sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

NORMAS DA ADIÇÃO DE BIODIESEL AO DIESEL NO BRASIL 27/12/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.


Para garantir a qualidade e consumo do biodiesel é necessário estabelecer padrões de qualidade e normas de uso, evitando assim conflitos econômicos.

No Brasil, o biodiesel deve atender às especificações estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em sua Resolução ANP n° 07/2008.

No Brasil, a Lei 11097/05 instituiu na obrigatoriedade da adição de 2% de biodiesel ao diesel (mistura B2) a partir de 2008 e torna obrigatórias as misturas de 5% até 2013.

O Conselho Nacional de Políticas Energéticas (CNPE), através de sua Resolução nº 2/2008, tornou obrigatória a adição de 3% de biodiesel ao diesel (mistura B3) a partir de 2008. Em 2009, o governo federal anunciou o aumento da mistura obrigatória de B3 para B4 e a antecipou o uso de B5 para 2010.

Esta medida, além de fortalecer a indústria nacional e reduzir a participação do diesel na matriz energética nacional, visa também escoar a produção nacional de biodiesel. As especificações do B100, a ser misturado com o diesel, são estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), através da Resolução nº 07 de 2008 (RANP 07/08) que substituiu a Resolução nº 42 de 2004, tornando os critérios de avaliação da qualidade do biodiesel brasileiro mais restritivo.

Os padrões de qualidades presentes nesta resolução foram constituídos com base nas normas ASTM D6751 e EN 14214. A mistura óleo diesel/biodiesel tem sua especificação estabelecida pela resolução ANP 15/2006. As políticas públicas mais recentes de estímulo aos biocombustíveis estão no Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB). A mistura B3, gerou ao país uma economia anual de cerca de US$ 976 milhões e estima-se que a implementação do mercado de biodiesel já gerou cerca de 600 mil postos de trabalho somente no campo.

Em termos nacionais o país possui várias vantagens para o biodiesel, pois possui diversificação da matriz energética, políticas econômicas, desenvolvimento regional e território.

O biodiesel em si também possui vantagens econômicas, sociais e ambientais que justificam o seu uso. Sua adição ao diesel resulta em benefícios como a diminuição das emissões dos principais gases do efeito estufa, como o CO2 (dióxido de carbono), os compostos de enxofre e baixo teor de emissão de CO2.

O biodiesel também oferece vantagens sócio-econômicas, pois, atua como elemento regulador do mercado de óleos vegetais; gera empregos; contribui para a fixação do homem no campo; propicia a movimentação de economias locais e regionais; seja na etapa agrícola ou na indústria de bens e serviços; evita evasão de recursos pela importação de diesel de petróleo; além da vantagem de poder ser produzido com uma tecnologia simples; fácil de ser transferida para o setor produtivo. Por estas razões, este biocombustível apresenta-se como uma alternativa viável para a substituição total ou parcial do diesel de petróleo e capaz de ampliar o desenvolvimento regional.

Este artigo foi elaborado pela acadêmica de Engenharia Bionergética da Unoesc Campus Xanxerê, sob a orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer.

Linhas de crédito para agricultura energética 21/12/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.


O Brasil acumulou vasta experiência no desenvolvimento de uma pujante agroindústria, em que um dos paradigmas é justamente a agroindústria de etanol, reconhecida como a mais eficiente do mundo. As principais vantagens do Brasil em relação a outros países são: a vasta extensão de terras para produção e o clima tropical favorável.

Notoriamente a agricultura de energia representa um papel fundamental no desenvolvimento do país. Fato que motivou o governo a criar o Plano Nacional de Agroenergia, que se encontra em sua segunda edição. Entre os principais objetivos do plano estão o desenvolvimento e pesquisa de novas tecnologias e aproveitamento do solo; regulamentação das áreas de plantio; incentivo financeiro para desenvolvimento do setor; aumento da participação de energias renováveis na matriz energética; e, geração de empregos.

O suporte financeiro baseia-se em fontes variadas como as fontes orçamentárias do Tesouro Nacional; do Fundo Nacional de Pesquisa em Agroenergia; do orçamento das parcerias constitutivas; dos recursos captados por projetos; dos recursos dos fundos setoriais ou fundos de suporte a pesquisa e de doações voluntárias; vendas de serviços e projetos; royalties; e outros de iniciativa internacional.

Para o desenvolvimento e implantação dos projetos voltados ao segmento de agroenergia o maior financiador nacional é o BNDES que disponibiliza recursos através do PROESCO (Apoio a Projetos de Eficiência Energética). As condições de juros e formas de parcelamento são bastante atrativas, dado que o BNDES financia até 80% dos itens financiáveis e com uma taxa de juros de apenas 0,9% ao ano. Vale ressaltar o prazo máximo de execução do projeto que é de 72 meses, incluindo o prazo de 24 meses de carência.

Todavia é importante ver o outro lado da moeda. O governo está investindo significativamente no setor através de subsídios entregues diretamente aos investidores, que por sua vez optam por um acompanhamento técnico privado ou do governo como a Embrapa. É possível que governo financie projetos que se tornem patentes privadas, não beneficiando o restante do setor. Outro ponto crucial é a regulamentação da agricultura de energia. Com as facilidades em obter créditos para o setor, existe a possibilidade de um desequilíbrio entre a produção de alimentos e a agroenergia, e isso acontece porque o Brasil ainda não possui um marco regulatório para as fontes de energias renováveis e produção de biocombustíveis.

As linhas de crédito desenvolvem o setor de maneira considerável e são muito importantes para o país, mas é importante considerar as reações em cadeia que podem ocorrer mediante a facilitação de financiamentos, e por isso é necessária muita prudência, apesar de toda a viabilidade econômica deste setor para o Brasil.

Este artigo foi elaborado pelo acadêmico Patrick Cenci Pagliari do curso de Engenharia Bioenergética da Unoesc Campus Xanxerê, sob a orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer.

Economizando energia - Saving energy

O uso e consumo de energia pode causar danos ao meio ambiente de forma direta com a emissão de gases, afetar o equilíbrio geomorfologico, geração de resíduos, etc. quando a fonte energética é o petroleo e seus derivados e indireta alagamento de áreas, perdas de biodiversidade, afetar a rota migratória de aves e outros animais, destruir a beleza cênica de locais naturais, geração de resíduos, poluição visual, etc. quando a fonte é hidroelétrica, eólica, solar. Além de riscos ambientais que outras fontes energéticas nos proporcionam - Usina nuclear. Diminuir o consumo de energia ajuda a reduzir a necessidade de alteração ambiental e contribui para a diminuição de catastrofes climáticas mundiais. Estima-se que até 2050 mais de 1 milhão de pessoas morreram de causas ambientais. Assim, se desligarmos a função "stand by" dos aparelhos eletrodomésticos, diminuirmos o uso do ar condicionado, acendermos luzes somente quando houver real necessidade, poderemos diminuir em mais de 35% nosso consumo energético. O que é bom para o meio ambiente e principalmente bom para a nossa saúde financeira.

The use and consume of energy could cause many environmental damages, directly and indirectly speaking. As a direct harm are the emissions of greenhause gases, injurying the geomorphologic balance, generating waste and rubbish and so forth when the energy source is the petrol and its products. As an indirect problem we can find out the overflooded areas, loss of biodiversity, interference on birds and other animals migration route, destruction of landscape natural beauty, generation of rubbish, visual polution and so forth when the source of energy is hydroeletric, wind and solar unit power. Besides the environmental riscs other source of energy could provide, such as Nuclear Unit Power. Diminishing the consume of energy on our lifes helps the world energy need that cause environmental changes and also can contribute do take down many of world environmental disaters. It has being saying by researches and technicals that up to 2050 more than 1 million people will die from environmental causes and its disorders. So, by switching off the stand by function on our eletronics, using less airconditioner and switch lights on only when we really need them, we can save over 35% on our energy bills. That is good for our environment and better for our cash account.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Globalização Livre e devastadora 13/12/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

O mercado mundial tem adotado uma política econômica neoliberal que visa o livre comércio entre as nações. Os avanços tecnológicos determinaram o fim das fronteiras mercantis no Planeta. Facilmente podemos importar ou exportar produtos de qualquer parte e para qualquer parte do Globo. Esta é a era da Globalização.


Esta globalização ou ideologia neoliberal previa que ao longo do tempo a economia se estabilizaria se não houvesse interferência estatal, pois, o estado a desestabiliza à medida que controla os preços, criando incentivos fiscais, tarifas de importação e exportação e subsidiando sua produção.

Por outro lado a não intervenção do estado no setor econômico, daria as empresas poder total sobre o mercado, estas passariam a crescer cada vez mais e obteriam lucros maiores do que o PIB de alguns países; tal fato já ocorre há anos. Das 100 maiores potências financeiras mundiais 29 são empresas privadas; supõe-se que o crescimento ainda maior dessas “superpotências” pode desestabilizar o poder e reduzir a força da única atenuante atualmente oferecida aos menos favorecidos no regime capitalista, a proteção do estado.

Esta política econômica tende a favorecer empresas multinacionais a atuarem em países subdesenvolvidos, controlando mercados antes pertencentes ao respectivo país, tomando a força de produção e matéria-prima para gerar lucros a um país estrangeiro. Outro aspecto deste sistema “neocolonial” é a privatização de empresas estatais e serviços públicos; reduzindo a qualidade de vida, salários e segurança dos trabalhadores, tratando-os como descartáveis à medida que não se adaptam às suas novas políticas, e assim a ordem e a submissão são então mantidas. Apoiadas sobre altos níveis de pobreza e desemprego, que enfraquece os sindicatos e controlam os trabalhadores devido ao grande “estoque” de mão-de-obra disponível, a globalização e o desenvolvimento econômico mundial dos países desenvolvidos estão garantidos.

Os efeitos do neoliberalismo no setor florestal brasileiro, são percebidos através da grande quantidade de investimentos externos feitos ao longo dos anos, sem restrições, sem intervenção do estado, permitindo que forças externas ditem as regras do mercado, manipulem preços e oferta; esta política vem aos poucos esmagando o mercado nacional florestal, a madeira sofreu grande desvalorização, as exportações diminuíram com a crise internacional e as políticas cambiais, levando muitas empresas do setor a fechar suas portas.

É dever de o Estado garantir a sobrevivência de seu sistema industrial, o pleno emprego, a igualdade, a equidade, os direitos trabalhistas, o bem-estar social e o crescimento econômico sustentável do país, mas de que modo isso será feito? Se abrirmos as portas aos velhos oportunistas parasitas, que, abocanhando aqui e ali, aos poucos vão levando todos os nossos recursos naturais, que são limitados e preciosos, tornando-se cada vez mais ricos a medida que nos tornamos cada vez mais pobres.

Atualmente o setor florestal vem se fortalecendo com a entrada de recursos provenientes de Fundos Internacionais de Pensão que têm nas atividades florestais um retorno garantido acima das taxas de retorno de investimentos econômicos em seus países de origem. Contudo, é necessário muito cuidado, pois este desenvolvimento sem critério pode intensificar o atual estádio de degradação ambiental e empobrecimento nacional. Uma pena que neste Governo e no próximo as questões ambientais e sociais, sirvam apenas aos objetivos econômicos e não de fato, as necessidades da população.

Este artigo foi elaborado pelo acadêmico André Antunes Pires do curso de Engenharia Florestal da Unoesc Campus Xanxerê, sob a orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer

Estado Social e a preservação do Meio Ambiente 07/12/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

A segunda guerra mundial foi caracterizada por uma grande desordem econômica na maior parte da Europa ocidental. Situação que veio a ser agravada pela queda da Bolsa de Nova York, propagando-se a todos os setores da economia, atingindo a produção tanto de alimentos quanto de matéria-prima. O mais dramático é que, dentro da economia liberal, não havia solução que parecesse capaz de resolver este problema.


