segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Águas urbanas contaminadas 02/05/2010

Texto publicado no Jornal Gazeta da Vizinhança de Dois Vizinhos, Paraná.

É sabido que a água é o nosso recurso mais precioso, nós humanos não conseguimos sustentar nenhuma atividade produtiva e nem mesmos nossas vidas sem este recurso.Contudo, ainda não nos damos conta da dificuldade para termos acesso a este recurso de forma potável ou para garantir a realizar de nossas atividades diárias.
Governos, entidades publicas, privadas e outras formas de organização civil estão cada vez mais preocupas, conscientes da necessidade e urgência em estabelecer e desenvolver novos programas de gestão a este recurso.
O problema não é a quantidade de água, mas sim sua qualidade. Este ponto é muito importante, pois senão cometemos o equivoco de pensar como não temos água, se nas ultimas semanas tivemos chuvas torrenciais e nossa região esta cercada por grande quantidade de rios, inclusive afluentes do Rio Iguaçu.
O fato é esse, nossas águas fluviais, mananciais e reservas hídricas, estão sendo contaminadas por nossas atividades produtivas, tais como: lavagem de máquinas (veículos, motores, peça mecânicas, etc), uso de agrotóxicos, inseticidas, pesticidas, óleos comestíveis, esgoto domestico, industrial e comercial, lançamento indiscriminado de resíduos sólidos, resíduos de construção civil, utensílios domésticos, e uma gama de outras atividades e resíduos que não caberia aqui a sua citação.
Além destes fatores que desqualificam e poluem nossas águas, podemos citar também, o desmatamento tanto em áreas rurais quanto em áreas rurais.
A estes atos humanos necessitamos de novas políticas publicas para controlar, diminuir e ainda reverter o atual estagio de degradação, perda da biodiversidade e danos a vida humana. Contudo, urgentemente necessitamos de novos sistemas educacionais e de formação humana, pois NÓS seres pensantes continuamos a destruir nossas próprias vidas.
Somos nós que não fechamos nossas torneiras; somos nós que nos damos ao direito de lavar calçadas (quase que diariamente) com milhares de litros de água tratada e pura; somos nós que não consertamos vazamentos em nossas redes hídricas e somos nós que principalmente, desprezamos, desconsideramos e rejeitamos qualquer pedido de ajuda e participação dos governos para melhorar nosso Meio Ambiente.
Não basta o Governo tomar decisões, desenvolver programas para solucionar os problemas ambientais e sociais. Nós é que temos que mudar, somos nós que devemos mudar nossos hábitos e atitudes, somos nós que devemos policiar e fiscalizar nossos próprios atos. Esse é o primeiro passo, mudar nossas ações. Simples mudanças como apagar as luzes, reduzir o consumo de água, evitar o uso de água limpa e tratada para limpeza de áreas comuns, como por exemplo, calçadas, podem fazer toda a diferença para a sustentabilidade de nossas vidas e planeta.
Vejamos este exemplo: quase que diariamente, lançamos ao esgoto a água do tanque, das maquinas de lavar roupa e outras águas utilizadas por nossas atividades, quando poderíamos muito bem utilizar estas águas para lavar as calçadas. O que precisamos para fazer isso: criarmos o desejo de mudar. Como os cientistas dizem, e nos orgulhamos tanto: somos os únicos animais racionais! Será mesmo?
Sabemos que os animais caçam e matam, somente para o seu sustento. E quanto a nós? O que fazemos?
Com a chegada do inverno, teoricamente aproxima-se também o período de estiagem, que poderá vir a afetar nossas vidas de forma muito intensa. Em muitas cidades já se cobra valores maiores para consumo de água acima da média e ou premiam as residências que reduzem seus consumos. Outra ação que deve ser urgentemente adotada é a coleta e uso da água da chuva, pois alem de economizar este recurso ambiental, também ações deste tipo, geram economias ao orçamento familiar e empresarial.
Com ou sem medidas do Governo, devemos imediatamente mudar nossa forma de ver a natureza e o uso dos recursos naturais, pois de sua continuidade depende a continuidade de nossas vidas.
Este artigo foi elaborado pelo acadêmico Fabiano Dresch do 7º Período do curso de Engenharia Ambiental da UNISEP, sob a orientação e revisão do Professor Marcelo Langer.

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