazem em termos de responsabilidade ambiental.
No passado dia 05, comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, e não podíamos ter um presente melhor: “o maior incidente petróleo da história do mundo” e a incompetência humana, falta de ação política individual de cada ser humano que ainda não aprendeu a agir e sim, continua se preparando para a COPA DO MUNDO.
Ah é! A Copa do Mundo... vamos ser hexa campeões? Num período que já conquistamos todos os títulos mundiais e continuamos a repeti-los, a Nação Humana – Políticos e Cidadãos - é campeã no descaso, na injustiça social e acima de tudo em destruir nossas próprias vidas, destruindo nosso planeta.
Tudo bem, não nos preocupemos tanto, pois afinal haverá a Copa do Mundo no Brasil em 2014 e se não formos hexa desta vez, milhões de reais e dólares continuarem sendo investidos, enquanto milhões de brasileiros vivem na miséria absoluta e Crimes ambientais continuam impunes. Viva o Brasil! Viva a cultura Americana!

Construções Civis Sustentáveis 24/05/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.

As nossas construções civis são agentes causadores de forte impacto ambiental, ora por ser construídas em locais indevidos e proibidos por Lei, ora por não adequar-se ao ambiente e ainda por não utilizar recursos materiais e sistemas mais apropriados, de menor custo e baixo consumo dos recursos naturais e ou ainda não planejar a disposição adequada de seus resíduos.
A Organização Não-governamental Green Building Council Brasil é a entidade responsável por promover a certificação LEED, desenvolvida pelo Green Building Council norte-americano em território nacional. Esta certificação LEED baseia-se num sistema de pontuação cumulativa para diversos itens do projeto, como eficiência da água, energia e atmosfera, materiais e recursos, entre outros. Cada item possui subitens, que valem créditos e que determinam a pontuação para empreendimentos.
Os requisitos mais importantes são os de economia de água e, sobretudo, de energia. Há exigência de melhoramentos no local do canteiro de obra, instalação do empreendimento em uma região urbanizada, adensada e com boa infra-estrutura de transporte público. “Pesquisas mostram que edifícios sustentáveis reduzem em 30% o consumo de energia e em 50% o consumo de água. (COELHO, 2010, Pág. 1).”
A grande dificuldade e desafio para implantação do sistema de certificação LEED, está na mudança de cultura da população e dos profissionais. Onde hoje, por exemplo, o arquiteto trabalha as fachadas sem se preocupar com as ineficiências energéticas de seu empreendimento e assim evitar custos futuros devido ao consumo excessivo de energia e outros recursos naturais, sendo o momento da escolha do tipo de obra a se construir de fundamental importância para a eficiência energética e redução de custos.
Alem dos aspectos de otimização de recursos (ambientais e econômicos) as atividades relacionadas com a construção civil são geradores de um enorme impacto ambiental.
O setor é o maior consumidor individual de recursos naturais, gera poluição, resíduos, acidentes de trabalho, entre outros etc. A reciclagem de resíduos próprios é uma das tendências para diminuição do impacto ambiental da construção civil.
Um projeto para estar em conformidade com a certificação LEED deve atender inúmeras exigências, das quais focamos as mais importantes para nossa realidade.
A conscientização e informação sem dúvida é a maneira mais rápida e com menor investimento, porém ela é difícil na questão de mudar a cultura das pessoas, que ainda fecham os olhos para a escassez da água no planeta. Torna-se evidente que hoje, está ficando cada vez mais difícil encontrar água de qualidade, isso devido à poluição de rios, represas e do solo, decorrente da própria ocupação e atividade humana e é com pequenas mudanças de hábitos, que os grandes resultados surgirão.
Nas instalações prediais, ou pequenas moradias por menores que sejam é essencial a detecção de vazamentos na rede, que deve ser analisada desde a entrada da água no cavalete até os equipamentos instalados, podendo ser visíveis ou ocultos. Os vazamentos visíveis ocorrem nas torneiras, jardim, tanques, pia de cozinha, bóia da caixa d’água, ou nas tubulações embutidas na parede, por exemplo um gotejamento lento possui uma vazão de 0,01 L/min, o que representa uma perda mensal de 400 litros, e o gotejamento rápido pode representar uma perda de até 1000 litros por mês.
Utilizar a energia solar para aquecer a água necessária ao consumo diário é uma das formas mais inteligentes de poupar energia e preservar o meio ambiente. Com a utilização destas tecnologias, que já são largamente utilizadas na Europa, América do Norte, Ásia e Oceania e também já disponíveis no Brasil, infelizmente pouco utilizadas em nossa região, pode-se obter grande economia energética e de consumo de água, Estas tecnologias ao contrário do que se pensa, não possuem um custo elevado para sua implantação, contudo infelizmente não se realiza análises de benefício/custo econômico e ambiental a longo prazo. Faz-se o trivial, que é mais fácil de pensar - somente.
Através do correto dimensionado do imóvel e consumo de acordo com as necessidades da aplicação, seja residencial ou não residencial, seguindo duas etapas básicas, calcular o volume de água quente a ser gasto diariamente, e também calcular a quantidade de coletores solares para o aquecimento da água do reservatório térmico, esta tecnologia associada a coleta de água da chuva, disposição das casas nos terrenos, materiais consumidos, dimensões das aberturas da construção civil e uso de sistemas integrados de re-uso d’água, pode-se obter grandes benefícios econômicos e também melhorar em muito a atual degradação ambiental.
Este artigo foi elaborado pelo acadêmico do 7º Período de Engenharia Ambiental Carlos Gardel Borsatti da Unisep e sob supervisão e revisão do Prof. Marcelo Langer.