Mais tarde o pensador John Maynard Keynes foi formando idéias fundamentais para que o Estado Liberal fosse se transformando, intervindo progressivamente na economia, até que se convertesse em Estado Social. Essa intervenção foi gerando mecanismos institucionais destinados a proteção dos menos aquinhoados, protegendo-os no trabalho e na velhice, assegurando-lhes ainda a saúde.

É evidente que esta experiência de conversão ficou longe de ser concluída, no terceiro mundo, onde se situa grande parte dos países da Ásia, África, América Central e do Sul e há uma nítida contradição entre o quadro social real e os textos de leis e da constituição.

No mundo em desenvolvimento, é difícil encontrarmos o estado social corretamente aplicado. Muitas das lutas políticas e dos impasses institucionais na América Latina, inclusive Brasil, não passam de esforços e tentativas, quase sempre frustradas para tornar real o que as constituições de seus respectivos países asseguram formalmente ser direito dos cidadãos. Infelizmente, na verdade se tornaram privilégio de alguns setores sociais e não de toda a população, para que então se pudesse garantir maior equidade e desenvolvimento justo.

Os atuais países que lideram o ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) apresentam políticas e ações efetivas que realmente se enquadram aos conceitos do Estado Social; enquanto os países que ocupam as posições medianas e finais deste ranking, caracterizam-se pela forte concentração de renda e desigualdade social. Onde a maioria dos recursos se encontra nas mãos de poucos, geralmente os responsáveis pelo estabelecimento e determinação de políticas econômicas e sociais.

Também se pode levar este debate para o campo ambiental, já que a conservação ambiental, desenvolvimento sustentável, globalização, sustentabilidade, tornaram-se um assunto polêmico para a sociedade. Questiona-se de quem é a responsabilidade. Já que os recursos naturais restantes no Planeta estão localizados em países em desenvolvimento, com baixa ou nenhuma capacidade econômica para preservá-los e ainda promover seu desenvolvimento socioeconômico. E os recursos econômicos necessários a esta preservação encontram-se em países desenvolvidos, que já não possuem valores naturais à preservar.

No Brasil e em nossa região, a situação é a mesma. Os poucos recursos naturais que ainda existem, encontra-se em terras de pequenos proprietários rurais, carentes economicamente. Nas mãos dos grandes proprietários rurais encontra-se o poder econômico e político, contudo em suas propriedades rurais, já não se encontram recursos naturais.

A necessidade de se preservar a natureza, os recursos naturais e as florestas estão cada dia mais evidente, devido ao homem satisfazer suas diversas necessidades com a exploração e destruição da natureza.

Podemos perceber em nosso dia-a-dia os problemas causados pelo efeito estufa, e a perspectiva é que estes problemas piorem ainda mais, pois as florestas são mecanismos de controle de temperatura do planeta e estão sendo devastadas pela ganância do Homem.

Falarmos de estado social é falarmos de preservação do meio ambiente. Sem um meio ambiente saudável não teremos qualidade de vida, não teremos justiça na distribuição dos recursos econômicos e não garantiremos o bem-estar da população nacional e mundial.

Este artigo foi elaborado pela acadêmica Edina Kunsler do curso de Engenharia Florestal da Unoesc Campus Xanxerê, sob supervisão e revisão do Prof. Marcelo Langer.

Dica diaria para um ambiente mais saudavel - Daily tips for a healthy environment

Sabendo que um 1 litro de óleo de cozinha ou veicular contamina 1 milhão de litros de água, antes de lavar os pratos das refeições utilize o seu guardanapo de papel já utilizado para remover os restos de comida que ficaram no prato, quanto mais limpo seu prato ficar, mas limpo o meio ambiente estará. E voce ainda economizará água e dinheiro.




Knowing as a litre of a kitchen oil or even an motoroil can contaminate a million of litres of water, before to washing the meals dishes, clean all them up using an used napkin to remove all the food and oil rest remained on your dishes...better cleaned you can get it, better health and safe the environment wil be. Also it'll help you to save water and money.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2011 – CORRUPÇÃO, FALTA DE ÉTICA E EDUCAÇÃO CRITICA!

O Álcool é responsável pela grande maioria da violência ocorrida nas casas e lares mundiais. É responsável pela violência contra a dignidade moral das pessoas, principalmente contra as mulheres, que ainda se calam quando sofrem desta violência velada.

O Álcool não só gera agressão física, mas também a violência moral, que destrói a auto-estima de milhares de pessoas no mundo, e também promove o abuso corporal. O uso do álcool também estimula o consumo das drogas em crianças, adolescentes, jovens e adultos.

O consumo do álcool incentiva o sexo, principalmente o sexo sem instruções e proteções, além de favorecer a violência e agressão sexual e corporal. O álcool acentua os números de acidentes no transito, sentencia mortes e muitas vezes fixa vitimas a viverem em cadeiras de rodas ou a permanecerem na cama para o resto da vida.

O álcool leva a embriaguez dos sentidos, ao torpor, ao estado de letargia que leva a sociedade aceitar seus estados de miséria, injustiça, violência e serventia ao poder concentrado nas mãos de poucos.

É uma vergonha. Que no Brasil ainda vejamos na TV, em revistas e outros meios de comunicação, programas estimulando o consumo do álcool, e o pior é quando estas propagandas são promovidas por "PESSOAS" que deveriam e tem a obrigação moral e ética de desestimular e conscientizar a população ao NÃO USO DO ÁLCOOL.

Ver técnicos desportivos e atletas (referências nacionais) fazendo apologia ao uso do álcool, atrelando suas vitórias pessoais e profissionais ao álcool é uma grande vergonha nacional. Não importa que ao final deste comercial, seja veiculada a mensagem: O ministério da saúde adverte... Isso é engodo, falácia, falta de ética nacional, é promover a aceitação da corrupção e desigualdade social.

Queremos ser o país da Copa de 2014, da Olimpíada de 2016, mas como? Promovendo o consumo do álcool na TV e na mídia Nacional? Essa é a estratégia do Governo? Queremos resolver os problemas sociais brasileiros. Como?

Aceitando o reajuste salarial nacional menor do que 10%! E o reajuste salarial dos políticos superior a 60%, lembrando que estes têm auxílio à moradia, viagens, e os famosos "Jetons" - ( remuneração concedida aos políticos por sua participação/presença nas plenárias, não significa eficiência e nem produtividade, apenas presença). Por acaso temos adicionais aos salários dos trabalhadores, porque eles foram trabalhar? Que Brasil é esse?

Talvez isso tudo não esteja claro para todos nós!

Álcool, ética, moral, salários, políticos, desigualdade social, educação e ignorância!

Mas sei que o brasileiro não sabe lutar por seus direitos, não conhece seus direitos, aceita as imposições políticas - lembremos a greve e revolução que o povo Francês fez porque houve um aumento de 2 anos para o tempo de aposentadoria.

Porque nós brasileiros nos calamos diante das injustiças?

Para mim, é por que não sabemos pensar coletivamente! Sabemos somente agir individualmente. E no processo da individualização a corrupção se fortalece; toma forma; toma poder; corrompe, cria facções, exclui e destrói a dignidade humana.

Eu poderia falar de muitos outros problemas que são facilmente percebidos no nosso dia-a-dia, contudo daria para escrever um livro, mas não é o meu objetivo aqui.

Não sou contra o crescimento socioeconômico individual, como resultado de nossos esforços pessoais.

Mas sou contra as injustiças veladas, caladas e por nós aceitas, por que não sabemos agir coletivamente e sim, somente, individualmente.

Para 2011, não quero muito, apenas quero ver que o país onde minha filha esta vivendo e crescendo, seja mais justo, mais honesto, menos violento, menos corrupto. Que a infame e infeliz máxima estabelecida em 1970 por um atleta da seleção brasileira tricampeã mundial (Gerson) durante uma propaganda de cigarros: "Leve vantagem você também, certo!", seja por fim extinta neste país tão lindo e tão cheio de valores em todas as áreas do intelecto humano e meio ambiente.

Basta! Que em 2011 o nosso ano seja melhor que em 2010. E se tivermos mais ética e educação/formação critica verdadeira, isso para mim, já representará um avanço e então poderei sorrir na virada de 2012.

Corrupção, falta de ética e educação no Brasil

Campanha pelo fim da publicidade de alcool na TV brasileira. Principalmente a que vincula atletas e técnicos desportivos, pois é uma vergonha que neste país a falta de ética permite e aceita que atletas e técnicos de esportes promovam o alcool, que é totalmente contrário a filosofia do esporte.

A falta de ética neste caso é a mesma que permite que politicos elevem seus salários da forma feita. Pois esse ato politico só promove o aumento da diferença social brasileira.

Novo salário minimo tera aumento inferior a 10%, somente para cobrir a inflação. Salário dos politicos corruptos com aumentos maiores de 60%. Resultado achatamento social num pais que diz estar promovendo a justiça e equidade socioeconomica, promovendo a inclusao dos menos afortunados. Até quando aceitaremos esta mentira!


Somente esta condição será possivel de ser alterada e por fim exterminada do quadro da história brasileira, quando tivermos sistemas de formação verdadeiros e efetivos, enquanto a industria da ignorância operar no território nacional, garantido a posição e eleição dos politicos corruptos, infelizmente somente teremos pobreza, miséria, violência, marginalidade aos questões sociais e destruição do meio ambiente.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Estado Social e a preservação do Meio Ambiente 07/12/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

A segunda guerra mundial foi caracterizada por uma grande desordem econômica na maior parte da Europa ocidental. Situação que veio a ser agravada pela queda da Bolsa de Nova York, propagando-se a todos os setores da economia, atingindo a produção tanto de alimentos quanto de matéria-prima. O mais dramático é que, dentro da economia liberal, não havia solução que parecesse capaz de resolver este problema.


Mais tarde o pensador John Maynard Keynes foi formando idéias fundamentais para que o Estado Liberal fosse se transformando, intervindo progressivamente na economia, até que se convertesse em Estado Social. Essa intervenção foi gerando mecanismos institucionais destinados a proteção dos menos aquinhoados, protegendo-os no trabalho e na velhice, assegurando-lhes ainda a saúde.

É evidente que esta experiência de conversão ficou longe de ser concluída, no terceiro mundo, onde se situa grande parte dos países da Ásia, África, América Central e do Sul e há uma nítida contradição entre o quadro social real e os textos de leis e da constituição.

No mundo em desenvolvimento, é difícil encontrarmos o estado social corretamente aplicado. Muitas das lutas políticas e dos impasses institucionais na América Latina, inclusive Brasil, não passam de esforços e tentativas, quase sempre frustradas para tornar real o que as constituições de seus respectivos países asseguram formalmente ser direito dos cidadãos. Infelizmente, na verdade se tornaram privilégio de alguns setores sociais e não de toda a população, para que então se pudesse garantir maior equidade e desenvolvimento justo.

Os atuais países que lideram o ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) apresentam políticas e ações efetivas que realmente se enquadram aos conceitos do Estado Social; enquanto os países que ocupam as posições medianas e finais deste ranking, caracterizam-se pela forte concentração de renda e desigualdade social. Onde a maioria dos recursos se encontra nas mãos de poucos, geralmente os responsáveis pelo estabelecimento e determinação de políticas econômicas e sociais.

Também se pode levar este debate para o campo ambiental, já que a conservação ambiental, desenvolvimento sustentável, globalização, sustentabilidade, tornaram-se um assunto polêmico para a sociedade. Questiona-se de quem é a responsabilidade. Já que os recursos naturais restantes no Planeta estão localizados em países em desenvolvimento, com baixa ou nenhuma capacidade econômica para preservá-los e ainda promover seu desenvolvimento socioeconômico. E os recursos econômicos necessários a esta preservação encontram-se em países desenvolvidos, que já não possuem valores naturais à preservar.

