quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ação Integrada em Prol do Meio Ambiente – Oportunidade de Negócios 14/03/2010

Texto publicado no Jornal Tribuna dos Lagos de Dois Vizinhos, Paraná.

Governo, empresas, universidades e organizações diversas estão buscando ampliar suas estratégias e ações para conter a crescente destruição ambiental e social que vivemos.
Cada um a seu modo, isoladamente e sem perceber a grande vantagem do estabelecimento e desenvolvimento de um Planejamento Integrado, envolvendo as diversas partes de uma sociedade, unindo forças, conhecimentos e capacidades.
O Meio ambiente e a Sociedade em geral, são constituído por diversas variáveis e nuances, que somente tratando-as de forma integral e complementar poderemos estabelecer um novo modelo de desenvolvimento sustentável.
No Brasil, até o presente momento, poucos são os exemplos possíveis de mencionar, que integraram os objetivos públicos aos objetivos e metas das empresas privadas. Estes exemplos tem se tornado exemplos de sucesso, não só por seus objetivos ambientais e sociais conquistados, mas principalmente pelo resultados econômicos e políticos atingidos.
Na tentativa de promover esta integração, agências e organizações internacionais, como por exemplo GEF, Banco Mundial, Banco Interamerico de Desenvolvimento, ONU, e muitos outros, vem estabelecendo programas para estimular e motivar a ação conjunta (Joint-venture).
A parte destas intenções, Governos de países desenvolvidos temendo as consequências econômicas de um futuro próximo, que pode levar a perdas sociais e ambientais cada vez maiores, vem promovendo, determinando recursos financeiros ao apoio e desenvolvimento de projetos que se proponham a controlar, modificar e reverter os presentes quadros de destruição e perdas do potencial produtivo do meio ambiente.
Sabemos dos poucas ou nulas evoluções que a Conferencia Climática de Copenhagen resultou, entretanto foi estabelecido ali que países se reuniriam para formar um fundo de preservação às Bacias Florestais. E mesmo estando a Conferencia Internacional sobre Bacias Florestais, em Oslo, na Noruega, programada para 27 de maio deste ano, e quando estima-se que as doações mundiais para a construção deste Fundo chegue a US$ 6,9 bilhões, na semana que se passou na França o Presidente Francês Nicolas Sarkozy anunciou que o comprometimento para este fundo já atingiu o valor de 4,7 bilhões (34% acima do esperado).
Mas para que se destina este fundo?
Este fundo gerará recursos para projetos de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa a partir do desmatamento e degradação ambiental, podem-se candidatar-se a ele projetos, públicos, privadas e de outras instituições, contudo, sabe-se que quanto maior for a integração dos setores publico/privado, mais chances do projeto receber apoio financeiro.
Este é um exemplo do que esta acontecendo no mundo afora. Muitos projetos com incentivo financeiro, patrocínio financeiro estão sendo desenvolvidos, ou por Entidades Privadas ou mesmo por Organismos Internacionais. Para isso precisamos de projetos com qualidade, que atendam as externalidades ambientais e sociais, muito alem do que os pensamentos econômicos puros, tradicionais e principalmente degradantes do meio ambiente e da qualidade de vida.
É preciso uma mudança muito grande nas atitudes, nos valores, na forma de pensar e fazer, tanto de políticos quanto de empresários, pois sem integração e sem uma comprovação clara e verdadeira de seus compromissos socioambientais, o Brasil, o nosso Estado e principalmente a nossa Região Sudoeste, estará muito longe do apoio e patrocínio que poderia usufruir.
As oportunidades estão ai! A cada dia que passa mais próximas de nós, entretanto, para muitos elas continuarão inatingíveis.

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