Mercado Sustentável 17/05/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.

Produtos sustentáveis, produtos “verdes”, produtos orgânicos e tecnologias limpas são conceitos que estão assumindo postos em novos vocabulários mais intensamente em nossas vidas.
Apesar destes produtos nem sempre apresentarem suas definições efetivamente estabelecidas e, portanto, não possibilitar a obtenção especifica e clara de seus objetivos; quais as ações que vem sendo desenvolvidas e nem quais as intenções de tais especificações, apesar disso tudo o mercado consumidor esta buscando estabelecer uma melhor relação de preservação e respeito ao meio ambiente e ao ser humano, e desta maneira acabaram por assimilar estes valores e ideais.
Mesmo o Brasil estando entre os países que mais se preocupam com o Meio Ambiente e com o maior numero de Leis, Normas, Decretos e demais Documentos Legais elaborados para este fim, ainda assim os conceitos de sustentabilidade, geração de produtos e tecnologias limpas não é compreendido por todos os seus habitantes.
Como produtos e tecnologias limpas, sustentáveis, de baixo impacto ambiental, pode-se enquadrar diversos e inúmeros processos e produtos. Entretanto, alem destas novas tecnologias, também estão disponíveis tecnologias que referem-se ao uso de novas matérias-primas, ou a reutilização de matéria-prima já consumida anteriormente (subprodutos) e que pode ser definida como resíduos, rejeitos, lixo, etc.
A reutilização destes subprodutos esta apresentando grandes oportunidades de mercado. No Brasil, mais de 50% dos ativos movimentados na Bovespa dependem de matéria prima – recursos naturais, e no mundo, a Economia Criativa responde por 10% do PIB mundial (ONU).
Para que haja a real entrada e permanência destes produtos no Mercado é fundamental que existam Normas Legais e Padrões Tecnológicos, regulamentando sua produção e comercialização, garantindo qualidade total final aos produtos e assegurando a boa aceitabilidade destes materiais nos mercados específicos. Entretanto, este mercado ainda não possui agentes reguladores e nem tão poucos Leis que os definam.
Novos produtos estão surgindo e sendo utilizados no mercado, produtos estes que utilizam resíduos e matérias primas de diversas origens – que antigamente nunca haviam sido pensadas como possíveis de uso. Contudo não há nada que os regulamentem e que garantam sua qualidade, estabilidade e assegurem resultados a longo prazo, e assim, estes produtos acabam gerando grandes duvidas e inseguranças à sua aplicação e uso, fazendo-os perder credibilidade.
Sabe-se das inúmeras possibilidades de emprego aos materiais alternativos, mas para isso de fato acontecer e sair da escala de alternativa com baixo rendimento e passar a ser rentável em larga escala e alto rendimento comercial, é necessário o desenvolvimento de Normas, Regras e Leis que determinem e gerenciem a industrialização e comercialização destes produtos.
Desta maneira será possível fechar o ciclo de produção total e promover o desenvolvimento sustentável com sustentabilidade.

Criação de Corredores Ecológicos e a preservação do Meio Ambiente 10/05/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.

Entende-se por Corredores Ecológicos as áreas que unem os remanescentes florestais, possibilitando o livre transito de animais e a dispersão de sementes das espécies vegetais, contribuindo para o fluxo gênico entre as espécies da fauna e flora e a conservação da biodiversidade, além de garantir a conservação dos recursos hídricos e do solo e contribuir para o equilíbrio do clima e da paisagem.
A importância e a função destes corredores somente acontecem quando eles estão interligados, formando uma grande LINHA VERDE, ou seja, o corredor de preservação da Biodiversidade e dos valores ambientais naturais, tornando-os fortes e relevantes. Quando isolados e desconectados, seus valores e capacidades para conservar a vida, se reduzem a menos de 30% do seu potencial.
A partir deste contexto, analisa-se a importância da criação de Corredores Ecológicos em nossa região sudoeste do Paraná, tanto em áreas rurais quanto em áreas urbanas. Nossa região apresenta remanescentes de floresta nativa que totalizam apenas 7% de sua formação original, evidenciando o enorme conflito entre a ampliação das atividades humanas e a preservação do meio ambiente. Considerando que estes remanescentes formam verdadeiras ilhas de biodiversidade e que seu isolamento acarreta na diminuição ou até mesmo extinção de espécies nativas, os Corredores Ecológicos assumem importantíssimo papel para o meio ambiente regional.
Buscando a diminuição dos impactos ambientais causados por suas atividades humanas em nossa região que possuiu tamanha riqueza e abundancia de espécies animais e vegetais, Empresas e Órgãos Governamentais, conjuntamente ou isoladamente devem buscar desenvolver atividades voltadas a preservação e conservação da Biodiversidade da natureza local. Estudos podem analisar e apresentar os valores naturais de nossa região – tanto qualitativo e quanto quantitativo da fauna e da flora local, também podem apresentar aspectos arqueológicos que abrangem a área em questão, e apontam o enorme prejuízo causado às espécies locais devido seu isolamento, sendo que isso ocorre principalmente pelo descumprimento da legislação ambiental por parte dos proprietários de terra que localizam-se no entorno desses reservatórios. Com iniciativas de educação e conscientização ambiental e projetos de cunho social, a ACEDV e a Prefeitura Municipal de Dois Vizinhos vêem implantando Programas de gestão ambiental na micro-região e, assim, contribuindo para a preservação ambiental local.
É de responsabilidade de todos contribuir para a qualidade e subsistência do meio ambiente a que estamos inseridos, usufruindo dos recursos que o mesmo nos oferece de modo sustentável e responsável. Agindo em prol do meio ambiente, estamos contribuindo com toda a sociedade, e permitindo a nós mesmos e as gerações futuras algo que muitas vezes, por falsas crenças e imposições, nos parece pouco palpável: a qualidade de vida e a harmonia entre o homem e a natureza.
Neste ano de eleições, esteja atento se os candidatos que você vai eleger, estão de fato comprometidos com o Meio Ambiente e a Vida Humana, ou se estão somente prometendo. Este ato obrigatório em nosso País é de suma importância, pois, depois quando as enchentes e os problemas ambientais e sanitários surgirem, não adiantara buscar culpados, pois os culpados somos NÓS, que colocamos quem colocamos no Poder.
Portanto, pratique, promova e torne-se um Corredor Ecológico – integrado e apto a fornecer seus valores para o desenvolvimento geral da nação brasileira.
Este artigo foi elaborado pelo acadêmico Mauricio Meurer do 7º Período de Engenharia Ambiental da Unisep, sob supervisão e revisão do Prof. Marcelo Langer.