No Brasil e em nossa região, a situação é a mesma. Os poucos recursos naturais que ainda existem, encontra-se em terras de pequenos proprietários rurais, carentes economicamente. Nas mãos dos grandes proprietários rurais encontra-se o poder econômico e político, contudo em suas propriedades rurais, já não se encontram recursos naturais.

A necessidade de se preservar a natureza, os recursos naturais e as florestas estão cada dia mais evidente, devido ao homem satisfazer suas diversas necessidades com a exploração e destruição da natureza.

Podemos perceber em nosso dia-a-dia os problemas causados pelo efeito estufa, e a perspectiva é que estes problemas piorem ainda mais, pois as florestas são mecanismos de controle de temperatura do planeta e estão sendo devastadas pela ganância do Homem.

Falarmos de estado social é falarmos de preservação do meio ambiente. Sem um meio ambiente saudável não teremos qualidade de vida, não teremos justiça na distribuição dos recursos econômicos e não garantiremos o bem-estar da população nacional e mundial.

Este artigo foi elaborado pela acadêmica Edina Kunsler do curso de Engenharia Florestal da Unoesc Campus Xanxerê, sob supervisão e revisão do Prof. Marcelo Langer.

LIBERALISMO e a destruição ambiental 29/11/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

Segundo Azevedo (2008) o liberalismo diz respeito ao ataque dos direitos fundamentais. A origem começa pelo renascimento que foi nos séculos XV e XVI, um retorno que o ser humano deu sobre si mesmo, mostrando para o mundo novas técnicas que expandiu o comércio e a liberdade da vida. Para que isso pudesse acontecer foi necessário um novo tecido político-jurídico, que garantisse uma época de livre ação ao individuo, onde se pode demonstrar toda sua potencialidade.


O liberalismo foi o inicio da liberdade de expressão do ser humano, para que pudessem começar a expor suas idéias e opiniões próprias, sem ninguém lhes ditando regras, com essa liberdade de expressão muita coisa mudou melhorando a vida do homem, tanto no seu trabalho como na sua vida pessoal.

Antes do liberalismo somente pessoas de alto poder acumulavam riquezas, com ajuda do trabalho infantil e com a carga horária de trabalho excessiva. O salário era de fome, mesmo sendo a jornada de trabalho de 15 a 16 horas diária, sem nenhuma higiene nas fabricas e sem ajuda alguma em acidentes de trabalho. Em função do reconhecimento destas realidades surgiram as primeiras normas assistenciais, geralmente isoladas, tendo como finalidade proteger esses menores de idade e diminuir a jornada de trabalho. Contudo, as fraturas sociais subjacentes a elaboração política e jurídica, foram, progressivamente, fazendo-se sentir, evidenciando-se pelas duas grandes guerras mundiais, com o intermédio da quebra de Bolsa de Nova York, em, 1929.

No dia 23 de janeiro de 1934, há exatos 75 anos, era instituído o primeiro Código Florestal Brasileiro. Há quase um século, o Brasil instituía as raízes do que hoje é tido como uma das mais modernas leis ambientais do mundo. Junto com um Código de Águas e um Código de Minas. Getulio Vargas assinou o Código Florestal, tornando não privadas todas às fontes de minério e de energia que se podia vislumbrar na época. Cabe lembrar que carvão e lenha eram à base da nossa matriz energética.

A mentalidade do Homem em relação à exploração florestal continuou por um longo periodo, eles somente queriam enriquecimento imediato sem nenhuma preocupação com o futuro do país e das nossas florestas. Em consequencia disso o Brasil foi importador de madeira até a 1º Guerra Mundial.

A nossa biodiversidade nesta época, não despertava interesse ao homem, pois estes não tinham nenhuma preocupação em preservar as nossas florestas, apenas queriam explorá-las com o objetivo de se beneficiarem. Na época e até mesmo hoje em dia a visão que se tem das florestas brasileiras, é que elas são muito heterogêneas e de valor comercial reduzido, diante da variedade de espécies, ainda que se reconhecesse seu valor ecológico indireto.

Desta maneira o liberalismo econômico e comercial ainda são os grandes responsáveis pela degradação ambiental e das florestas, e infelizmente ainda não compreendem a essencial e vital importância de assumir novos modelos de desenvolvimento sustentáveis. Então se por um lado temos a necessidade de garantir a liberdade humana, também temos a obrigação de garantir a preservação do meio ambiente.

Este artigo foi elaborado pela acadêmica Fernanda Baldissera do curso de Engenharia Florestal da Unoesc Campus Xanxerê, sob a orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer

domingo, 26 de dezembro de 2010

DIREITOS E DEVERES DE TODOS COM O MEIO AMBIENTE 21/11/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito de todos, e é um dos mais relevantes, visto que, as condições ambientais, estabelecem e determinam a qualidade de vida do ser humano.


A degradação ambiental vem crescendo, em parte devido à falta de comprometimento social e dos governos, em levar a sério esse direito ao meio ambiente equilibrado e a preservação da vida.

Será que as crianças, os jovens e os adultos estão devidamente informados das consequências em não se preservar o meio ambiente? De todo o mal que pode vir a acontecer se as fontes naturais deixarem de existir? Ou mesmo, se sofrer graves abalos?

A natureza responde diretamente sobre os nossos atos de exploração e destruição, com catástrofes ambientais sucessivas e de variados tipos, como as enchentes que devastaram tantas cidades em nosso estado, engoliram casas, morros e acabaram com vidas! Justo ali, em locais onde, há algum tempo atrás, houve vegetação abundante que garantia o suporte da terra, sem ameaças a vida humana.

Falta, então, conhecimento, esclarecimento; e, também, interesse em diminuir a degradação. Quando se fala em meio ambiente é comum que as pessoas acabem associando o tema a florestas e à vegetação e fauna. Será isso pouco relevante? Não parece.

No ambiente em que vivemos tudo está relacionado, ligado e, como há o direito fundamental ao meio ambiente, também deveria haver o dever fundamental de todos nós sermos os responsáveis por evitar a quebra deste ciclo.

A natureza só se manifesta em condições extremas, ou seja, as catástrofes só acontecem quando a destruição atinge níveis muito elevados. Então ainda há oportunidades para a ação consciente, comprometida e correta.

Falando de direitos e deveres, entramos na área política. O direito ao meio ambiente sustentável está previsto nas leis do nosso país; e as leis são feitas por representantes do povo, que deveriam respeitar e defender os nossos direitos ao meio ambiente. Infelizmente, os políticos têm falado muito a respeito do cuidado que se deve ter com o meio ambiente, mas efetivamente suas ações à preservação ainda não são suficientes.

Há vários programas governamentais e muito incentivo financeiro para a produção agrícola e pecuária. Entretanto as atividades agropecuárias são as principais causadoras da destruição ambiental! A agricultura requer grandes áreas de terra; áreas que deveriam ser de mata nativa, servido de refugio aos animais e a biodiversidade vegetal. E a pecuária pelo desmatamento, abertura de áreas e pelos dejetos altamente poluentes, como os de suínos, que por muito tempo foram lançados nas águas de rios ou despejados em áreas de mananciais sem fiscalização.

Há outros dilemas, porem. Veja-se a questão das áreas de reservas legal ou de preservação permanentes (as APP’s). O código florestal vem sendo debatido nos últimos anos, mas nenhuma mudança de fato ocorreu a esse respeito. Só propostas e tentativas.

Um apelo: os direitos do meio ambiente estão aí. Foram conquistados – duramente. Agora é preciso a mesma firmeza para com os deveres. Preservar o meio ambiente não é um dever, somente, das atuais gerações para consigo mesmo. Mas também é um dever desta geração para com as futuras gerações. E nenhum direito, até hoje, foi escrito para proteger interesses de pessoas futuras. Então, o direito ao meio ambiente nos ensina a compreender esta situação de forma mais clara e precisa.

Este artigo foi elaborado pela acadêmica Fernanda Binda do curso de Engenharia Florestal da Unoesc – Campus Xanxerê, sob a orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer

Conhecimento popular ou científico dos valores no Direito 14/11/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

O mundo técnico enfrenta o paradoxo limite entre a aplicação do conhecimento comprovado por métodos científicos e a continuidade da aplicação dos conhecimentos práticos, os chamados conhecimentos populares. Nas ciências naturais, podemos citar a agricultura familiar, a medicina natural e as culturas populares como alternativas tecnológicas.


Escolas e novas idéias tentam fortalecer que a atividade do cientista natural seja mais objetiva que a do cientista social, pois enquanto os movimentos sociais e econômicos buscam compreender o mundo, a ciência natural precisa reverter o atual quadro de destruição ambiental mundial.

E se tratando de pureza na maioria das vezes, vale a pena destacar que é uma atividade pouco trabalhada, devido a ser intangível; muitos tentam lutar para conseguir no mínimo um intermédio da situação, suprir seus objetivos e estabelecer novos modelos de sustentabilidade mundial.

Ao interpretar penalidades, o Direito ambiental deve ser imparcial, conhecer e aplicar as Leis, mas acima de tudo garantir que a sua execução trará benefícios a sociedade em sua máxima compreensão e não simplesmente a um individuo ou grupo de determinado interesse.

A decisão deve ser constituída no processo que se chama de “fair hearing” – audiência justa e independente, onde são assegurados os direitos de todas as partes envolvidas. Atualmente, empresas e governos passam a incorporar em suas decisões gerenciais e administrativas, os seus stakeholders (terceira parte – representantes da sociedade civil), que buscam definir desta maneira, ações muito mais integradas as suas responsabilidades sociais e ambientais. Desta maneira passam a garantir o atendimento as necessidades da comunidade e meio ambiente que melhor contribuam para o desenvolvimento do bem-estar humano e a preservação do Planeta, e não somente garantir a Lucro máximo de suas operações.

Nos dias de hoje, o método jurídico deveria ter se tornado “critico e ativo de tal sorte que, aquilo que, primitivamente, não era senão pouco mais que uma interpretação de fontes, se transformaria em interpretação do direito”.

A ciência jurídica hoje deve agir em conjunto com o esquema legal aos seus fundamentos, valorizando as necessidades sociais e suas diferenças. Desta forma as perspectivas se tornam complementares e interdependentes.

No setor florestal, o corte da mata sem permissão, acaba sendo pago pelos seus atos. O Juiz se não bem orientado, acaba aplicando uma leve pena ao derrubador; que deve ser paga, não o punindo corretamente como deveria ser. Este processo não exige a recuperação do dano ou a reposição florestal, a preservação dos recursos naturais e da biodiversidade, pois não segue e nem atende aos preceitos mínimos do Manejo Florestal Sustentável.

As ações dos juristas devem ser bem esclarecidas concebendo direito de resolução de conflitos, não se deixar levar por interesses próprios e de razões não bem esclarecidas; devem fazer parte das ações do direito positivo e no processo judicial. Saber dar conhecimento as vozes ativas e esclarecidas das partes envolvidas; garantindo o desenvolvimento econômico aliado a preservação ambiental, através da interação entre o conhecimento popular e o científico.

A degradação do meio ambiente não acontece pela falta de conhecimento popular ou científico, mas sim por uma necessidade em atender a demanda do mercado econômico mundial e a pressão de determinados grupos de interesses econômicos.

Este artigo foi elaborado pelo acadêmico Mauricio A. da Silva do curso de Engenharia Florestal da Unoesc – Campus Xanxerê, sob a orientação e revisão do Professor Marcelo Langer.

