quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

CRISE DA ÉTICA DESTROI O MEIO AMBIENTE 11/10/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

A ética é uma ciência que tem como objetivo imediato o desenvolvimento do juízo de apreciação que se aplica, principalmente, na distinção entre o bem e o mal. Enquanto que a moral é o conjunto de prescrições admitidas em uma época, em uma sociedade determinada; o esforço para se conformar a estas prescrições é o estimulo a segui-las.


A ética é atemporal enquanto a moral varia de período a período conforme a evolução da sociedade e seus valores presentes. Também a ética pode ser determinada a uma sociedade, ou de modo absoluto, a toda a humanidade.

A ética e a moral iniciaram com Sócrates, que forçava os atenienses a indagar qual a origem de suas virtudes, valores e obrigações, que julgavam a seguir os costumes de Atenas. Os pensamentos característicos de Sócrates generalizam o problema ético, tendo um principio que permite que o que é bom para alguém deve ser igualmente para outrem, nas mesmas circunstâncias.

Aristóteles, porém deu inicio a distinção entre o saber teórico e o saber prático, definindo o conceito de ética, como: a esfera da realidade na qual cabem a deliberação e a decisão ou escolha, tudo se dando através da necessidade e vontade de nossa ação.

A sociedade não distingue a moral da ética. O julgamento ético da nossa civilização não resiste a críticas, pois quando se pergunta a uma sociedade quais são seus valores, que democracia apresenta e onde estão os corruptos? Ela não tem capacidade e estrutura para responder a estas perguntas. Isto ocorre devido a uma desorientação ética onde se falta racionalidade à sociedade para ver os valores da humanidade e da solidariedade.

A ética ambiental estuda o juízo dos valores da conduta e comportamento humano em relação ao meio ambiente, tendo como base o sentido de pertencimento do Homem à natureza. Não se trata de um compromisso imposto pela Lei, mas de um compromisso pessoal ditado pelo ético e também pela moral.

A relação do homem com a natureza deve ser consciente de que ele é parte viva da terra, e por isso deve apresentar um comportamento ético e moral para com os recursos naturais. Isto se aplica desde a ação individual, comunitária, empresarial e industrial, criando novos paradigmas para a conservação ambiental e mudando o atual estágio de degradação da natureza, pois a falta de ética é considerada a causa de todos os problemas ambientais existentes.

O Homem precisa compreender que a natureza não esta para servi-lo, mas para que ele possa sobreviver e desenvolver-se em harmonia aos demais seres. Cidadãos que nada entendem de previsão de impactos, não têm qualquer ética com a natureza. Não buscam modelos técnico-científicos adequados para a conservação da biodiversidade, seja na Amazônia ou mesmo em nossa região. Pessoas para as quais, exigir, a adoção de atividades agrárias “ecologicamente sustentáveis” é apenas uma mania de cientistas irrealistas e, portanto impraticável. Infelizmente, este é o pensamento máximo da grande maioria dos elaboradores de políticas públicas brasileiras.

Este artigo foi elaborado pelo acadêmico do curso de Engenharia Florestal da UNOESC – Campus Xanxerê André Luiz Baptistel, sob orientação e supervisão do Prof. Marcelo Langer.

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