RESIDUOS E ÁREAS URBANAS – PROBEMAS AMBIENTAIS CRESCENTES 02/05/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.


Dentre todos os problemas ambientais, o destino incorreto dos resíduos sólidos em locais urbanos tem sido um dos mais graves, por estar diretamente ligado a saúde publica e o meio ambiente em geral.
Este resíduo ou popularmente chamado “lixo” tornou-se uma das grandes preocupações de ordem sanitária e ambiental dos órgãos governamentais de todas as cidades brasileiras e mundiais. É de responsabilidade do município a limpeza urbana, a coleta domiciliar e a destinação final do lixo, o que, infelizmente, não vem ocorrendo de forma adequada em grande parte das mesmas. Ainda que a coleta de resíduos (seletiva ou não) esteja amparada por Leis, os sistemas empregados não garantem a eliminação de impactos ambientais e sociais.
A imprudência pode ter vários motivos, sendo eles ocasionados devido a diversos fatores, ainda que normalmente os órgãos públicos estejam optando pela contratação de empresas terceirizadas para a execução destes serviços e cumprimento da Lei, na sua maioria estes serviços estão longe de ser corretamente executados.
Alguns dos motivos apresentados por estas empresas contratadas são: a falta de funcionários , de maquinário apropriado para a coleta e destino dos resíduos, a não participação e contribuição da população na separação dos resíduos, a falta de empresas que tratem ou reutilizem os resíduos reciclados, ou mesmo, o descaso por elas apresentados devida a falta de fiscalização e capacidade publica para a cobrança ao seu cumprimento.
O fato que estes sistemas ineficientes tem ocasionado imensidões de sujeira, lixo, contaminação ambiental e problemas de saúde publica em geral. Além destes resíduos, também outros fatores são responsáveis pela degradação do meio ambiente urbano, principalmente lotes baldios, ocasionados principalmente pelas ações do homem, como restos de construções, resíduos sólidos inservíveis (pneus, metais, madeiras, moveis velhos, etc.) e também resíduos domésticos em geral (restos de comida, embalagens, etc.).
As consequências oriundas do acumulo deste lixo em terrenos baldios são imensas, podem variar desde a proliferação de animais nocivos e transmissores de doenças, até mesmo para algo mais impactante ao meio ambiente como poluição do solo, das águas e do ar. Infelizmente, os municípios não têm suportado a gestão individualizada destes pontos e não estão adotando medidas adequadas ou mesmo aconselháveis para não provocar ou ao menos minimizar os danos ambientais.
A Legislação Brasileira (Resolução CONAMA 001, de 23.01.1986), considera-se impacto ambiental "qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e V - a qualidade dos recursos ambientais".
Sabemos que o meio ambiente esta amparado pela nossa Legislação, mas o que não podemos esquecer é que devemos cobrar soluções dos órgãos ambientais e poder político, alem das ações sociais individuais, por exemplo: a prefeitura de nossa cidade, deve assumir seus deveres de preservação e gestão ambiental perante a sociedade, pois ações devem ser tomadas para solucionar este descaso. Lembrando que nossa parte é proteger o meio ambiente para que este se mantenha limpo e saudável, pensando não somente no presente, mas sim nos problemas futuros oriundos destas inações humanas, caso isso não ocorra, todos nós iremos pagar pela falta de bom senso humano.
Varias ações vem sendo desenvolvidas para a solução destes problemas ambientais urbanos, uma das mais promovidas atualmente é a de Ações Conjuntas entre Órgãos Públicos e Empresas Privadas, que através de políticas publicas vem estabelecendo e desenvolvendo programas sociais e ambientais de grande valia e eficientemente melhorando a gestão ambiental publica e comum a todos.
Este artigo foi elaborado pelo acadêmico do 7º Período de Engenharia Ambiental da Unisep, Osvaldo Herpich, sob a orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer.