Crise do Direito sentencia os Recursos Florestais 12/11/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

A crise do Direito de uma forma geral é caracterizada pela Inflação Legislativa e Pela Confusão Jurista, o que ocasiona confusão e descrença em relação ao verdadeiro poder do direito. No Brasil o grande problema está ligado à grande valorização que se dá ao direito processual. “Quanto mais processo, no processo se discute, menos justiça se faz.”


No setor Florestal Brasileiro existe o direito ambiental, por exemplo, onde o objetivo é o uso correto dos recursos florestais, a preservação e conservação dos recursos naturais e essenciais a vida humana, no entanto, muito se fala e se discute, mas muito pouco se faz.

De acordo com o artigo 225 da Constituição Federal: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

O parágrafo 8º do artigo 16 do Código Florestal Brasileiro prevê a necessidade de averbação da Reserva Legal à margem da matricula do imóvel, no registro de imóvel competente. Os Decretos 6.514/2008 e 6.685/2008 dispõem sobre as infrações, sanções e penalidades da não averbação da RL. O artigo deste decreto entraria em vigor em 11/12/2009, porém o decreto 7.029/2009 alterou o decreto 6.514/2008, prorrogando a data para entrar em vigor o artigo 55 no dia 11/06/2011, e que provavelmente será prorrogada novamente.

Analisando este tipo de situação é possível enxergar que o nosso país passa sim por uma crise de direito, onde diversas leis são aprovadas, no entanto, apenas uma pequena quantidade delas é utilizada de forma efetiva.

É visível que por de trás do “Direito Ambiental” existam outros interesses, onde o objetivo não é a conservação do Meio Ambiente e todos seus aspectos, conforme a Constituição Federal prevê: para o bem da maioria, mas sim para o benefício de uma minoria que controla o nosso país.

Um exemplo disso são as mudanças propostas pelo Código Florestal Estadual de Santa Catarina; onde o objetivo maior do Código Florestal Brasileiro é esquecido, em prol do interesse econômico e político de alguns ou de grupos específicos, já que a redução das Áreas de Preservação Permanente de 30 para 5 metros está longe de ser uma indicação visando a proteção do meio ambiente e não possui fundamentação técnica ou científica.

Infelizmente a corrupção faz parte do dia-a-dia do nosso país, governo ou oposição, vivencia-se todos os dias exemplos da falta de caráter humano, onde políticos em troca de favores, como por exemplo, os absurdos propostos pelo Código Estadual de Santa Catarina, propõem mudanças legislativas que vem ao encontro da destruição da vida. Isso consiste em um jogo político para beneficiar uma pequena fração corrupta da população que dispõe do poder.

O mais intrigante é que os beneficiados com estas propostas de alterações não são os pequenos proprietários de terras, como os responsáveis pela elaboração deste Novo Código querem nos fazer crer. Os pequenos proprietários rurais possuem consciência ambiental e respeitam a natureza, seus limites e suas capacidades de uso e sustentabilidade.

Este artigo foi elaborado pela acadêmica Emanoeli Chinatto, do curso de Engenharia Florestal da Unoesc, Campus Xanxerê, sob a orientação e supervisão do professor Marcelo Langer.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Novos Paradigmas de um mundo sustentável 02/11/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

A sociedade e o homem estabelecem seus comportamentos e modos de vida de acordo com paradigmas. Mas o que é um paradigma? Como e porque ele se estabelece e vincula todos atos humanos a suas crenças e inverdades?


Um paradigma pretende sugerir que certos exemplos da prática atual estão ligados a modelos conceituais de mundo dos quais surgem certas tradições e valores. Em outras palavras, uma visão de realidade aceita por todos como verdade e que estabelece uma forma de compreender e interpretar intelectualmente o mundo segundo os princípios constantes do paradigma em vigor.

O conceito físico e teórico de um paradigma engloba fatores básicos da organização e resolução de uma doutrina ou ensinamento elaborado por um conjunto das ciências bases. Dessa forma a base de um paradigma não é ele por si só, mas sim ele por suas falsetas não devidamente esclarecidas.

A engrenagem que move um paradigma é a curiosidade e a ganância. Essa última, se fazendo presente não no sentido ínfimo, mas sim na definição de querer mais conhecimento. Fazendo uma breve analogia, o paradigma é uma grande maquina que precisa de várias engrenagens e combustíveis para trabalhar, sendo elas: conhecimento, dúvidas, perguntas, curiosidade e informação.

A sociedade desenvolveu-se baseada numa evolução de paradigmas, por exemplo, o paradigma de que o homem poderia infinitamente extrair da terra e do meio ambiente os recursos naturais necessários ao seu desenvolvimento econômico sem nenhuma preocupação. Passamos a acreditar que a existência do Homem deveria ser centralizada e assim, tudo deveria servir ao seu benefício. E hoje, a busca por recursos naturais escassos como água, terra e energia, que se torna a cada dia mais complexa, determina um paradigma errôneo de que a preservação destes recursos naturais é economicamente inviável e só deve ser considerada efetiva se gerar ganhos produtivos, comerciais e financeiros.

Como em toda a mudança, há resistências em várias áreas de trabalho. E isso é natural, pois modificar um referencial é ter de “mexer” em uma lata de lixo tampada e acomodada há um bom tempo. Mas, como paradigmas não são verdades únicas, absolutas e eternas, e sim um direcionamento, o caminho está livre e aberto para novos estudos, descobertas, conceitos e métodos. Para isso precisamos ter a coragem de arriscar.

Segundo os pressupostos do Novo Paradigma, o lado espiritual, pisicologico e ambiental estão mais presentes que antes, pois a partir da evolução humana o grande papel que estas ciências atuam, esta cada vez mais presente entre nós.

Buscamos um novo modelo de desenvolvimento de crescimento econômico baseados na preservação ambiental e uso correto dos seus recursos, de acordo com as Leis vigentes, o desenvolvimento sustentável, mas para isso é necessário a quebra de paradigmas antigos e suas falsetas dos velhos paradigmas econômicos que estabelecem a exploração total e irresponsável do meio ambiente, estabelecendo a compreensão inquestionável de que sem o uso equilibrado dos recursos naturais nao haverá produção e sem produção nao haverá sustentabilidade da vida humana no Planeta.

Este artigo foi elaborado pelo acadêmico Luis Felipe Dal Ponte do Curso de Engenharia Florestal da Unoesc – Campus Xanxerê, sob a orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer

Positivismo ou realismo ambiental 25/10/2010

Artigo publicado no jornal Folha Regional de Xanxerê, SC

O Positivismo de Augusto Comte recomenda e ressalva cientificamente a realidade. Afirma-se no conhecimento de uma verdade comprovada, considerando o método experimental como um caminho para o pensamento científico, ou seja, a verdade comprovada jamais é questionada.


Na época de Comte a sociedade estava sofrendo um forte abalo, devido aos traumas causados pelas mudanças estabelecidas pela Revolução Industrial. Comte, com seu pensamento positivista, desconsidera estes estados psicossociais. Ele acreditava ser possível ver a vida social de um modo científico, sendo possível criar um processo em que a humanidade evoluiria permanentemente.

A civilização sofreu súbitas mudanças durante esta revolução, acarretando o surgimento do conservadorismo e a filosofia de Comte, a qual se manifesta contra a revolução. Ele buscava uma nova ideia de ordem, na qual acreditava em uma “higiene cerebral”, (acreditando não ser possível haver novas leituras após os trinta anos).

Comte ainda “classifica a ciência em escala enciclopédica”, na qual indica a cada cientista a sua função específica, definindo limite entre as disciplinas e desassociando o problema social do problema político. Comte era altamente extremista e revolucionário, não se importando com o impacto que causaria na sociedade através de uma mudança brusca em relação ao pensamento comum. Além disso, teria de ser adotado um novo modo de governo para atender às ideias impostas pelo positivismo.

Comte também propõe a reforma moral como o principal meio de acabar com o problema social, devendo haver uma separação entre os cientistas “os que sabem” e os ignorantes “que nada sabem”, assim surge a divisão imposta pela sociedade positivista, ao invés de igualdade e oportunidades, esse conjunto, portanto, faz nascer uma sociedade de “doutos“ e ”fiéis”.

Positivistas ou realistas, a verdade é que desde a Revolução Industrial estamos acompanhando a destruição total do meio ambiente, ditada pela veemência e ordem do poder econômico, que em sua maioria é representada pelo poder político e não observada e seguida pela orientação técnica dos cientistas.

Os recursos naturais estão se esgotando completamente. Já não podemos ser positivistas em relação a isso, devemos agir imediatamente através da mudança de nossos valores e adoção de uma ética e moral baseadas no respeito ao meio ambiente e não de acordo com o interesse de grupos econômicos e políticos “donos da verdade” baseados em seus interesses econômicos exclusivamente.

A sustentabilidade econômica mundial depende da preservação dos recursos ambientais – inclusive as florestas – não há como sustentá-la e promover o desenvolvimento sem estes recursos. Portanto é preciso adotar um novo sistema de governo, menos antropocentrista (o homem no seu centro) e mais equilibrada pela integração da conservação do meio ambiente, com a sociedade e seu desenvolvimento econômico. Contudo, isso somente será possível através da educação, pois assim teremos uma população com maior capacidade de julgar e eleger os seus representantes políticos.

Este artigo foi elaborado pelo acadêmico de Engenharia Florestal da Unoesc Campus Xanxerê, Ronaldo Nogueira Guimarães Filho, sob a supervisão e orientação do Prof. Marcelo Langer.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A ciência e o Meio Ambiente 17/10/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

Quando o homem iniciou a questionar as respostas e a buscar explicações mais plausíveis, por meio da razão, excluindo suas emoções e suas crenças religiosas, passou também a obter respostas mais realistas que as demonstradas anteriormente. A maioria das vezes, estas idéias ou respostas, se aproximavam mais da realidade das pessoas, comparando as idéias antigas, e por isto, talvez, passaram a ser bem aceitas pela sociedade. Podemos dizer que essa nova forma de pensar do homem criou a possibilidade do surgimento da idéia de ciência e que sua tentativa de explicar os fenômenos, por meio da razão, foi o primeiro passo para se fazer ciência.


A ciência é uma especialização, um refinamento de potenciais comuns a todos. Isto pode ser bom, mas pode ser muito perigoso, pois quanto maior a visão em profundidade, menor a visão em extensão. A tendência da especialização é conhecer cada vez mais o que está em estudo. A aprendizagem da ciência é um processo de desenvolvimento progressivo do senso comum. Só podemos ensinar e aprender partindo do senso comum de que o aprendiz dispõe.

A ciência sempre buscou resolver os problemas criados pelo homem, contribuindo para a recuperação dos recursos naturais e a todos os acontecimentos destrutivos ocasionados pelas ações antrópicas. Desde os tempos remotos, a ciência vem favorecendo a humanidade, ajudando-a em sua evolução, e juntamente com a tecnologia, amenizando e facilitando a vivência humana, ou, infelizmente através de sua má aplicação, prejudicando-a.

A ciência contribui com o setor florestal, desenvolvendo conhecimentos e melhorando sua produtividade, por exemplo, a cultura de eucalipto necessitava de aproximadamente 30 anos para o seu corte. Hoje o ciclo de vida desta espécie florestal já diminuiu bastante, sendo que algumas empresas estão obtendo produtividade e maximização de Lucros aos 6 e/ou 7 anos. Isso tudo devido ao estudo, desenvolvimento tecnológico aplicado à cultura florestal e aplicação deste conhecimento ao mercado. Além de poder criar, meios mais adequados para a exploração e manutenção dos meios florestais.

