terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A NATUREZA NOS DÁ A VIDA, A FALTA DE AÇÃO POLITICA NOS MATA.

Texto publicado no Jornal Folha Regional de Xanxerê, SC e na coluna de Ruy Barrozo.
O meio ambiente oferece a nós seres vivos condições essenciais para uma sobrevivência e evolução. A sociedade humana necessita das condições dos fatores que o meio ambiente oferece para a sua sobrevivência, como o ar puro, o solo fértil, um clima ameno, água potável entre outros fatores. Não existe uma economia sem um ambiente estável. As pessoas, ainda não se conscientizaram que ao desenvolver suas atividades socioeconômicas, destroem de forma irracional as bases da sua própria sustentação, que dependem de uma base ecológica para a sua vida e de seus descendentes, vivem como se fossem a última geração sobre a Terra.

Uma grande preocupação Mundial que vem se agravando cada dia mais, é o aumento da liberação de gases que causa o efeito estufa pelas atividades humanas que causam muitas alterações ao meio ambiente.

As fábricas, indústrias e a ocupação irregular do território são as principais causas para o aumento excessivo desse processo, pois lançam enormes quantidades de gás carbônico na atmosfera todos os dias; também as atividades de alteração do uso da terra, lavouras, desmatamento e gado, que automaticamente potencializam o efeito estufa. A derrubada de florestas e a queima das mesmas geram o efeito estufa pelo fato de que elas regulam a temperatura, os ventos e o nível de chuvas em diversas regiões. Como as florestas estão diminuindo no mundo, a temperatura terrestre tem aumentado na mesma proporção.

O aquecimento global poderá levar à ocorrência de variações climáticas tais como: alteração na precipitação, elevação do nível dos oceanos (degelos) e ondas de calor, entre muitos exemplos que se poderiam citar. Assim, é natural registrar-se um aumento de situações de cheias que consequentemente irá aumentar os índices de mortalidade no planeta Terra (a ONU estima que até o ano de 2020 mais de 1 milhão de pessoas haverão morrido em consequência das mudanças climáticas).

A profunda alteração do clima terá uma influência desastrosa nas sociedades afetando a produção agrícola e as reservas de água, dando origem a alterações econômicas e sociais. O superaquecimento das regiões tropicais e subtropicais contribui para intensificar o processo de desertificação e proliferação de insetos nocivos à saúde humana e animal, e a destruição de habitats naturais provoca o desaparecimento de espécies vegetais e animais.

As secas, inundações e furacões, com sequelas de destruição e morte irão intensificar e multiplicar-se.

Algumas medidas são tomadas pelos governos dos países e estados, pois faz parte de um tratado entre eles, cuidarem e preservarem o planeta em que vivemos, para que assim, sejam reduzidos os danos ambientais e as gerações vindouras tenham um clima estável e uma vida tranquila em relação ao planeta Terra.

Contudo, mesmo o conhecimento técnico, a conscientização da sociedade tendo aumentado nos últimos anos, ainda falta decisões políticas sérias, eficientes e comprometidas com a resolução deste problema, que dia-a-dia vem se agravando.

Neste presente momento somos testemunhas deste processo, onde centenas de pessoas aqui no Brasil e mundo estão morrendo em consequência das enchentes, onde ao mesmo tempo o sul do Rio Grande do Sul está passando por um processo de estiagem devastadora. Contudo, esses eventos vêm acontecendo a muitos anos, basta lembrarmos as enchentes em nosso estado em 2008 e pela seca aqui no oeste em março de 2009, e outras que ocorrerão aqui em Santa Catarina.

Infelizmente com todos os valores doados pela população solidária nada efetivamente foi feito. O governo continua incompetente na tratativa deste assunto. Não há Leis e nem medidas legais que tratem desse assunto. Ainda continuamos na esfera do falar, o agir ainda esta muito distante... no caminho, coletaremos destruição, miséria e muitas mortes.

E precisamos parar de culpar o meio ambiente destas calamidades. Precisamos entender que a natureza nos dá a vida, mas a falta de políticas e políticos capazes a tira de nós.

Este artigo foi elaborado pela acadêmica Janaína Randara Handke do curso de Engenharia Florestal da UNOESC Campus Xanxerê, sob a orientação e revisão do Prof. Marcelo Langer.

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