Produtos Limpos – Vidas Sustentáveis 26/04/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.

Produtos verdes; Produtos ecologicamente corretos; Produtos Limpos, Produtos Sustentáveis estão cada dia mais, fazendo parte de nossas vidas, nas simples atividades e também se tornando objeto de desejos maiores, como por exemplos: carros, casas, cidades ecológicas e acima de tudo passa a tornar-se um símbolo de estilo de vida e personalidade.
Esta é uma realidade que já começa a fazer parte até mesmo das vidas, cotidianos e decisões de compra dos cidadãos de Dois Vizinhos e Região. Não é mais um desejo somente alcançável em grandes cidades, pois com o advento dos novos meios de comunicação e a eficiência da comunicação impressa e televisiva, todas as populações estão tendo acesso a um numero maior de opções menos poluentes e mais sustentáveis.
Independente das ações dos órgãos ambientais, políticos e outras forças que buscam determinar e regularizar uma produção tecnológica mais Limpa e de menor dano a Natureza e ao Homem, o próprio consumidor esta tomando consciência e buscando por bens de consumo que atendam a suas expectativas ambientais e sociais.
No inicio eram apenas poucos produtos que podíamos adquirir no supermercado, lojas e algumas casas comerciais especializadas oferecendo, por exemplo: produtos agrícolas orgânicos, madeirais oriundas de reflorestamentos sustentáveis e embalagens recicladas. Entretanto o avanço ocorreu e hoje alem destes produtos para consumo e com a evolução tecnológica, podemos ter em nossas casas fontes de energias limpas, lâmpadas com baixo consumo energético, alto poder energético e longa duração (lâmpadas LED), também nossos carros se tornaram mais “verdes” e alguns deles se tornaram elétricos, gerando baixo nível de emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Já é possível construirmos nossas casas com materiais sustentáveis, reciclados ou de origem menos agressiva ao meio ambiente, por exemplo, os tijolos ecológicos, os termoblocos, as casas com telhados com cobertura verde para diminuir o calor interno, ou seja, evoluções na construção civil, que alem de beneficiar o meio ambiente, também podem gerar reduções orçamentárias superiores a 50%.
Sem duvida alguma estamos evoluindo a passos largos, contudo ainda nos falta a organização deste setor ou podemos dizer novo mercado, já que carecemos de Normas Técnicas, Padrões de Qualidade e Princípios que norteiem e determinem a forma correta de produção, estocagem, comercialização e descarte final.
Sob esta perspectiva, começam a surgir os Selos de Qualidade, que atestam valores e confirmam padrões de segurança, mas eles ainda são muito incipientes, precisa-se de muito trabalho nesta área. Sem duvida este novo mercado é gigantesco (Mercado Limpo), já movimenta mais de 35 bilhões de dólares ao ano. Mais de 80% dos produtos comercializados nas bolsas de valores do mundo todo apresentam alguma forma de mensagem sustentável. Surge cada dia mais as políticas ambientais voltadas não só para o processo de produção, mas também para o consumo consciente, para as ações individuais limpas.
Os cidadãos Duovizinhenses e da região devem desde já atuar em prol do meio ambiente, através de ações simples, como por exemplo: consumir menos água, utilizar menos energia, andar de carro somente quando realmente necessário, separar o lixo domiciliar, consumir menos sacolas plásticas (OPTE PELAS SACOLAS RETORNÁVEIS) e principalmente, começar a exigir de seus fornecedores e empresas ações socioambientais responsáveis e verdadeiras.
Os empresários de nossa região precisam entender o principio da Logística Reversa, precisam definir ações políticas socioambientais, precisam assumir suas responsabilidades socioeconômicas e ambientais e mais do que tudo, precisam urgentemente entender que incorporar em suas decisões as questões sociais e ambientais, não é um simples ato de preservação, mas sim um fator decisivo de permanência no Mercado, competitividade e ganho econômico.

Poluição em Córrego 18/04/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.