Em termos de preservação ambiental, a ciência ajudou a formulação de novos métodos de controle da destruição; amenizando de diversas formas, como com equipamentos capazes de reter a poluição emitida pelas fábricas, através de filtros e exaustores específicos, e pela procura constante de meios capazes de diminuir a destruição já causada pelo homem e que ainda virá a manifestar-se.

A ciência é responsável pela evolução dos benefícios ambientais, mas também pelo agravamento dos seus problemas, explorando mais intensamente os seus recursos naturais e determinando níveis de insustentabilidade, devido ao aumentou da população e consequentemente da poluição por ela gerada.

Quando se fala que a ciência pode resolver todos os problemas causados pelos homens, no caso florestal, pode-se considerar essa afirmação equivocada, pois nem toda a degradação pode ser recuperada, e consequentemente precisa ser substituído pelo pensamento da preservação das reservas naturais ainda existentes. Somente a ciência será capaz de amenizar os problemas causados pelo homem, mas não resolvê-los por completo.

Neste sentido busca-se então, a mudança dos valores e sentidos humanos, demonstrando que, através do que vem ocorrendo, a realidade do nosso planeta esta mudando, e somente com a preservação ambiental aliada à ciência pode-se pensar que os problemas poderão ser resolvidos.

Este artigo foi elaborado pelo acadêmico Ricardo Kaminski do curso de Engenharia Florestal da Unoesc Campus Xanxerê, sob orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer.

CRISE DA ÉTICA DESTROI O MEIO AMBIENTE 11/10/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

A ética é uma ciência que tem como objetivo imediato o desenvolvimento do juízo de apreciação que se aplica, principalmente, na distinção entre o bem e o mal. Enquanto que a moral é o conjunto de prescrições admitidas em uma época, em uma sociedade determinada; o esforço para se conformar a estas prescrições é o estimulo a segui-las.


A ética é atemporal enquanto a moral varia de período a período conforme a evolução da sociedade e seus valores presentes. Também a ética pode ser determinada a uma sociedade, ou de modo absoluto, a toda a humanidade.

A ética e a moral iniciaram com Sócrates, que forçava os atenienses a indagar qual a origem de suas virtudes, valores e obrigações, que julgavam a seguir os costumes de Atenas. Os pensamentos característicos de Sócrates generalizam o problema ético, tendo um principio que permite que o que é bom para alguém deve ser igualmente para outrem, nas mesmas circunstâncias.

Aristóteles, porém deu inicio a distinção entre o saber teórico e o saber prático, definindo o conceito de ética, como: a esfera da realidade na qual cabem a deliberação e a decisão ou escolha, tudo se dando através da necessidade e vontade de nossa ação.

A sociedade não distingue a moral da ética. O julgamento ético da nossa civilização não resiste a críticas, pois quando se pergunta a uma sociedade quais são seus valores, que democracia apresenta e onde estão os corruptos? Ela não tem capacidade e estrutura para responder a estas perguntas. Isto ocorre devido a uma desorientação ética onde se falta racionalidade à sociedade para ver os valores da humanidade e da solidariedade.

A ética ambiental estuda o juízo dos valores da conduta e comportamento humano em relação ao meio ambiente, tendo como base o sentido de pertencimento do Homem à natureza. Não se trata de um compromisso imposto pela Lei, mas de um compromisso pessoal ditado pelo ético e também pela moral.

A relação do homem com a natureza deve ser consciente de que ele é parte viva da terra, e por isso deve apresentar um comportamento ético e moral para com os recursos naturais. Isto se aplica desde a ação individual, comunitária, empresarial e industrial, criando novos paradigmas para a conservação ambiental e mudando o atual estágio de degradação da natureza, pois a falta de ética é considerada a causa de todos os problemas ambientais existentes.

O Homem precisa compreender que a natureza não esta para servi-lo, mas para que ele possa sobreviver e desenvolver-se em harmonia aos demais seres. Cidadãos que nada entendem de previsão de impactos, não têm qualquer ética com a natureza. Não buscam modelos técnico-científicos adequados para a conservação da biodiversidade, seja na Amazônia ou mesmo em nossa região. Pessoas para as quais, exigir, a adoção de atividades agrárias “ecologicamente sustentáveis” é apenas uma mania de cientistas irrealistas e, portanto impraticável. Infelizmente, este é o pensamento máximo da grande maioria dos elaboradores de políticas públicas brasileiras.

Este artigo foi elaborado pelo acadêmico do curso de Engenharia Florestal da UNOESC – Campus Xanxerê André Luiz Baptistel, sob orientação e supervisão do Prof. Marcelo Langer.

A CRISE POLÍTICA E A DESTRUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE 03/10/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

A crise política é evidente. Os partidos políticos deixam a desejar no que se refere a representatividade, especializam-se no exercício de um duplo discurso, crítico em relação ao establishment, contudo somente até chegar ao poder, tornando-se acomodatício ao atingir o objetivo de eleição.


Mesmo após este momento de reeleição nacional e possibilidades para exercer a cidadania plena, a crise política nunca esteve tão visível a todos. A vida é composta por cadeias cíclicas, nas quais existem etapas de que todos participam: o nascimento, o desenvolvimento e a morte. Seja a crise política, social, econômica, ética, cultural, da ciência, e principalmente hoje a do meio ambiente – ela sempre segue o mesmo princípio: a falta de uma política civilizada, onde o poder é superior à moral e à ética.

A desconformidade entre o dito e o feito atingiu proporções realmente alarmantes. A política é vista como algo negativo, da qual se quer distância, porque cada vez mais se encontra governantes querendo enriquecer do dinheiro público, desviando verbas da educação, do saneamento básico e inescrupulosamente aprovando projetos de total destruição de florestas, recursos naturais e valores ambientais, em prol de seus objetivos e de um grupo de interesses.

Política é um fato sério, e isto inclui a preservação, conservação e uso correto dos recursos florestais e ambientais. Mas, para isso precisamos de educação e formação humana socioambiental, baseada no princípio do direiro e respeito a vida humana e ao meio ambiente. E não no principio único do benefício econômico.

A economia é biunívoca, relaciona-se com a filosofia, ética, história, religião, tecnologia, meio ambiente, etc. Fazendo assim, surgir a economia florestal que estabelece benefícios diretos e indiretos, ou seja, madeireiros e não-madeireiros.

É preciso conservar o meio ambiente, estabelecer políticas e programas de desenvolvimento, mudanças climáticas e uso correto de seus recursos naturais florestais.

Além da importância produtiva e econômica indiscutível, as florestas têm um importante papel na conservação dos recursos hídricos, proteção da fauna, produção de oxigênio, reciclagem de gás carbônico e manutenção da biodiversidade.

A falta de incentivos políticos é também sentida no setor florestal, veja a crise florestal que se estabelece na discussão do Código Florestal. Somente com políticas corretas, teremos no futuro conservação, aliada à preservação e desenvolvimento sustentável, para o município, estado e país.

Isto se inicia com governantes sérios, competentes que pensam no futuro de seu país, e que desejam ver o mesmo se desenvolver, crescer e expandir-se de forma viável economicamente, socialmente justa e ambientalmente correta.

Diminuindo as crises políticas existenciais e que determinam a degradação dos valores ambientais e florestais, haverá possibilidade de sustentar a vida no Planeta e garantir a produção e o desenvolvimento econômico pleno da Nação.

Este artigo foi elaborado pelo acadêmico do Curso de Engenharia Florestal da Unoesc, Campus Xanxerê, Ricardo Cunha Canci, sob a supervisão do Prof. Marcelo Langer.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Consumindo água suja – Bruno Gabriel Thomazoni

Tu acreditas mesmo que a água que sai da tua torneira pode ser consumida? Do poço artesiano do interior, da estação de tratamento do município, ou – pior – diretamente do rio mais próximo, seja qual for, o fato é que é impossível consumir água completamente “pura”, pois sendo um ótimo solvente jamais será encontrada em absoluta pureza na natureza. Muito menos nas nossas torneiras.


A água consumida diretamente dos poços artesianos, mais comuns no interior, sofre eutrofização (excesso de nutrientes na água) graças principalmente, às ações dos contaminantes orgânicos (adubos e atividades domésticas). Além disso, algumas nascentes e minas estão localizadas próximas a fossas ou ao acesso de animais e outras fontes de contaminação e poluição. Já nas cidades as principais causas de contaminação são os poluentes químicos (resíduos tóxicos e metais pesados) e a falta de limpeza das caixas d’água.

Apesar do intenso processo de “limpeza e tratamento’’ – entre eles: coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção, cloração – a água distribuída por nossas empresas de Gestão dos Recursos Hídricos não é de qualidade assegurada. Em alguns municípios da região amostras de água foram coletadas para estudo da qualidade da água no 1º semestre de 2008, e 30% não atenderam as exigências da Port. 518/04 do Ministério da Saúde, ou seja, não apresentam características satisfatórias para consumo humano. Índice altamente preocupante. Considerando que há presença de Coliformes totais e de Escherichia coli, que é responsável, entre outros, pela toxinfecção alimentar, infecção urinária e meningite. A situação é considerada alarmante levando em conta dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que apontam à má qualidade da água e higiene responsável por cerca de 3,5 milhões de mortes por ano!

Investir em novas tecnologias para “purificar” a água, juntamente com a manutenção das estações de tratamento, educação ambiental e fiscalização rigorosa, são algumas das soluções cabíveis para governo e sociedade, que juntos devem tentar corrigir esse velho hábito de poluir nosso líquido mais precioso e assim manter a qualidade da vida.

Artigo desenvolvido pelo acadêmico Bruno Thomazoni do curso de Engenharia Ambiental da Unisep, sob orientação e revisão do Prof Marcelo Langer

Óleos de Cozinhas – danos ambientais invisíveis 04/07/2010

Artigo publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

As mais antigas civilizações já utilizavam do processo de aquecimento ou prensa para a obtenção de óleos para consumo na utilização de preparação de alimentos. Hoje o seu consumo não é diferente. Somente com o passar do tempo começou a utilização de sementes para esta extração, tendo um óleo de maior qualidade na mesa do consumidor. A maioria destes óleos são formados de Ácidos graxos poliinsaturados, monoinsaturados e saturados, estes dos quais são insolúveis principalmente em contato com a água.


Na maioria da população mundial a utilização destes produtos é familiar à qualquer individuo, entretanto com o grande uso e acumulo deste produto surge um grande problema com a sua destinação final.

Após a sua utilização, por não ser mais possível o seu reaproveitamento, a maioria da população, acaba contribuindo para a degradação ambiental, despejando-o no ralo da pia ou no quintal da casa. Com esse processo, alem do ser humano causar o entupimento do sistema de esgoto, principalmente o encanamento, este óleo acaba em contato com o solo e com os mananciais hídricos, onde o óleo cria sobre a superfície da água uma camada que impede a penetração solar, causando principalmente a morte da fauna aquática e desoxigenação da água; já no solo cria uma impermeabilização do mesmo, criando um fator propicio para o maior escoamento superficial e o aumento de enchentes por perder a capacidade de infiltração do solo, causando também um grande desequilíbrio ao meio ambiente. O que pode ser feito para que isso não aconteça?

Para que este fator de impacto possa ser reduzido existem atitudes simples que podem ser adotadas nas residências e vidas de cada individuo: o óleo pode ser reutilizado em outros processos na própria residência, como por exemplo, a fabricação de sabão onde ele passa por um processo simples de fácil aplicação, de tal modo que após este processo diminui seu potencial poluidor.

Outras atitudes também podem ser aqui mencionadas, como: uso de papeis para a retirada do óleo excedente antes da lavagem dos pratos, panelas e utensílios domésticos; ou também coletar e armazenar estes óleos utilizados em recipientes apropriados, para então, depois ser transportados até Eco Pontos, que servem ao recolhimento destes resíduos para adequada destinação final, posteriormente.

