segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

LIBERALISMO e a destruição ambiental 29/11/2010

Artigo publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC.

Segundo Azevedo (2008) o liberalismo diz respeito ao ataque dos direitos fundamentais. A origem começa pelo renascimento que foi nos séculos XV e XVI, um retorno que o ser humano deu sobre si mesmo, mostrando para o mundo novas técnicas que expandiu o comércio e a liberdade da vida. Para que isso pudesse acontecer foi necessário um novo tecido político-jurídico, que garantisse uma época de livre ação ao individuo, onde se pode demonstrar toda sua potencialidade.


O liberalismo foi o inicio da liberdade de expressão do ser humano, para que pudessem começar a expor suas idéias e opiniões próprias, sem ninguém lhes ditando regras, com essa liberdade de expressão muita coisa mudou melhorando a vida do homem, tanto no seu trabalho como na sua vida pessoal.

Antes do liberalismo somente pessoas de alto poder acumulavam riquezas, com ajuda do trabalho infantil e com a carga horária de trabalho excessiva. O salário era de fome, mesmo sendo a jornada de trabalho de 15 a 16 horas diária, sem nenhuma higiene nas fabricas e sem ajuda alguma em acidentes de trabalho. Em função do reconhecimento destas realidades surgiram as primeiras normas assistenciais, geralmente isoladas, tendo como finalidade proteger esses menores de idade e diminuir a jornada de trabalho. Contudo, as fraturas sociais subjacentes a elaboração política e jurídica, foram, progressivamente, fazendo-se sentir, evidenciando-se pelas duas grandes guerras mundiais, com o intermédio da quebra de Bolsa de Nova York, em, 1929.

No dia 23 de janeiro de 1934, há exatos 75 anos, era instituído o primeiro Código Florestal Brasileiro. Há quase um século, o Brasil instituía as raízes do que hoje é tido como uma das mais modernas leis ambientais do mundo. Junto com um Código de Águas e um Código de Minas. Getulio Vargas assinou o Código Florestal, tornando não privadas todas às fontes de minério e de energia que se podia vislumbrar na época. Cabe lembrar que carvão e lenha eram à base da nossa matriz energética.

A mentalidade do Homem em relação à exploração florestal continuou por um longo periodo, eles somente queriam enriquecimento imediato sem nenhuma preocupação com o futuro do país e das nossas florestas. Em consequencia disso o Brasil foi importador de madeira até a 1º Guerra Mundial.

A nossa biodiversidade nesta época, não despertava interesse ao homem, pois estes não tinham nenhuma preocupação em preservar as nossas florestas, apenas queriam explorá-las com o objetivo de se beneficiarem. Na época e até mesmo hoje em dia a visão que se tem das florestas brasileiras, é que elas são muito heterogêneas e de valor comercial reduzido, diante da variedade de espécies, ainda que se reconhecesse seu valor ecológico indireto.

Desta maneira o liberalismo econômico e comercial ainda são os grandes responsáveis pela degradação ambiental e das florestas, e infelizmente ainda não compreendem a essencial e vital importância de assumir novos modelos de desenvolvimento sustentáveis. Então se por um lado temos a necessidade de garantir a liberdade humana, também temos a obrigação de garantir a preservação do meio ambiente.

Este artigo foi elaborado pela acadêmica Fernanda Baldissera do curso de Engenharia Florestal da Unoesc Campus Xanxerê, sob a orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer

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