Os córregos de nossos municípios que cortam nossas cidades, e deságuam em outros rios, estão sujos, através do lançamento de resíduos domésticos, comerciais e industriais que diariamente são lançados neles. Segundo moradores, que vivem às margens destes córregos faz muito tempo que a prefeitura e os órgãos responsáveis não promovem sua limpeza e manutenção. Como consequências diretas percebemos odores desagradáveis, transmissão de doenças, proliferação de animais vetores de doenças (atraídos por estes odores) e em ocorrências de forte precipitação pluviométrica, alagamentos e enchentes em nossas cidades.
Além destes resíduos, os nossos rios e córregos estão sendo assoreados por sedimentos oriundos das zonas rurais que devido a ausência de matas ciliares para a proteção das margens dos rios e cabeceiras das nascentes, acabam depositando-se no leito dos rios, diminuindo a qualidade da água e também a capacidade de retenção das águas pluviais.
As águas residuais contêm basicamente matéria orgânica e mineral, que se não receberem tratamentos adequados, podem causar enormes prejuízos à saúde pública por meio de transmissão de doenças causada por agentes patogênicos, como a cólera, esquistossomose, febre tifóide, hepatite, leptospirose, poliomielite etc. Também, existe o descarte de garrafas PET, sacolas plásticas, latas, papéis e outros produtos totalmente recicláveis. As estatísticas mostram que a qualidade de vida da população está ligada diretamente as boas condições sanitárias de suas águas.
A saúde do meio ambiente também deve ser preservada, a poluição afeta a vida vegetal, humana e animal, portanto cabe aos órgãos ambientais atuarem no controle e fiscalização, no que diz respeito à conservação do meio ambiente, em particular ao combate à poluição da água.
Para ter um ambiente mais saudável é preciso, além da limpeza dos córregos e meio ambiente aos seus redores, deve-se conscientizar a população da importância de manter-los limpos, e principalmente o Governo destes municípios deve investir em saneamento.
A população brasileira produz, em média, 8,4 bilhões de litros de esgoto por dia. Desse total, 5,4 bilhões não recebem nenhum tratamento, ou seja, apenas 36% do esgoto gerado nas cidades do país são tratados. O restante é despejado sem nenhum cuidado no meio ambiente, contaminando solo, rios, mananciais e praias do país inteiro, sem contar nos danos diretos que esse tipo de prática causa à saúde da população.
A rede coletora de esgotos residenciais não atinge 30% das casas, o assentamento e a ocupação do solo não respeita as áreas de preservação permanente, não se mantém cobertura vegetal para a proteção das águas, casas, edifícios, industriais e foram e continuam sendo construídas às margens de rios e córregos, contaminando-os e destruindo nossas vidas.
Neste ano de eleições, devemos eleger políticos éticos e que demonstrem claramente seu respeito e compromisso ao meio ambiente e a saúde da população, não somente com palavras, mas com atos, com ações, demonstrando que realmente entendem as necessidades de se preservar as nossas águas para que possamos garantir a sustentabilidade de nossas vidas.
Como tratamento de esgoto é uma baixa prioridade para o poder público e para a população em geral, nossos municípios não possuem uma estação de tratamento de esgoto, o mais apropriado seria que os proprietários construíssem uma fossa séptica ligada a um sumidouro em tamanho compatível com o total de pessoas que frequentam o imóvel ou que o Governo promovesse a correção e adequação da rede de esgotos – entretanto como é diz o ditado popular: obras enterradas (que não são vistas pelos eleitores) não dão votos.
Precisamos mudar esta realidade imediatamente. Precisamos mudar nossas atitudes sociais e políticas para garantir mudanças e sustentabilidade a nossas vidas.

Este artigo foi redigido pelo acadêmico do Curso de Engenharia Ambiental da Unisep Michel Barcarol, sob supervisão e revisão do Professor e Engenheiro Florestal Marcelo Langer.

Lombada/Quebra Mola, qual a sua verdadeira função? 12/04/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.

Quando transitamos em nossa cidade e por outras cidades da nossa região, não encontramos dificuldades em depararmo-nos com as famosas lombadas ou também conhecidas como quebra-molas: obstáculos físicos horizontais que tem por objetivo reduzir a velocidade dos veículos para a segurança dos pedestres e da população em geral, evitando o excesso de velocidade dos automóveis em vias públicas. Também podemos facilmente encontrar estes obstáculos em vias rodoviárias ao longo de várias Estradas Federais e Estaduais que cortam nossos municípios.
Tecnicamente e de acordo a esta definição, estes obstáculos tem sua serventia social, contudo, o que se percebe, principalmente aqui nos municípios do Sudoeste do Paraná é um excesso destes obstáculos.
Estes aparentes “inofensivos” e “promotores do bem social” têm também seus pontos negativos.
Primeiro, pois a grande maioria deles não está sinalizada como deveria, segundo que quando nos aproximamos destes obstáculos, necessitam reduzir marchas e após esta redução, devemos utilizar marchas mais potentes, que sob o enfoque ambiental, acabam contribuindo para o aumento da poluição ambiental de duas maneiras: através do consumo de combustíveis fósseis direto no processo de redução de marchas e uso de marchas iniciais que consumem mais combustíveis e, portanto emitem mais Gases de Efeito Estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2) e os óxidos (nitrogênio e enxofre), contribuindo assim para a degradação ambiental e perda da qualidade de vida humana.
A segunda razão para o aumento desta poluição ambiental, é que literalmente estes “quebra-molas” afetam no equilíbrio do veículo – balanceamento e geometria, fazendo assim com que o veículo acabe gastando mais pneu (derivado de petróleo e portanto fator de poluição atmosférica), além de influenciar negativamente no melhor rendimento do motor – desgaste de peças, consumo de óleos lubrificantes e combustíveis devido ao desequilíbrio do motor.
Paralelamente à questão ambiental, a presença e o uso destes obstáculos demonstram também o aspecto cultural e educacional de uma População, pois novamente e a exemplo de muitas ações político publicas, é mais fácil reprimir a educar. Ou seja, quanto maior o numero de “lombadas ou quebra-molas” em um município, menor é a conscientização de sua população, sua participação política publica e portanto, menor será sua capacidade de influenciar e diligir as decisões de seu Governo.
Por exemplo, as faixas de segurança dos pedestres são comumente ignoradas em nosso município e em qualquer outro município onde a sua População não esta consciente de seus direitos e deveres. Nem os pedestres as utilizam e nem os motoristas as respeitam. Em cidades onde a consciência social é maior, toda vez que um pedestre posiciona-se sobre estas faixas de segurança, os motoristas automaticamente – movidos pelo respeito ao ser humano, param seus veículos e permitem a travessia do pedestre. Da mesma maneira os pedestres buscam utilizar sempre estas faixas de segurança – para a sua segurança e o bem de todos.
Controlar o número destes obstáculos e promover o uso das faixas de segurança, através de programas educacionais e de conscientização da População, além de beneficiar o meio ambiente, também é um exercício político social. Pois motoristas conscientes, educados vão automaticamente reduzir suas velocidades e respeitar os pedestres e estes últimos vão entender que vias públicas de transito são espaços compartilhados com veículos, e desta forma, prevaleça a máxima de que para ser respeitado é preciso, em primeiro lugar, RESPEITAR.