Assim, com medidas simples, pode-se evitar a contaminação ambiental e a sua degradação, permitindo uma melhoria da qualidade de vida das presentes e futuras gerações de Vida.

Este artigo foi elaborado pelo acadêmico de engenharia ambiental da Unisep Wagnner Bernardi, sob orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ÁGUA: CONSUMO CONSCIENTE 21/06/2010

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

O futuro de boa parte da humanidade pode ser comprometido pela falta do mais básico dos bens, a água. Apesar de 2/3 do nosso planeta ser constituído por água, a quantidade de água potável apta ao consumo humano esta ficando cada vez mais escassa, somente uma pequena parcela dessa quantia pode ser aproveitada para o consumo. Se isso não bastasse, o desperdício de água tratada é ainda algo frequente e, portanto, evitar o desperdício é algo fundamental.


De forma geral é grande o desperdício de água, um exemplo é a forma que a água é utilizada na lavagem da louça em nossos domicílios, geralmente de forma corrente sem controle, nem preocupação com a economia.

Não devemos ser o único a fazer tudo, compromisso é uma via de mão dupla, se cada um fizer sua parte com pequenas ações o desperdício tende a zero e a lucratividade com a economia da água se tornara visível.

Podemos citar como exemplos de ações que podem reduzir o desperdício: antes de lavar a louça limpe-a e as deixe de molho, feche a torneira enquanto ensaboa a louça, se usar máquina de lavar louça só a ligue quando estiver cheia; dê preferência à utilização de sabão e detergentes biodegradáveis, que poluem menos por se decomporem mais facilmente; não jogue óleo de frituras na pia, um litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água o suficiente para uma pessoa usar durante 14 anos. Isso acontece porque o óleo impede a troca de oxigênio e destrói todos os seres vivos como plantas, peixes e microorganismos.

Outra forma de economizar água e desta maneira os recursos naturais, é manter a torneira aberta somente enquanto enxágua a louça, isso pode trazer uma economia de até 160 litros a cada lavagem, considerando uma família de 4 pessoas.

Com o aumento da população mundial, o consumo da água cresceu de forma insustentável, alem do que, as atividades produtivas humanas, estão poluindo e inviabilizando o uso das águas subterrâneas, superficiais e dos aquíferos.

Pensando de modo geral, o consumo humano deste recurso não deveria ultrapassar a capacidade de carga do ambiente, neste caso a capacidade de purificação e filtração natural que o próprio fornece.

Deveríamos levar em conta a capacidade de carga, geração e depuração, de um ecossistema, para que então pudéssemos manter nossos níveis de consumo e descarte dentro dos fatores produtivos sustentáveis.

A ONU redigiu um documento em 22 de março de 1992 - intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água" neste mesmo documento o artigo 3º declara que – “Os recursos naturais de transformação da água, em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia”.

Agindo assim com racionalidade, precaução e uso consciente da água sem geral desperdício, além de colaborar com o meio ambiente, estaremos permitindo que ele nos trate da forma que o trata, porque ninguém pode voltar e criar um novo início, mas todo mundo pode começar hoje e criar um novo final.

Este artigo foi elabora pelo acadêmico Carlos Henrique Marconi do curso de Engenharia Ambiental, sob a supervisão e revisão do Professor Marcelo Langer da Unisep.

Qual a função de uma árvore nas nossas cidades? 14/06/2010

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

Podemos encontrar árvores em diversas condições. Nas áreas verdes como Parques, Praças, Fundo de Quintais, Jardins, às Margens dos Rios e/ou em nossas vias públicas (ruas e avenidas). A função das árvores é tão importante, que em cidades como Curitiba (reconhecida por seu respeito ao meio ambiente e qualidade de vida), somente técnicos com treinamentos e cursos de especialização podem tocar-las.
Em todas estas condições, o valor das árvores é estabelecido por suas diversas funções ao Meio Ambiente, dizemos então que as árvores, quando bem manejadas, contribuem de forma incondicional a qualidade de nossas vidas, trazendo benefícios tanto para o Ser Humano, quanto para os Animais e outras Plantas e Formações vegetais.
As árvores em nossas cidades, sejam os espaços urbanos como os rurais, garantem a melhor qualidade do ar que respiramos, temperaturas mais equilibradas, ambientes mais agradáveis, local para as aves nidificar, abrigo para inimigos naturais de pragas que atacam as lavouras, maior quantidade de água no solo, águas mais limpas, além de evitar a erosão, enchentes, e outras catástrofes urbanas e rurais.
O desenvolvimento acelerado proporciona às cidades, traz grandes prejuízos à qualidade de vida dos seus moradores. A biodiversidade nos centros urbanos limita-se aos parques, que de maneira geral são mal cuidados e insuficientes. Mesmo as árvores decorativas e de sombra são engolidas pela cidade ou são submetidas há podas anuais excessivas, feitas sem qualquer critério e sem conhecimento técnico, pois levam a perda das suas funções até a morte das mesmas.
Em princípio árvore alguma necessita de poda, pois quanto mais livremente uma árvore consegue desenvolver-se, mais bela e sã ela será. Quem já não transitou em ruas, onde as árvores crescem livremente e suas copas tocam-se formando um verdadeiro túnel verde? Quem já o fez, lembra-se da sensação agradável que foi estar ali, ainda que por poucos minutos. Porém, o que vemos pelas ruas do nosso município e região são árvores secas que dificilmente conseguem se regenerar dessa poda extrema.
A cultura da poda anual está inserida em nosso meio, é prática comum das nossas prefeituras. Todos os anos, colaboradores públicos sem qualquer orientação técnica efetiva (onde eles aprendam mais do que serrar os galhos), são empregados para o exercício da poda extrema. Essa poda que deveria ser de manutenção e formação da copa para melhor composição com o ambiente, acaba sendo extrema e causando diversos impactos ambientais à sociedade.
Por exemplo, uma das funções das árvores é a purificação do ar, que acontece pela extração dos agentes poluentes, tais como CO2 (dióxido de carbono) do ar, e uma vez que os galhos com as suas folhas são extraídos radicalmente das árvores, estas perdem sua capacidade de realizar esta atividade, uma vez que são as folhas, as grandes responsáveis pela fotossíntese e a remoção destes gases poluentes da atmosfera.
Ao se retirar os galhos, a árvore precisa se recuperar, contudo é comum após as podas extremas observarmos a geração de brotos e pequenos galhos na base da árvore, esta é a sua tentativa de recuperar-se o mais rápido possível e ter forças para cicatrizar as feridas deixadas pela poda.
Isto acontece porque os brotos que são lançados após a poda, servem para restabelecer o equilíbrio energético das árvores e assim garantir a continuidade da vida da árvore, já que na poda a ferida deixada pelo corte é muito mais danosa para a árvore, pois permite a entrada de bactérias e fungos que acabam destruindo a árvore por dentro.
É justificável a poda nos casos onde há a necessidade de defender os fios elétricos a fim de evitar curtos-circuitos ou quando essas estiveram atrapalhando o trânsito ou a sinalização. Nesses casos, a poda deve ser acompanhada por profissional qualificado que orientará o corte de maneira adequada.
Como já foi descrito, o problema da poda inadequada, assim como outras práticas em desacordo com o meio ambiente, é questão de cultura, só pode ser sanado com a mudança de consciência da sociedade e depende de cada um essa mudança. Contudo, a falta de informação também é substancial e nesse aspecto cabe a todos nós repassar as boas práticas ambientais para o bem da coletividade e sobrevivência do nosso planeta.
Nossa cidade possui os cursos de Engenharia Florestal e a Engenharia Ambiental, então deveríamos ser exemplos de bom manejo ambiental, com praticas corretas no uso dos espaços públicos e privados. Mas infelizmente ainda estamos longe desta realidade. A integração entre Órgão Publico, Universidade e Empresas, já se iniciou, mas ainda temos muito a trabalhar.
Este artigo foi elaborado pelo acadêmico de Engenharia Ambiental da Unisep, Marcos José Chaves, sob a orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer

AS EMISSÕES DE GEE ORIUNDAS DAS QUEIMADAS E DESMATAMENTOS NO BRASIL 10/05/2010

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

Os problemas ambientais no território brasileiro, relacionados à degradação da diversidade ecológica ocorrem desde a época da colonização se estendendo até os dias atuais.
Atualmente, os principais problemas estão relacionados com as práticas agropecuárias predatórias, o extrativismo vegetal e a má gestão dos resíduos urbanos.
O índice de desmatamento em nosso território é tão alarmante que chega a pontuar proporcionalmente o Brasil como o segundo país, atrás apenas da China, com maiores áreas devastadas em todo o mundo. (http://blogdofuturo.com/meio-ambiente/desmatamento-no-brasil/)
Destacando–se também as queimadas, sejam elas oriundas de floresta nas áreas que estão sendo desmatadas para agricultura e pecuária, incêndios florestais, bem como das queimada de capoeiras, pastagens, e diferentes tipos de savanas no preparo do terreno para a agricultura e pastagem.
As queimadas que acompanham ou não os desmatamentos, determinam as quantidades de emitidas de Gases de Efeito Estufa (GEE), não somente da parte da biomassa que queima, mas também da parte que não queima. Quando há uma queimada, além da liberação de gás carbônico (CO2), são liberados também gases-traço como metano (CH4), monóxido de carbono (CO), óxido nitroso (N2O) e outros gases oriundos dos minerais presentes no solo e na cobertura vegetal.
A parte da biomassa que não queima na queimada inicial, que é quente, com chamas, também será oxidada. Parte disto ocorre por processos de decomposição (com alguma emissão de CH4 pela madeira consumida por cupins) e parte pelas requeimadas (queimadas das pastagens e capoeiras, que também consomem os remanescentes da floresta original ainda presentes nas áreas), queimadas estas de temperatura reduzida, com formação de brasas e maiores emissões de gases-traço. (FEARNSIDE, 2002)
As quantidades de gases de efeito estufa (GEE) liberadas pelo desmatamento e queimadas são significantes tanto em termos do impacto presente quanto do potencial contribuindo para o agravamento do efeito estufa, uma vez que estes gases se acumulam na atmosfera bloqueando a passagem dos raios solares que são refletidos pela terra, aumentando assim a pressão e temperatura no planeta.
No Brasil as queimadas, representam grande parcela das emissões dos GEE do país, sendo o Brasil o país que registra a maior quantidade de focos de queimadas dentre os país monitorados pelo INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, conforme destacado no gráfico 1.
Portanto é muito importante que as praticas de queimadas para limpeza após o desmatamento (que também deveria ser evitado), e queimadas empregadas para o preparo do terreno para receber culturas agrícolas ou promover o revigoramento da pastagem, devem ser eliminados, pois alem dos danos à atmosfera, também causam perdas à produtividade do solo.
Integrando técnicas de preservação dos recursos naturais às técnicas de produção sustentável de baixo impacto, podem terminar ganhos na produtividade agrícola e econômica da propriedade rural, principalmente na nossa região Sudoeste do Paraná.
Este artigo foi elaborado pela acadêmica Wanessa Suelen Pelosso do 9º Período de Engenharia Ambiental da Unisep, sob orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Águas urbanas contaminadas 02/05/2010