Sustentabilidade em Foco 05/04/2010

Texto Publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.

Propostas sustentáveis estão em todos os lugares, pessoas ligadas à área ou não, estão se preocupando cada dia mais com as questões de sustentabilidade, porém mais do que isso, precisamos achar alternativas sustentáveis que tragam benefícios tanto ambiental, econômico e sociais realmente verdadeiros.
O que torna uma pratica sustentável economicamente viável, e socialmente justa? Parece complicado? Mas não é. Pequenas ações efetuadas de maneira adequada, a partir da integração setorial entre empresas, ONGs, Governo e Comunidade podem proporcionar a execução de tais praticas, potencializando sua viabilidade e benefícios.
Ações do cotidiano: como não lavar as calçadas todos os dias e quando lavar-las, consumir somente águas já utilizadas – por exemplo, água utilizada para lavar roupa; separar o lixo; usar a folha de papel dos dois lados e outras ações básicas, são sim, muito importantes para a sustentabilidade, mas agora que a consciência ambiental começa a inserir-se no nosso contexto, precisamos ampliar suas ramificações partindo para novos meios a fim de sensibilizar a população a efetivar essas ações no seu dia-a-dia.
Lançando mão do exemplo da empresa de cosméticos Natura que atualmente serve intensificando suas práticas de gestão ambiental, podemos ver que ações simples como a redução de embalagens dos seus produtos a partir da venda em refil, facilita o processo de reciclagem das embalagens pois não faz uso de tantos componentes (matéria-prima) para a fabricação de seus produtos, maximizando a potencialidade de reciclagem já que estes não precisam de uma separação de seus compostos, o que encarece o processo e dificulta a reciclagem, além é claro da mesma utilizar embalagens já anteriormente recicladas.
Então, varias são as ações dentro de uma mesma empresa que a tornam ecológica e sustentável, alem é claro do lucro que se pode obter através da melhor gestão dos seus recursos naturais e econômicos. É fato que nenhuma empresa vai efetuar uma pratica sustentável se a mesma não lhe trouxer algum lucro, por isso da importância de tal integração, ou qual seria a empresa que não gostaria de reduzir em 20 a 30% dos seus custos, simplesmente através da gestão correta de seus recursos?
Outro exemplo que podemos citar e que pode ser estabelecido em nossa cidade e região, é o que já vem acontecendo em São Paulo, onde existem alguns supermercados que já utilizam de uma pratica simples, porem muito eficiente na redução de lixo domiciliar: Antes de sair do supermercado o consumidor se desfaz de embalagens supérfluas, ou seja, que não se fazem necessárias para o acondicionamento do produto, o que traz inúmeros benefícios como o aumento da proporção de reciclagem dos mesmos, diminuindo os custos do sistema de coleta de resíduos sólidas da cidade, e desta maneira diminuindo as emissões de gases de efeito estufa.
O sistema de coleta de lixo domiciliar utilizado no Brasil é realizado através de caminhões adaptados para coleta de resíduos sólidos (seletiva ou não), porem o que ocorre na maioria das cidades o número de viagens são elevados, os caminhões são velhos e sem manutenção, intensificando a emissão de gases poluentes. Se diminuirmos a quantidade de resíduos nos domicílios a frota de caminhões também diminuirá e dessa forma ocorre à redução das emissões de gases como o CO2 melhorando cada vez mais o processo e tornando-o mais sustentável.
Essas atitudes exemplificam um processo de integração setorial, ou seja, órgãos públicos – Prefeituras em conjunto a uma rede de supermercados, podem fazer uma fusão que traga benefícios econômicos, sociais e ambientais mútuos. Através da separação adequada de resíduos no próprio supermercado, e uma coleta eficiente realizada pela Prefeitura, ocorrera uma redução de custos, tornando o processo viável economicamente, sensibilizando a população quanto à importância na separação dos resíduos e claro o ganho ambiental.
A integração setorial torna possível a implantação e o desenvolvimento de ações de benefícios diversos, não só econômicos quanto sociais e ambientais. Pode ser efetivada em vários segmentos.
Assim, tanto empresas, ONGs, órgãos públicos e população sairão ganhando. Promover o interesse e a compreensão destas ações é de vital importância para o Governo, pois quanto mais esclarecidos forem seus munícipes menores serão os custos administrativos e gerenciais de uma Prefeitura e portanto maiores serão os ganhos do município, da empresa e de toda a cadeia produtiva.
Este artigo foi elaborado pela acadêmica de Engenharia Ambiental Datinny Lauana Fiorese, sob a supervisão e revisão do Prof. Marcelo Langer da Unisep.

Arborização Urbana, benefícios ou problemas? 28/03/2010

Texrto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.

A arborização nas cidades exerce um papel muito importante, pois age diretamente no bem estar da população, reduzindo significativamente os níveis da poluição atmosférica e sonora, sem esquecer também a diminuição da temperatura nas épocas mais quentes do ano, o estresse social e o benefício psicológico.
Quando nos referimos à arborização de cidades leva-se sempre em consideração três premissas: As espécies que podem ser plantadas; As características ecológicas do ambiente e o impacto que estas espécies (árvores) podem causar a médio e longo prazo ao ambiente.
Nos municípios da Região Sudoeste do Paraná, a arborização nas vias públicas (passeios e praças) foi estabelecida ao longo do tempo sem uma real preocupação com as características ecológicas do ambiente. As espécies plantadas são na sua maioria árvores exóticas (não nativas, trazidas de outras regiões), que se adaptaram ao clima e ao solo da região.
Apesar de suas contribuições a diminuição de ruídos, temperatura, efeito cênico e que em um primeiro momento não conseguimos perceber os efeitos negativos que estas espécies exóticas causam, eles existem e são potencialmente perigosos o meio ambiente. Podendo contribuir para alterações na cadeia alimentar da fauna, determinando efeitos adversos, impactos negativos sobre a sustentabilidade da flora local e também para a gestão urbana, pois a escolha de espécies impróprias pode comprometer a tubulação do esgoto, água, luz e estourar as calçadas, causando acidentes e danos físicos aos pedestres.
Um dos grandes problemas da ecologia e da botânica atual é a falta de pesquisas e estudos concretos a respeito do reflorestamento urbano, também chamada de Silvicultura Urbana ou ainda popularmente Arborização Urbana.
Ecologicamente falando pode se afirmar que as espécies vegetais exóticas por mais bem adaptadas e manejadas que estejam, representam uma ameaça ao equilíbrio do meio ambiente natural, visto que duas espécies irão competir pelo espaço existente e pelos recursos minerais do solo.
Agora no outono e com o inverno se aproximando, surge um novo problema: a poda, normalmente realizada de forma extrema com a eliminação total da copa verde, que ao invés de beneficiar o meio ambiente, causa danos ainda maiores e impede que os benefícios futuros esperados para a primavera e verão, possam ser atingidos. Mas sobre a poda falaremos numa próxima edição.
Governantes e a própria sociedade devem compreender que a tênue linha do equilíbrio ambiental já foi ultrapassada, e nós autores desta façanha estamos vivenciando suas consequências.
Pesquisas e investimentos nas áreas de biologia vegetal, ecologia e silvicultura urbana devem ser preconizadas, estas atividades devem ser realizadas por profissionais com conhecimento e não simplesmente por empresas que saibam plantar árvores e cortar galhos.
Silvicultura Urbana, é muito mais, é o que determina o bem-estar da população, atenua problemas climáticos, estabelece maior qualidade de vida a seus munícipes, preserva nascentes, rios, águas e a VIDA. Estes serviços devem ser executados por engenheiros florestais, ambientais e outros profissionais da área com competência técnica.
Se a opção é contratar empresas de terceiros para a realização destas atividades, então que sejam contratadas empresas que possuam estes profissionais. Se isto não acontece, então poderemos construir hospitais e colocar os pacientes nas mãos de qualquer outro profissional, pois colocar o meio ambiente nas mãos de qualquer pessoa é o mesmo que colocar a vida de pacientes nas mãos de qualquer outro profissional além do médico. Ou alguém tem dúvidas de que o Meio Ambiente mal gerenciado, como tem sido feito, pode matar?

Este artigo foi elaborado pela acadêmica do curso de Engenharia Ambiental da Unisep, Andressa Reolon, sob a orientação e revisão do Engenheiro Florestal e Prof. da Unisep Marcelo Langer

RESÍDUOS DE AVIÁRIOS - A POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA ou OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS 22/03/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná