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

É sabido que a água é o nosso recurso mais precioso, nós humanos não conseguimos sustentar nenhuma atividade produtiva e nem mesmos nossas vidas sem este recurso.Contudo, ainda não nos damos conta da dificuldade para termos acesso a este recurso de forma potável ou para garantir a realizar de nossas atividades diárias.
Governos, entidades publicas, privadas e outras formas de organização civil estão cada vez mais preocupas, conscientes da necessidade e urgência em estabelecer e desenvolver novos programas de gestão a este recurso.
O problema não é a quantidade de água, mas sim sua qualidade. Este ponto é muito importante, pois senão cometemos o equivoco de pensar como não temos água, se nas ultimas semanas tivemos chuvas torrenciais e nossa região esta cercada por grande quantidade de rios, inclusive afluentes do Rio Iguaçu.
O fato é esse, nossas águas fluviais, mananciais e reservas hídricas, estão sendo contaminadas por nossas atividades produtivas, tais como: lavagem de máquinas (veículos, motores, peça mecânicas, etc), uso de agrotóxicos, inseticidas, pesticidas, óleos comestíveis, esgoto domestico, industrial e comercial, lançamento indiscriminado de resíduos sólidos, resíduos de construção civil, utensílios domésticos, e uma gama de outras atividades e resíduos que não caberia aqui a sua citação.
Além destes fatores que desqualificam e poluem nossas águas, podemos citar também, o desmatamento tanto em áreas rurais quanto em áreas rurais.
A estes atos humanos necessitamos de novas políticas publicas para controlar, diminuir e ainda reverter o atual estagio de degradação, perda da biodiversidade e danos a vida humana. Contudo, urgentemente necessitamos de novos sistemas educacionais e de formação humana, pois NÓS seres pensantes continuamos a destruir nossas próprias vidas.
Somos nós que não fechamos nossas torneiras; somos nós que nos damos ao direito de lavar calçadas (quase que diariamente) com milhares de litros de água tratada e pura; somos nós que não consertamos vazamentos em nossas redes hídricas e somos nós que principalmente, desprezamos, desconsideramos e rejeitamos qualquer pedido de ajuda e participação dos governos para melhorar nosso Meio Ambiente.
Não basta o Governo tomar decisões, desenvolver programas para solucionar os problemas ambientais e sociais. Nós é que temos que mudar, somos nós que devemos mudar nossos hábitos e atitudes, somos nós que devemos policiar e fiscalizar nossos próprios atos. Esse é o primeiro passo, mudar nossas ações. Simples mudanças como apagar as luzes, reduzir o consumo de água, evitar o uso de água limpa e tratada para limpeza de áreas comuns, como por exemplo, calçadas, podem fazer toda a diferença para a sustentabilidade de nossas vidas e planeta.
Vejamos este exemplo: quase que diariamente, lançamos ao esgoto a água do tanque, das maquinas de lavar roupa e outras águas utilizadas por nossas atividades, quando poderíamos muito bem utilizar estas águas para lavar as calçadas. O que precisamos para fazer isso: criarmos o desejo de mudar. Como os cientistas dizem, e nos orgulhamos tanto: somos os únicos animais racionais! Será mesmo?
Sabemos que os animais caçam e matam, somente para o seu sustento. E quanto a nós? O que fazemos?
Com a chegada do inverno, teoricamente aproxima-se também o período de estiagem, que poderá vir a afetar nossas vidas de forma muito intensa. Em muitas cidades já se cobra valores maiores para consumo de água acima da média e ou premiam as residências que reduzem seus consumos. Outra ação que deve ser urgentemente adotada é a coleta e uso da água da chuva, pois alem de economizar este recurso ambiental, também ações deste tipo, geram economias ao orçamento familiar e empresarial.
Com ou sem medidas do Governo, devemos imediatamente mudar nossa forma de ver a natureza e o uso dos recursos naturais, pois de sua continuidade depende a continuidade de nossas vidas.
Este artigo foi elaborado pelo acadêmico Fabiano Dresch do 7º Período do curso de Engenharia Ambiental da UNISEP, sob a orientação e revisão do Professor Marcelo Langer.

COP16 Cancun - Novo Fracasso disfarçado

Acabou neste sábado dia 11 de dezembro a COP16, realizada na cidade de Cancun no México, para discutir as questões mundiais sobre mudanças climáticas.

Como se era de esperar, a inabilidade humana e a força política de manipular e não comprometer-se, resultou em um novo fracasso da Reunião das Nações Unidas para reverter as atuais mudanças climáticas mundiais.

Já não se fala em compromisso de redução de emissões dos Países do Anexo I, mas sim em redução de temperatura.

O discurso muda, mas, as intenções econômicas nefastas e a falta de compromisso político mundial, são as mesmas.

Nenhum Governo assume uma posição de liderança baseada somente na preocupação e desejo de solucionar o problema que esta atingindo a todos e que prevê a morte de 1 milhão de pessoas por ano. Somente assumem compromissos quando estes apresentam algum benefício econômico ao país.

Depois de 15 dias de discussões infrutíferas e para não sair de mãos vazias, deixando clara a sua incompetência, foi criando um Fundo de 100 bilhões de dólares para conter a degradação ambiental e humana mundial.

Infelizmente este Fundo não apresenta suas bases, seus critérios, seus princípios. Quem vai se beneficiar, quem receberá as fatias deste bomo? Nada esta claro. Apenas uma máscara da irresponsabilidade mundial e fracasso humano, quando se diz respeito a preservação do meio ambiente, bem-estar humano.

Mesmo apos 15 anos de COP (Convencao Quadro sobre Mudanças Climáticas da ONU) ainda hoje, não se entendeu que só haverá economia, desenvolvimento econômico mundial se houver preservação e continuidade dos recursos naturais básicos, como por exemplo: terra para plantar, ar para respirar e água para beber.

Indignado fico eu, com tanto recurso investido nestas reuniões e tanta "negociata política" para não se chegar a lugar nenhum.

Se fala agora em finalizar o jogo no próximo ano 2011 na África do Sul, apenas um fim para um jogo que terminou no zero a zero, já que, jogos não terminam no negativo.

Sem dúvida 2011 será um happy hour para o que então, já se começou a falar, que é a reunião RIO + 20, que se realizará aqui no Brasil em 2012, lembrando a Rio92 que serviu para o alerta mundial sobre a degradação ambiental mundial, mas que infelizmente pouco foi feito.

Vamos lá entao! Novas reuniões, novas discussões, novas proposições, muito dinheiro gasto, muitos almoços, jantares, negociações... mas infelizmente NADA, absolutamente NADA realizado em prol do Homem e do Meio Ambiente.

Não adianta, culpar o Governo, os Políticos, já que muitas ONGs estão presentes nestas reuniões, as ONGs de renome mundial, mas que ao final contribuem muito pouco, ou encontram ali, oportunidades para alavancar seus projetos institucionais.

Aprendi que quando queremos fazer, fazemos. Quando não queremos fazer, discutimos, e discutimos e discutimos.

Assim, tem sido a atitude da ONU, discutir, discutir e discutir, pois segundo sua Cúpula, os parâmetros científicos ainda não estão comprovados.

Isso é muito triste, pois com parâmetros científicos ou não, a destruição da nossa casa, do nosso Planeta é evidente e não há duvidas sobre isso.

Agora há muitas duvidas sobre as reais intenções destes que estão ali discutindo.

Continuemos assim, sentados vendo a vida acabar e ingenuamente esperançosos de que haverá mudanças.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Justiça Social e Mudanças Climáticas 18/04/2010

Artigo publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

O CONSEA (Conselho de Segurança Alimentar e Nutrição Sustentável) ratifica a compreensão de que a crise climática não é resultado do acaso. Somada às crises econômica, alimentar e energética, expressa a falência de modelos de produção e consumo que o mundo e a sociedade moderna vem empregando, bem como da apropriação e uso dos bens da natureza, que contribuem para excluir parcelas significativas da população.
Os princípios da justiça social e da justiça climática devem orientar as políticas munidias e brasileiras, internas e externas, pois as mudanças climáticas devem ser vistas na dimensão ético-social – situada no campo dos direitos humanos – e o peso dos ajustes à crise climática deve ser suportado por aqueles que historicamente foram responsáveis pela sua origem isto é, por aqueles que se apropriam indevidamente da riqueza, tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento.
Existe uma tensão inerente nas democracias entre a necessidade de se fazer o que é certo e o risco de punição nas urnas, especialmente, nesse caso, quando o que é certo pode significar que as pessoas tenham que pagar mais, usar menos, ou ainda fazer outras mudanças no estilo de vida que são inicialmente impopulares. Um dos papeis das fundações, associações, organizações não-governamentais e qualquer outra entidade social sem fins lucrativos é ajudar a construir a pressão pública, para criar o espaço político em que é possível para um governo democraticamente responsável tomar atitudes que se tomadas de outra forma, poderiam ser politicamente pejorativas.
Todos os municípios necessitam criar suas entidades sociais, o governo municipal precisa incentivar a sua formação, pois as fundações precisam continuar transmitindo atribuições por meio de programas de atributos que não sejam tão “fechados”. Programas que permitam ajudar aos outros que já se encontram ativos no campo e que não sobreviverão sem o tipo de financiamento, sem prender a organização e que apenas estas entidades podem oferecer.
O trabalho das ONGs nesse campo e em outras áreas pode precisar de ajuda para entender a importância do aquecimento global nas suas experiências e prover fundos para assegurar que o núcleo das suas operações esteja seguro no período crítico – muitos especialistas acreditam que temos apenas até o final de 2016 antes de ultrapassarmos o ponto sem volta da mudança climática global.
Empresas, Prefeitura, Associações e Representações civis e jurídicas de municípios como Dois Vizinhos precisam entender que a ação conjunta é extremamente positiva; que a abertura de suas ações contribuir para o êxito de seus projetos; que o apoio a projetos técnicos e científicos é fundamental para a evolução, desenvolvimento e amadurecimento de uma sociedade e para isso – dentro de um programa de responsabilidade socioambiental – estas instituições político/econômicas devem abrir suas portas para receber jovens, estudantes e acadêmicos para o desenvolvimento de projetos técnicos e científicos, assumindo os ônus destes benefícios e através das Leis como a “Lei Rouanet” os capitais investidos lhes serão retornados na forma de benefícios fiscais e crescimento tecnológico e econômico.
Este artigo foi elaborado pelo acadêmico do 9º Período do curso de Engenharia Ambiental da UNISEP, Gustavo Simoni, sob a orientação e revisão do Prof. e Engenheiro Florestal Marcelo Langer