A cidade de Dois Vizinhos ficou reconhecida como sendo a capital nacional do Frango devido sua alta produtividade de integração com empresas da região.
Este fato nos leva a preocupação devido a geração de alguns poluentes produzidos na avicultura e que podem ter consequências muito sérias sobre o meio ambiente, tais como: pó, vapores, gases e carrear materiais biológicos -microorganismos de uma forma geral que podem alem de causar danos a saúde humana, também causar a contaminação de águas superficiais e subterrâneas.
Também os resíduos da produção aviária são contribuintes para o agravamento das mudanças climáticas, pois as fezes e ou cama de aviário geram metano, amônia, dióxido de carbono e sulfito de hidrogênio, gases de efeito estufa.
Estes quando em quantidades elevadas podem alterar as condições ambientais, ao meio ambiente e a saúde da população, por exemplo, a amônia, que é um estressor crônico que pode provocar irritações, dificuldade de respirar, ou seja, sintomas comuns de intoxicação.
Alguns pesquisadores detectaram que a redução de proteína bruta e lisina na alimentação, e suplementação com aminoácidos podem reduzir significativamente os níveis de amônia nos excrementos.
Outro fator que deve ser levado em consideração é a geração de grande quantidade de resíduos orgânicos nos aviários que é a cama, esterco, penas e aves mortas, que devem ser tratados adequadamente antes de sua disposição final no ambiente. A agropecuária é citada, hoje em dia, como fonte de grande quantidade de resíduos, porém, aborda também o fato de que, se estes forem manipulados adequadamente, podem ser reaproveitados e evitar a poluição do meio ambiente.
A compostagem de resíduos de aviário é considerada uma alternativa econômica e ambientalmente adequada e vem sendo largamente utilizada, segundo a NBR 13591/1996; a compostagem que pode ser empregada neste sistema, consiste em um “processo de decomposição biológica da fração orgânica biodegradável dos resíduos, efetuada por uma população diversificada de organismos”. O composto formado, semelhante ao húmus, pode ser incorporado ao solo como adubação orgânica e também como biocombustível.
Segundo a EMBRAPA a biodigestão anaeróbia é um processo de tratamento que ocorre dentro de biodigestores, sendo dependente de uma série de condições físicas, químicas e microbiológicas para ser realmente eficiente. Como a cama de aviário tem sua geração de forma periódica, o tipo de biodigestor mais adaptado a esta é o denominado Biodigestor Batelada.
Outro exemplo é a incineração, considerada um processo seguro, no entanto, seu custo é elevado e pode causar surtos de poluição atmosférica, com geração de odores desagradáveis, fumaça, material particulado e cinzas.
Essas atitudes e a gestão correta dos resíduos de aviários, Dois Vizinhos e região podem contribuir para a minimização dos impactos ambientais e a perda da qualidade de vida, tanto aqui em nossa região, como em todo o planeta.
Este artigo foi elaborado pelo acadêmico de Engenharia Ambiental, Éderson Antônio Galvan, sob a supervisão e revisão do Prof. da Unisep Marcelo Langer.

Ação Integrada em Prol do Meio Ambiente – Oportunidade de Negócios 14/03/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.

Governo, empresas, universidades e organizações diversas estão buscando ampliar suas estratégias e ações para conter a crescente destruição ambiental e social que vivemos.
Cada um a seu modo, isoladamente e sem perceber a grande vantagem do estabelecimento e desenvolvimento de um Planejamento Integrado, envolvendo as diversas partes de uma sociedade, unindo forças, conhecimentos e capacidades.
O Meio ambiente e a Sociedade em geral, são constituído por diversas variáveis e nuances, que somente tratando-as de forma integral e complementar poderemos estabelecer um novo modelo de desenvolvimento sustentável.
No Brasil, até o presente momento, poucos são os exemplos possíveis de mencionar, que integraram os objetivos públicos aos objetivos e metas das empresas privadas. Estes exemplos tem se tornado exemplos de sucesso, não só por seus objetivos ambientais e sociais conquistados, mas principalmente pelo resultados econômicos e políticos atingidos.
Na tentativa de promover esta integração, agências e organizações internacionais, como por exemplo GEF, Banco Mundial, Banco Interamerico de Desenvolvimento, ONU, e muitos outros, vem estabelecendo programas para estimular e motivar a ação conjunta (Joint-venture).
A parte destas intenções, Governos de países desenvolvidos temendo as consequências econômicas de um futuro próximo, que pode levar a perdas sociais e ambientais cada vez maiores, vem promovendo, determinando recursos financeiros ao apoio e desenvolvimento de projetos que se proponham a controlar, modificar e reverter os presentes quadros de destruição e perdas do potencial produtivo do meio ambiente.
Sabemos dos poucas ou nulas evoluções que a Conferencia Climática de Copenhagen resultou, entretanto foi estabelecido ali que países se reuniriam para formar um fundo de preservação às Bacias Florestais. E mesmo estando a Conferencia Internacional sobre Bacias Florestais, em Oslo, na Noruega, programada para 27 de maio deste ano, e quando estima-se que as doações mundiais para a construção deste Fundo chegue a US$ 6,9 bilhões, na semana que se passou na França o Presidente Francês Nicolas Sarkozy anunciou que o comprometimento para este fundo já atingiu o valor de 4,7 bilhões (34% acima do esperado).
Mas para que se destina este fundo?
Este fundo gerará recursos para projetos de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa a partir do desmatamento e degradação ambiental, podem-se candidatar-se a ele projetos, públicos, privadas e de outras instituições, contudo, sabe-se que quanto maior for a integração dos setores publico/privado, mais chances do projeto receber apoio financeiro.
Este é um exemplo do que esta acontecendo no mundo afora. Muitos projetos com incentivo financeiro, patrocínio financeiro estão sendo desenvolvidos, ou por Entidades Privadas ou mesmo por Organismos Internacionais. Para isso precisamos de projetos com qualidade, que atendam as externalidades ambientais e sociais, muito alem do que os pensamentos econômicos puros, tradicionais e principalmente degradantes do meio ambiente e da qualidade de vida.
É preciso uma mudança muito grande nas atitudes, nos valores, na forma de pensar e fazer, tanto de políticos quanto de empresários, pois sem integração e sem uma comprovação clara e verdadeira de seus compromissos socioambientais, o Brasil, o nosso Estado e principalmente a nossa Região Sudoeste, estará muito longe do apoio e patrocínio que poderia usufruir.
As oportunidades estão ai! A cada dia que passa mais próximas de nós, entretanto, para muitos elas continuarão inatingíveis.