Adubação Química, o que é necessário sabermos? 28/03/2010

Artigo publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná

Podemos dizer que a região do Sudoeste do Paraná apresenta uma topografia razoavelmente ondulada, favorecendo o escoamento superficial de águas pluviais e assim contribuindo para que os produtos químicos aplicados na lavoura, quando em excesso, possam ser mais tarde carreados e alcancem as águas fluviais, ou seja, contaminando, nascentes, córregos e diversos leitos da água, causando danos ao meio ambiente, alem de danos a saúde humana, como o Câncer.
Os solos de nossa região são enriquecidos com adubos químicos, praticamente todo o ano. Isso tem como objetivo, promover melhoras contínuas a produtividade agrícola. Porém, a ausência das APP (áreas de preservação permanente) e incorreto preparo de solo, como por exemplo, descanso da terra, manutenção de uma cobretura/adubação verde, do tipo aveia, nabo-forrageiro e outros, os danos ambientais seriam significativamente menores.
A cobertura verde traz segurança para o solo, por exemplo, em uma estiagem a aveia e o nabo ajudam a conservar a umidade no solo, dentre outros benefícios. Também esta pratica, pode evitar erosões, assim como contribui para a não lixiviação destes agentes químicos para os efluentes.
Numa analise de custo/benefício, sabemos que estes adubos químicos melhoram a produtividade agrícola, pois fornecem e garantem as melhores condições nutricionais para a planta; contudo seu uso indiscriminado, sem controle, ou sem orientação técnica, pode causar diversos problemas a saúde humana e a sustentabilidade ambiental.
Observa-se, que os nossos rios e nascentes estão sendo muito afetadas, com o uso excessivo de adubos químicos, pois as mudanças climáticas, alterando os ciclos produtivos têm evidenciado a contaminação dos lençóis freáticos e fontes de águas disponíveis para o consumo humano.
Mas o que vem também prejudicando mais os efluentes são as pastagens, que geralmente são feitas onde a topografia do terreno tem maior declividade. Quando estas pastagens, com adubação excessiva, são acometidas por elevados índices pluviométricos, este excedente químico, acaba por ser lixiviado até as águas fluviais mais próximas, contaminando-as e causando diversos impactos aos recursos naturais.
O uso de adubação, fertilizantes e outras técnicas para melhorar a capacidade produtiva da terra, podem e devem ser aplicada, contudo deve sempre contar com a orientação de técnicos e profissionais, que alem do conhecimento produtivo tenham também o conhecimento ambiental, aliando desenvolvimento a preservação do meio ambiente.
Para evitar a contaminação das águas e danos ao nosso meio ambiente, uma solução básica seria o estabelecimento e preservação das APP (Áreas de Preservação Permanente), por exemplo, os trinta metros de Mata Ciliar nas beiras dos córregos. Independente de toda a discussão política sobre este assunto é certo e seguro a contribuição que a preservação natural oferece à produtividade natural da terra.
Isso ajudaria conter a lixiviação, diminuiria a poluição dos rios, geraria grandes benefícios para a humanidade e assim, no presente e no futuro, poderíamos desfrutar de uma boa qualidade de produção de alimentos, além de manter as águas fluviais com maior qualidade para o consumo humano.
O uso consciente é fundamental para a preservação da Vida Humana. Sem ele os desastres ambientais e as perdas econômicas serão inevitáveis.
Este artigo foi elaborado pelo acadêmico de Engenharia Ambiental da Unisep Daniel Wauczinski, sob a orientação e revisão do Eng. Florestal e Professor da Unisep Marcelo Langer.

Ecodiesel: Rumor milionário envolve empresa

Ecodiesel: Rumor milionário envolve empresa

Esta notícia já circula há algum tempo no mercado, desde a época do anúncio de interesses entre a Ecodiesel e a Maeda Agroindustrial, e que agora após a oficialização do negócio, ganha mais força. Segundo o site da Revista Exame, um grupo chinês estaria de olho em comprar uma parte da empresa aportando um total de R$ 250 milhões, pagando R$ 1,80 por ação, uma sobrevalorização de mais de 70% em relação ao preço de fechamento de ontem das ações ordinárias da empresa. Os analistas comentam há vários dias que a cotação das ações não reflete a nova realidade da empresa. Portanto fica latente, caso sejam confirmados os rumores, um potencial enorme de ganhos aos investidores mais agressivos e que tenham paciência em ver o desenrolar da história.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O Mundo esta buscando sua Idéia Verde 14/03/2010

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

Associados ao Marketing e principalmente ao desenvolvimento da Pesquisa de Mercado, o mundo esta cada vez mais desenvolvendo novas estratégias para ouvir a população (seus consumidores) e adotar idéias que são originadas por eles.
Entender o consumidor, que a cada dia que passa se torna mais consciente e preocupado com o meio ambiente e desigualdade social, empresas do mundo todo buscam idéias para tornar-las mais sustentáveis, com melhor imagem ambiental, maior responsabilidade social e principalmente assegurar sua posição no mercado e aumentar seus lucros.
Esta fórmula é a que consideramos integrada. As empresas hoje em dia, não podem mais tomar decisões isoladas, sem consultar seus consumidores, sem saber quais são os valores que os consumidores buscam, quando adquirem produtos, contratam serviços ou investem em ações de mercado.
Em todas estas imposições ou exigências de mercado, esta a VOZ silenciosa ou não de um consumidor mais exigente, que sabe e conhece muito mais de suas expectativas e desejos. E neste sentido, estes consumidores movem mais de 35 bilhões de dólares na busca e compra de bens e serviços ecológicos.
A globalização e a possibilidade de colocação e venda de produtos em mercados mundiais, atendendo demandas internacionais esta batendo a nossa porta. E isso implica em novas concepções de produtos – produtos sustentáveis, com baixo impacto socioambiental.
Semanalmente recebo emails de empresas que através de excelentes prêmios financeiros, abre suas portas para novas Idéias Verdes e Sustentáveis.
Apesar do apelo socioambiental, estas estratégicas, também visam reduzir custos operacionais, pois podemos perceber que ao abrir para o mundo o desejo de ouvir e receber suas idéias, estas empresas estão adicionando a sua equipe gerencial e produtiva milhões de outras vozes e assim recebendo milhões de outras idéias. Ainda que os prêmios sejam atrativos, o seu valor é muito menor do que os custos que estas empresas teriam de dispor para gerar o mesmo numero de idéias.
Posso citar o premio da Monsanto, da Marksandspencer (empresa inglesa) que estão buscando idéias e pagando ao vencedor muitos milhares de reais. Contudo, as idéias não vencedoras, sempre serão idéias e de uma forma ou outra poderão vir a ser utilizadas por estas empresas. Alem destas, há muitas outras empresas, lançando concursos semelhantes.
Também o Governo Brasileiro através de suas agencias de pesquisa CNPQ, CAPES e outras, através de parcerias ou não, esta buscando incentivar a formação de novos talentos capazes de atender a esta realidade mundial.
Numa análise, mais imparcial, este tipo de idéia, nos apresenta a nova tendência mundial de fazer negócios: Ouvir ao seu consumidor (Pesquisa de Mercado) associando-o ao atendimento urgente das necessidades socioambientais e desenvolvimento de produtos Verdes, a fim de manter e desenvolver seu Marketshare (participação no mercado).
Esta realidade significa muito mais do que ações mundiais de grandes empresas, representa a demanda crescente de um mercado cada vez mais participativo e aberto as necessidades de seus consumidores, e isto para todas as empresas, pequenas ou grandes, localizadas em grandes cidades ou em cidades da nossa região Sudoeste.
Se nossos empresários não iniciarem esta transformação imediatamente, em um futuro breve, muito se lamentará, pois não encontrará espaço e preço para o seu produto.

A sustentabilidade e o marketing ambiental nas empresas 11/03/2010

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

A cada dia os chamados “produtos verdes” ganham mais força no mercado do mundo inteiro. A preocupação com a crise ambiental alcançou consumidores que se tornaram muito mais exigentes na hora da compra, aderindo aos produtos ecologicamente corretos.
Varias pesquisas realizadas nos últimos anos (locais e mundiais), mostram que os consumidores estão preferindo produtos de origem e produção sustentável à produtos comuns. No Brasil, esses consumidores chegam a 51% da população, de acordo com pesquisas realizadas no ano de 2008.
Na tentativa de alcançar tais consumidores preocupados com a questão ambiental, as empresas tem buscado se adequar junto aos órgãos ambientais e aos processos de certificação voluntária, implantando sistemas de gestão ambiental, principalmente com o intuito de aderir aos selos verdes, ISO 14001 e outros. Nesse ponto entra o marketing ambiental, grande aliado aos empresários, pois tornou-se uma ferramenta estratégica que liga diretamente o consumidor ao produto.
Tal consumidor deseja antes mesmo da preocupação ambiental, que o produto venha satisfazer à sua necessidade, por esse motivo os produtos ecológicos devem ser criados como alternativa a produtos comuns, sem deixar de cumprir sua função de atender as reais necessidades de seu comprador, pois essa é a principal razão que o manterá no mercado.
Esse quadro completamente novo e influente emerge uma reflexão fundamental para os criadores e planejadores do marketing ambiental, também conhecido como marketing verde – a ética – levando em consideração a comunicação utilizada para atingir seu publico alvo.
Portanto a preocupação sustentável passou a ser fator de grande relevância no processo de construção de marcas e sustentabilidade de empresas. O marketing ambiental deverá também ser fator principal para dar continuidade a evolução econômica, utilizando de clareza e coerência entre o que a marca promete e o que efetivamente entrega ao consumidor.
É a partir do consumidor verde e idéias ecológicas com produtos inovadores que será construído o elo entre a sustentabilidade e ações concretas para a mudança de um mundo tão poluidor e carente de ações que contribuam com o bem estar do planeta.

Este artigo foi elaborado pela acadêmica Aline Cristiane Bocca do 7º período de Engenharia Ambiental, sob a orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer da UNISEP.

Desmatamento evitado e os benefícios socioambientais. 04/03/2010

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

O desmatamento nas florestas brasileiras começou no instante da chegada dos portugueses ao nosso país, no ano de 1500. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica. Enquanto a madeira era utilizada para a confecção de móveis e instrumentos musicais, a seiva avermelhada do pau-brasil era usada para tingir tecidos.
Depois do desmatamento da Mata Atlântica, foi à vez da Floresta Amazônica sofrer a derrubada ilegal de árvores por madeireiras que buscavam madeiras como o mogno e outras espécies vegetais de alto valor. Um relatório divulgado pela WWF (ONG dedicada ao meio ambiente) no ano de 2000 apontou que o desmatamento na Amazônia já atinge 13% da cobertura original. O caso da Mata Atlântica é ainda mais trágico, pois apenas 9% da mata sobrevivem com a cobertura original de 1500.
O desrespeito a natureza provoca consequências desastrosas. Com a destruição de florestas, temos dentre tantas consequências diretas, as mudanças climáticas, pois com a queima da vegetação derrubada são lançados na atmosfera volumes de CO2 (dióxido de carbono), um dos principais gases que ocasiona o efeito estufa. Também, a propagação de doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue e a malária são efeitos desta degradação ambiental. Ao invadir florestas o homem entrou em contato com vírus que não conhecia como o HIV, que se espalhou pelo mundo a partir da caça de chimpanzés na selva africana.
Uma vez destruída, a floresta não pode ser recuperada. Mesmo removendo apenas as árvores maiores, o frágil ecossistema florestal não resistirá. Com ele, estão perdidas para sempre comunidades inteiras de plantas e animais, muitas das quais de valor incomensurável. Há séculos, tribos das florestas têm usado as propriedades químicas de muitas espécies de plantas para obter drogas e medicamentos. A própria ciência moderna reconhece hoje o valor dessas ervas medicinais, para o tratamento de doenças graves como câncer, leucemia, problemas musculares e cardíacos. São também usadas como ingredientes básicos para a fabricação de hormônios controladores da natalidade, estimulantes e tranquilizantes.
Aqui no sudoeste do Paraná, a Araucária (Pinheiro-do-Paraná) teve importância socioeconômica incontestável para o estabelecimento e desenvolvimento de seus municípios no passado, e ainda nos dias presentes. Porém, infelizmente não podemos negar o descaso e a degradação ambiental que as Matas de Pinheiro sofreram e continuam sofrendo dia-a-dia em nossas terras.
Da preservação de nossas florestas obtemos vários benefícios, desde a exploração cientifica da vegetação para a criação de medicamentos até mesmo a termo regulação do clima mundial, percebendo-os não só como benefícios ambientais, mas também como social.
Entende-se que a deterioração ambiental tem relação direta com a pobreza e a queda no nível e qualidade de vida da população. Neste sentido, o trabalho de conscientização feito por escolas e organizações não-governamentais é bastante importante, pois somente através da consciência humana seremos capazes de preservar o meio ambiente e, consequentemente, a própria humanidade.
Este artigo foi elaborado pelo acadêmico Kennithy Kurpel do 9º período de Engenharia Ambiental da Unisep, sob orientação e revisão do Prof. M.Sc. Marcelo Langer.